Perguntas Cafeanas

22 Comments


O episódio do lider da oposição chamar publicamente «mentiroso» ao Primeiro-Ministro pode ser considerado a versão crioula do tristemente célebre «porque non te callas»?


À melhor resposta, ofereço um café


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22 comentários:

Alex disse...

Até podia.
Mas essa seria a réplica do José Maria Neves ao destempero do Santos:
- Porque non te callas!

- Calá bóca, ôm!
- Pamô ki Nhu ka ta cála bóca, hã!

Decididamente, em castelhano fica melhor. Muito más autêntico.

Uma real-frase ou uma frase-real??

ZCunha

NOTA: Sobre este assunto ver interessante abordagem do Virgílio Brandão no seu Blog TERRA LONGE http://terra-longe.blogspot.com/

Unknown disse...

De facto, muito interessante o artigo do Virgilio. Vão lá dar uma espreitadela.

Anónimo disse...

O Virgílio sempre tem opiniões moderadas. O artigo está bom, e gostei muito. Infelizmente e está longe, e poderia ser uma mais-valia aí em Cabo Verde. De qualquer forma, mesmo na terra longe, ele está sempre "antenado" (como dize os brasileiros) com o que se passa em Cabo Verde, e para todos as questões importantes e prementes sobre nox terra ele faz artigos brilhantes, equilibrados e sofisticados.
Aconselho sempre a malta a consultar os artigos do Virgílio nos seu blog terra longe.
Na minha opinião,idependetemente de cor partidária, acho que o Jorge Santos saíu muito mal em ter dito aquilo que disse. É uma atitude reprovável e espero que isso não volte a acontecer mais no nosso torrão querido. É mais grave, sem dúvida, do que: "Porque non te callas!".
Abraços!

velu disse...

Também acho, que a frase seria a versão crioula, caso fosse proferida por JMN, depois da falta de educação do outro!

Anónimo disse...

Nem mais!!!

Carlos Parreira disse...

A verdade dos factos nós (eu os conheço), mas espero que alguém os saiba. O facto de Jorge Santos ter chamado mentiroso em público é um acto lamentável, mas porque eu não conheço às razoes que levaram o líder do MPD a tal atitude. Mas seguramente que ele os têm!
Incidentes na vida política acontecem, e às vezes com muita frequência, agora a questão que se coloca é que em Cabo Verde, este tipo de incidente acontece pela primeira vez desde que me recordo.
Incidentes anteriores não passavam do habitual bate-boca, jogo de gato e rato - onde hoje ataco eu e amanha atacas tu – será que os paradigmas do embate político, em Cabo Verde estão a mudar, na qual os dirigentes vêem a publico chamar o outro (o seu opositor) de mentiroso ou pedir-lhe satisfações? Não sei, são questões para os ditos teóricos debruçarem e analisarem!
PS:
Tenho algumas reservas em dizer que a sociedade Cabo-verdiana é uma sociedade feliz, com afirma Virgílio Brandão, diria antes que é uma sociedade que já se habituou ao ritmo da valsa! Se é tocada depressa, depressa ela anda, e, se é tocada devagar mais devagar ainda ela se anda .


Abraç tds

Unknown disse...

Anónimo das 18:49 - não sei se será mais grave. Eu diria da mesma dimensão. Até porque no caso da malcriadice do rei espanhol, o cenário era o de uma grande conferência internacional. E, ao que se sabe, ainda não veio a público pedir desculpa a Chavez ou no minimo, retratar-se. Aliás, é pouco provavel que o faça, assim como também não acredito que o lider do MPD dê este braço a torcer.

Sisi, nem mais o quê? Deveria ser uma frase do nosso primeiro para o nosso segundo?

Odair, belo comentário. Gostei da visão da nossa sociedade como andando ao ritmo da valsa. Sempre é um ritmo mais adaptável do que o frenético funaná... Abr.

Anónimo disse...

Olá João,

Fomos fazer "O Grande Criador" a Bogotá e usei a expressão do rei de Espanha - o público delirou...
Na ida para Bogotá vimos uma reportagem sobre ti na revista da TAP.

Está tudo bem?

Chegámos ontem e já estamos de partida para o Brasil.

Abraço,

Rui Rebelo

Unknown disse...

Eh Rui! Quando fizerem o Grande Criador aqui, usam a versão crioula do porque não te calas? Que tal?! Abraço a todos da companhia Chapitõ. Todo o Cabo Verde tem saudades vossas.

Anónimo disse...

Devo dizer que não acredito em políticos com pose de estado; que não acredito em políticos que não praguejam ; que não maldizem; que não pecam; que não mentem...quando assim são pode-se ter a certeza que não o são. São humanos, com raivas, ódios, defeitos...Seria curioso, que em CV se acompanha-se mais a política do EUA, onde nesses últimos meses tem-se assistido governadores pregadores de virtudes a serem vitimados pela sua própria moral hipócrita , hoje mesmo o Governador de NY demitiu-se por questões de putas, deve-se dizer que o senhor fez toda a sua campanha tendo em conta os seus elevados padrões éticos e já agora apareceu ao lado da sua dedicada esposa quando anunciou a sua demissão do cargo.

J.Santos já respondeu:

http://www.asemana.cv/article.php3?id_article=30481

Anónimo disse...

Quis dizer que as 2 situações foram tal e qual, duma tremenda falta de compustura e se por acaso a razão estivesse do lado deles, deixou de estar no instante em k tiveram a infeliz ideia de se pronunciarem daquela forma lamentável.

Unknown disse...

