Cafeína

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«Isto é, das duas medalhas que tivemos uma foi conquistada por um filho de emigrantes, ainda por cima a de ouro. Mas se as expectativas de Naide Gomes e Obikwelu se tivessem concretizado a diferença ainda teria sido maior, a não ser que a vela e o judo compensassem. Num país onde se anda a analisar as estatísticas da criminalidade em função da cor da pele teremos que concluir que nem todos os filhos dos nossos emigrantes são pistoleiros

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9 comentários:

Fonseca Soares disse...

É claro e evidente, para todos, que 'nem todos os filhos de emigrantes são pistoleiros'. Joga-se com isso, procura-se tirar proveitos, desculpa-se ideias e interesses de raça, estriba-se nisso para interesses próprios ou de grupo... mas sabe-se que 'nem todos...'

Unknown disse...

Nada como o desporto para ajudar a quebrar certas barreiras...

Anónimo disse...

Quando "os filhos de emigrantes" colocam o nome do país lá em cima, são portugueses e ponto final.

Miguel Barbosa disse...

Quando dizes "nem todos...", queres dizer que a maioria é?
Porque é o que parece...

Unknown disse...

Está certo, Sisi. mas há outros aspectos que «falam»...

Miguel, duas coisas: primeiro, não fui eu que escrevi o texto (a fonte está referenciada); segundo, a utilização do termo «nem todos» está impregnada de ironia, porque de facto, quando se lê algumas noticias da comunicação social portuguesa, parece que TODOS os filhos de emigrantes - principalmente africanos - são potenciais criminosos. Não penso que o autor considere isso dessa forma. Aliás, o seu texto vai no sentido contrário. Abraço fraterno.

Anónimo disse...

Bem, na sic notícias e na rtp n, nem sequer falaram nunca de cv... mas sim referindo-se ao NE como aquele que "veio da Costa de Marfim para pt aos 6 anos"... meus caros... aqui não posso deixar de estar com o abrão vicente... sei que todos queremos um bocadinho da medalha...

Nude disse...

João
Acabo de ler o artigo do Abraão Vicente e em muita coisa concordo com ele. Mas se a imprensa portuguesa não mede quando fala dos criminosos "caboverdianos" porque é que nós havemos de medir quando falamos de um campeão mundial "caboverdiano"??
Abraços
Nude

Unknown disse...

Concordo com os dois, assim como com o que o Abraão escreveu. Até porque a diferença em relação a um caso recente - Nuno Delgado, no Judo, é grande. Este últimio veio festejar em Cabo Verde, com o seu povo.

Anónimo disse...

Não gostei da análise do autor, quem disse que ao olharmos para o Nélson lembramo-nos de fugitivos a fugir da polícia? Eu realmente vejo um atleta português que além do talento que possui, teve oportunidade de o desenvolver, o que nem sempre acontece. Em relação a Cabo Verde, não acho que tenha que se falar deste país, uma vez que o Nélson Évora nunca conheceu outra realidade que a portuguesa e foi aí que se desenvolveu como atleta