Rosa do Mundo

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«Rosa do Mundo — 2001 Poemas para o Futuro» é o título daquele que será, muito possivelmente, o mais interessante projecto editorial e poético realizado até hoje em língua portuguesa. Deriva de um vasto trabalho colectivo de mais de uma centena de intervenientes que, ultrapassando um ano de trabalho, conseguiram reunir muita da mais bela poesia do mundo.

«Rosa do Mundo — 2001 Poemas para o Futuro» mostra-nos que em todos os tempos e por toda a parte sempre palpitou a energia poderosa da mais pura emoção humana que hoje podemos experimentar nestas duas mil e uma pétalas que formam esta Rosa do Mundo.

A edição é da sempre cuidadosa Assírio & Alvim e contou com a direcção editorial de Manuel Hermínio Monteiro, que escreve no editorial: «Há muitos e muitos milhares de anos, a poesia aproximou-se do homem e tão próximos ficaram, que ela se instalou no seu coração.»


A obra foi editada em 2001, no âmbito do Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura, tem 2001 poemas e 1936 páginas da mais bela poesia. Uma biblia, portanto. Ou se quiserem, o Mundo num livro. Um livro para abrir de vez em quando e partir à descoberta das palavras dos outros. Um livro que se levaria para uma ilha. Faz sentido aqui.

E porque hoje é dia 21 de Março, Dia Mundial da Poesia.





    A Rosa do Mundo

    Quem sonhou que a beleza passa como um sonho?
    Por estes lábios vermelhos, com todo o seu magoado orgulho,
    Tão magoados que nem o prodígio os pode alcançar,
    Tróia desvaneceu-se em alta chama fúnebre,
    E morreram os filhos de Usna.

    Nós passamos e passa o trabalho do mundo:
    Entre humanas almas, que se agitam e quebram
    Como as pálidas águas em seu fluxo invernal,
    Sob as estrelas que passam, sob a espuma do céu,
    Vive este solitário rosto.

    Inclinai-vos, arcanjos, em vossa incerta morada:
    Antes de vós, ou de qualquer palpitante coração,
    Fatigado e gentil alguém esperava junto ao seu trono;
    Ele fez do mundo um caminho de erva
    Para os seus errantes pés.

    W. B. Yeats


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2 comentários:

Alex disse...

Mais uma ideia João.
Funda aqui a tua Biblioteca do Café. Para quê? Para que quem entre no café, traga (deposite)um poema. O texto da sua vida. Curto, claro.
Fica o depósito, sem direito a retorno.
ZC

Unknown disse...

Boa ideia. Vou pensar qual a melhor forma de o fazer, em termos de «template», formato e anúncio. Abr.