SMS Cafeano

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"Pelos vistos é mais fácil defender um narcotraficante do que um jovem acusado de homicidio"

Jornal A Semana (artigo não assinado), a propósito da dificuldade da família Santos em arranjar advogados de defesa para Strefani Santos




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7 comentários:

Sarabudja disse...

Caso para dizer que há mais diabos que advogados!!!

Anónimo disse...

E assim se mede a dimensão da consciência dos nossos advogados que coincidentemente são candidados a governantes.

Anónimo disse...

A ser verdade trata-se, como me parece claro, de uma primeira reacção da sociedade civil à violência e à insegurança que se instalaram em Cabo Verde.

A seguir virão as "milícias populares" anti-crime.

Ou o Estado assume a direcção da luta através dos seus mecanismos preventivos e, sobretudo agora, intensamente repressivos, ou a coisa pode acabar muito mal...!

Exigência que, na minha perspectiva, é colocada pela própria concretização dos direitos, liberdades e garantias que o Estado de Direito constitucionalmente garante.

E não me parece que a "repressão", desde que contida nos limites da legalidade democrática (ainda que com o pé na sua extrema), seja um qualquer corolário de ideologias neo-conservadoras de cariz direitista.

Indo mais longe, diria até que a efectivação de medidas preventivas da criminalidade (sobretudo a organizada e violenta)- rusgas, revistas, buscas, identificações, etc. - que alguém poderia confundir com o prelúdio da "repressão", é antes uma exigência da reposição da autoridade do Estado de Direito.

Será um "chavão", mas a verdade é que o exercício da liberdade dos outros, tendo como limite o exercício da minha própria liberdade, deve por isso mesmo ser inquestionavelmente reprimida quando o ultrapassa.

Até porque os direitos processuais dos Arguidos, que a Lei protege, não devem prevalecer (nada justifica que prevaleçam) sobre os direitos das vítimas.

E se no respectivo confronto algum deles tiver que ceder, que cedam os primeiros!!!

a) RB

Anónimo disse...

Sabes JB, o problema é que as famílias dos envolvidos são ambas amigas dos advogados amigos que, normalmente, aceitam os casos de narcotráfico, em defesa do sacrosanto principio constitucional da defesa dos arguidos.

Nestes casos, há sempre uma das partes que não é konxida, além que os honorários pagos aqui não são declarados no IUR. Regra geral, são pagos cash dentro de um saco de plástico, tipo do Calú e Angela.

A fasquia começa pelos 500 contos cve, net, +-, apenas para assistir o detido na audiência de legalização da prisão. A partir daqui vêm mais actos judiciais até chegar ao julgamento, e se contabilizarmos, no minimo, 3 actos judiciais que deverão ser assesorados, caso não haja, expedientes dilatórios de recursos, também pagos a peso de oiro, o advogado feliz chega ao fim do processo, com dinheiro para comprar um carro novo, ainda uns trocos para gastar com as pikenas e amigos.

Vê lá se tinhas dúvidas em escolher.

Ás xx sempre dá jeito sermos amigos de ambas as partes para podermos escusar a defesa, até porque os crimes de homicidio não são muito "lucrativos". Isso aí deixa-se pro estagiários e pros novatos.

É a natureza crioula no seu máximo: ficar em cima do muro quando convêm.

Pergunto, JB, qual o bem mais precioso que devemos preservar: a dignidade profissional ou o tlin tlin do metal?

A melhor resposta dou-te um beijo de respeito.


Camaleão

Bernardino Gonçalves disse...

Se for isso de facto ("Pelos vistos é mais fácil encontrar quem defenda um narcotraficante do que um jovem acusado de homicidio"), espelha simplesmente a distancia que ainda precisamos percorrer para alcançarmos a tão propalada: Somos CV “melhores” em blá, blá blá.

Essa situação prova, uma vez mais que somos espontâneos até para não reflectir pois essa, se se pretende que seja uma mensagem aos potenciais homicidas é superficial e dificilmente provocará efeito desejado. A mim me parece que é mais problema de “quem porá o guizo no gato” do que a necessidade de por o guizo no gato. Atenção ás famílias e interesses envolvidos!

Cada um de nós é convidado a ter acções concretas no quotidiano que nos proteja da violência a que assistimos quase que impotentemente em CV e na Praia em particular. Por ora me ocorre três acções: 1- ajude o seu filho, irmão mais novo, sobrinho, ou crianças a quem tens acesso a COMPRENDER QUE HÁ LIMITES. TUDO POSSO NEM TUDO ME APETECE. 2 – Gaste menos tempo na paródia em detrimento de estar junto com (potenciais) jovens problemáticos e ajude os a encarar e responder perguntas que fazem. 3 – Evite elogiar pessoas do easy business (life) a frente de crianças, adolescentes e/ou jovens.

Linda disse...

A mim chamou-me atenção de como uma discoteca aparentemente cheia de testemunhas aparecem apenas 3 a prestar declarações. O caboverdiano fala demais, sabe tudo mas, na hora de fazer alguma, NADA!Linda

Unknown disse...

Sempre foi e sempore será!