Romance Fragmentado 12

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Abraça-me. E pronto, foi com esta simples palavra que ele enterrou definitivamente (assim pensava) o machado de guerra, pronto para se entregar ao inimigo. Ao inimigo é uma forma um pouco paradoxal de se dizer, porque o amor de alguém por um outro alguém apenas é inimigo de quem tem medo de viver ou, sobretudo, de quem tem medo de ser feliz. Sim, abraço-te. Isto já não foi falado assim, mas sim feito em acção realizada, sendo que a escrita, por muito rebuscada e trémula que seja, nos permite avançar no terreno das palavras sem necessidade de grandes transcrições, sim, abraço-te, pressupõe que ao apelo desesperado (assim pareceu) se seguisse uma resposta em consonância com o desejo e isso é meio caminho andado para a sementeira, que é o que provoca, havendo condições, que algo de novo nasça e veja a luz, não necessariamente ao fundo de um túnel qualquer pleno de angústia e amargura. Abraça-me. Sim, abraço-te. E para terminar esta prosa insonsa dizer apenas que assim ficaram os amantes por um tempo não determinado, a poesia talvez o possa dizer infinito, mas como isto poesia não é, podemos concluir que mais minuto menos minuto irão acordar e chorar ou rir o tempo que permaneceram ligados (desligados do resto do mundo. Quem bom! Que sabe!).




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2 comentários:

Sarabudja disse...

http://sarabudjadeideias.blogspot.com/2009/11/porque-sim.html

Unknown disse...

q post delicioso!!!
Djalita