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Se estiverem no Mindelo, vão ver, que vale a pena.
Se é bom, não sei. Mas deu muito trabalho por esta «coisa» de pé (salvo seja).

«A Última Ceia»




Estamos no último dia do milénio: três homens e duas mulheres apostam tudo. As probabilidades não são muitas. Porque o mundo vai acabar ao bater da meia-noite. É o próprio Diabo quem o diz. E o Diabo, como se sabe, nunca mente.

Esta peça é um objecto estranho. Que se entranha. Pode ser vista como uma comédia, um drama, uma tragédia, ou apenas uma história onde cabem todos estes géneros que costumamos utilizar para classificar as obras teatrais. E é lógico que assim seja, porque esta peça fala da vida, de seres humanos banais, iguais a tantos outros no mundo. E a vida é, por definição, o reino onde cabem todos os epítetos. Um mistério onde, num segundo, tudo se pode esfumar numa memória, num grito, num perfume imaginário.

Uma encenação de João Branco, a partir do romance «Apocalipse Nau», de Rui Zink. Com Arlindo Rocha, Elisabete Gonçalves, Elisio Leite, João Branco, Manuel Estevão e Silvia Lima.