Café Insólito

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Joseph Pujol, Le Pétomane (O Peidorreiro)

"Senhoras e senhores, apresento-lhes um fenômeno musical único no mundo: Monsieur Le Pétomane". Assim era apresentado Joseph Pujol, no palco do Moulin Rouge. Um personagem que fez um sucesso incrível no final do século XIX. Pujol chegou a fazer apresentações para os reis Eduardo VIII do Reino Unido e Leopoldo II da Bélgica, incógnitos na platéia. Mesmo Sigmund Freud estava entre seus seguidores. 

O que fazia o senhor Joseph Pujol de tão especial? Bem, pelo nome da criatura já poderão adivinhar: música com peidos. Sim, isso, bufos! Graças ao seu fantástico controle abdominal podia soltar gases à vontade e era capaz de realizar inusitados números musicais como tocar "Au Clair de la lune", "O Sole Mio" e "A Marselhesa", com uma ocarina através de um tubo de borracha colocado em seu ânus.

Soprava uma vela a vários metros e conseguia apagá-la. Nos anos seguintes, incorporou novos números a seu extenso repertório, imitando tiros e tempestades. Acompanhava a leitura de um poema sobre uma fazenda imitando os animais com peidos. O ponto culminante de sua apresentação, sem dúvidas, era uma representação do grande terremoto São Francisco em 1906 com base em uma grande salva final de peidos.

O público ficava, a princípio, chocado, mas minutos mais tarde, o riso era incontrolável. Paralisados pelas gragalhadas, lágrimas escorrendo pelos olhos e bochechas, e a platéia não conseguia ficar um só instante parada em seus assentos. Mulheres com apertados espartilhos da época, tinham que ser atendidas por enfermeiras, habilmente colocadas pelo gerente do teatro, para que todos pudessem ver e pedir socorro no desandar do riso. Só não se sabe o que faziam em relação ao cheiro, porque aquele número artístico não podia, por natureza, provocar grandes prazeres ao olfacto humano.

A propósito, isso faz-me lembrar um excerto do romance "No Mar da Laginha", de Germano Almeida, quando uma das mulheres diz assim: "tenho muito orgulho nos meus bufos! Louvara Deus! Norberto já dzem txeu vez que s’un tivesse nascido na China, fazíamos uma fortuna, dada a nossa imensa capacidade natural de produção de gás!" 


Fonte: aqui 



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3 comentários:

Anónimo disse...

Também conhecido como "o homem do gaz", hehehe!

a) RB, anónimo por obrigação

Tchale Figueira disse...

então, até o Freud era Pe(i)dóflo? Amigos da flatulancia musical!!!

Lily disse...

Este post está um bocado mal cheiroso!!!
;)