Um café com o colar de Maria Josefa

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No último romance de Isabel Barreno, Vozes do vento, segunda parte de uma longa saga familiar em Cabo Verde iniciada com O Senhor das Ilhas, uma das mais importantes personagens, Maria Josefa, descreve um colar, uma relíquia pessoal, oferecida pelo seu falecido marido. Um colar estranho e díspar. Porquê? Porque foi concebido como uma homenagem às ilhas de Cabo Verde, e cada ilha estava representada por uma pedra diferente. 

A ilha do Sal, a primeira pedra, estava representada por um diamante; S. Nicolau, por uma cornalina; Santa Luzia, por uma opala; S. Vicente, por uma ametista; Santo Antão, por um rubi; a Brava por uma granada; Fogo por um topázio; Santiago, por uma aventurina; Maio por uma água-marinha e, finalmente, a ilha da Boavista, por uma safira. 

"O presente de Manuel António. Gesto de amor para Maria Josefa, amor também para as suas amadas ilhas." Bonito colar. Belo gesto.

(Ver artigo sobre o livro aqui)




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1 comentário:

Unknown disse...

Ele há milhentas maneiras de a gente demonstrar o nosso amor pela terra que nos viu nascer ou que adoptámos como nossa, como é direito inalienável de todos e de cada um... Um colar de pedras preciosas -várias, porque várias são as ilhas - é tão óbvio que a poucos lembraría!
Zito Azevedo