Anónimo das 20 e quatro, todas essas «qualidades» que referes não são dos políticos, fazem parte da natureza humana. Cabe a cada um de nós, na batalha que segundo a segundo disputamos conosco mesmo, fazer o com que o lado da luz seja um bocadinho mais forte que o lado obscuro. Todos, sublihno, todos, temos o nosso dark side of the moon. E quanto à resposta, nem te digo nada, foi pior a emenda que o soneto. É a primeira vez que me dizem que um susurro ao ouvido do colega do lado pode ecoar por toda uma sala como se fosse um trovão.

Este é o maior problema em Cabo Verde. Não se pode tomar partido sem se ser partidarizado. Talvez por isso 2/3 da população tenham medo de falar. Talvez por isso, quando aparecem comentários como o teu - legitimo, fundamentado, escrito de forma correcta - o seu autor tenha que aparecer como anónimo.

Abraço

Sisi, nem mais.

Anónimo disse...

O post foi em modo anónimo por não ter considerado relevante o meu nome, acredito que o que conta é a mensagem e não o emissor... mas se de algum modo o nome relevar para alguma coisa, o anónimo das 20.04 chama-se Miguel R.Sousa.

Unknown disse...

Caro Miguel Sousa, não leves a mal, mas Anónimos há muitos! E nunca se sabe que razão esta por detrás de um anonimato. Bem que podes dizer que «a mensagem é que conta». Eu acho que o emissor conta também, e muito. Sempre achei esquisito estar a falar com pessoas que tenham a cara tapada. Um abraço e volta sempre!

Anónimo disse...

Seria tão bom se todos os políticos deixassem cair as suas mascaras, sem as hipocrisia do costume! Votar assim seria deverás mais fácil...

Unknown disse...

Essa das máscaras e dos políticos... vamos lá ver, máscaras, todos a temos. Ninguém é apenas ele próprio. A própria sociedade nos obriga a tal. Se todos deixassemos cair todas as máscaras, descobririamos o que é ir parar ao vazio. Abraço

Anónimo disse...

Caro João Branco, como disse numa outra ocasião: os nomes são máscaras que nos são dados desde de tenra idade, a partir daí cria-se a imagem da pessoa, pois passamos a relacionar o nome à imagem do indivíduo. No mundo virtual mesmo que eu te diga o meu nome - por ex. João, Maria ou José - sempre estarás a falar com uma pessoa de cara tapada, por não me conheces visualmente. Neste sentido, para mim não há o porquê de colocar o meu nome. O anonimato é uma experiência fascinante, desde que não faltes o respeito às pessoas - difamando alguém. Quantos aos motivos para o anonimato são muitos, mas para mim não é receio de ninguem e de nada. É outra coisa... é sentir que posso dar uma opinião como uma pessoa qualquer sem ter de me identificar com fulano ou sicrano, especialitas nisto ou aquilo etc., pese embora acho legitimo e normal que as pessoas se identifiquem como a,b,ou c. A meu ver é uma experciência boa desde que se respeite os outros "manos virtuais", longe de vitupérios.

Anónimo disse...

Odair comparativamente k li na estranger, Cabo Verde é uma sociedade feliz sim senhor! Puxa, afronta d'vida na estranger é né brincadera não. Prefiro mil vezes a tranquilidade d'nox terra nha broda.
Fca dret pessoal!

Anónimo disse...

1. Olá Odair. É Claro que ao falar em «terra feliz» estava a ironizar… A realidade fala por si e não precisa de muitas explicações.

2. Anónimo das 18:49, é muito generoso na forma como vê a minha pessoa. Mas fique sabendo que o coração de um homem está onde está o seu tesouro – e para mim é a minha terra. Estou longe, mas é só fisicamente. O resto está aí. Espero, em breve, juntar as duas coisas pois a minha alma vale mais do que todas as coisas.

3. João, acompanho o teu blog com interesse e está nos meus favoritos. Mesmo havendo muita coisa amarga na nossa terra o café não é sempre margoso. Temos de estender a perna de acordo com o tamanho do lençol, como diria Tagore. O que não quer dizer que não desejemos açúcar ou um lençol melhor – e, porque não, uma mantinha?

Abraço fraterno,
Virgílio

Unknown disse...

Car Anónimo, compreendo e respeito a opinião, como é obvio, mesmo que me possa nao identificar com ela. Aliás, como tens reparado, nunca nenhum anónimo ficou sem voz no Margoso pelo simples facto de o ser. Abraço.

Anónimo das 1 e cinquenta: pois é, mas pelo caminho que isto vai, será que poderemos dizer o mesmo daqui a algum tempo? Seja como fôr eu sou, e continuarei a ser, aquele que fica, apesar de poder partir.

Virgilio: o Margoso tem os dois lados da moeda, como é habitual nos objectos ironicos. Eu gosto verdadeiramente de cagé margoso (o único e verdadeiro café), mas há amargos de boca que é preciso continuar a denunciar, não é? Abraço fraterno do lado de cá.

Anónimo disse...

Olá João, li um excelente artigo do Virgílio Brandão no blog dele,com o titulo «LA AMISTAD» E A NOVA ESCRAVATURA e que no minimo merecia um lugar na tua secção de plágios. Achei que ele fez uma análise extraordinária que revela esses amargos de boca que é preciso denunciar, que referes acima. Além disso é uma temática que precisa ser aflorada com mais frequência, e aqui no blog seria mote para uma férvida discussão. Aconselho a todos a dar um pulinho até ao "terra longe" para o ler.
José Luis Santos.

Unknown disse...

Zé, vou, certamente, seguir o teu conselho. Vamos ver no que dá. Abraço