Um café com... o exemplo dinamarquês

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Todos colocamos as mãos na cabeça de cada vez que é anunciado uma nova subida dos preços dos combustíveis. Geralmente, sobe tudo o resto logo de seguida. A nossa vida está ligada ao ouro negro e não há alternativas. Não há? Há, sim. É o que nos ensina o exemplo dinamarquês, que vale bem esta referência.

Segundo se pode ler numa crónica do economista Francisco Sarsfield Cabral no jornal Público, e publicada no blogue Jumento, o primeiro-ministro da Dinamarca - país onde o petróleo custa mais do dobro do que nos Estados Unidos - explicou como pode um país livrar-se da terrível dependência do petróleo:

    «A Dinamarca encareceu o consumo petrolífero através de impostos (incluindo sobre o CO2) e impôs níveis elevados de eficiência energética nas habitações e nos electrodomésticos. Um quinto da electricidade consumida na Dinamarca é de origem eólica. Ali reciclam-se os detritos das centrais a carvão para aquecer água, queima-se lixo nas centrais termoeléctricas para aquecimento doméstico e uma grande parte da população desloca-se nas cidades de bicicleta.

    Resultado: a Dinamarca conseguiu um grau assinalável de independência face ao petróleo e ao gás natural. Em 1993, importava do Médio Oriente 99% da energia: hoje dali importa zero. Um exemplo a seguir

Com o vento e o Sol que faz em Cabo Verde, pergunto-me se não seria uma boa ideia enviar alguns quadros à Dinamarca e apostar seriamente numa cooperação com aquele país. Parece-me lógico!




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2 comentários:

Fonseca Soares disse...

Não só é lógico, Joâo, como todos os responsáveis pela àrea, desde os Ministros do Ambiente e da Energia, até ao Presidente da República, passando pelo Primeiro Ministro, reconhecem essa necessidade... e prometeram um investimento contínuo e crescente nas renováveis, solar e eólica... Tem-se falado muito...

Cafe Margoso 2.0 disse...

Tchá, mas olha que não parece. Em 15 anos continuam as mesmas três «turbinas» do parque eolico de Soncent. Numa ilha onde faz tanto vento é incomprensível que não haja um maior investimento real e efectivo nesta área. Além disso, a pressão automóvel aumenta de dia para dia na cidade o que é outro dado pouco lógico numa cidade como o Mindelo onde tudo fica perto de quase tudo. Era fechar todo o centro da cidade ao trânsito! Mai nada!

Está tudo por fazer nesta área, e num país com tantas, tantas potencialidades!