Café Cinematográfico

8 Comments


Morreu ontem, dia 18 de Março, Sir Arthur C. Clarke, o autor de «2001, Odisseia no Espaço» e «Rendezvous com Rama» que surgirá no cinema em 2009. É um dos grandes autores de livros de ficção cientifica do séc. XX.

"2001: Odisseia no Espaço" foi adaptado e realizado pelo génio de Stanley Kubrick e é um daqueles filmes obrigatórios para quem gosta de cinema, ou simplesmente, de boa ficção científica. O livro de Sir Arthur Clarke, 2001, é o primeiro de uma série de quatro odisseias (2001, 2010, 2061 e 3001). 2010 também mereceu uma adaptação ao cinema por Peter Hyams, feita com alguma qualidade, mas longe do brilhantismo de 2001 do Mestre Kubrick.

Não deixa de ser curioso fazer uma comparação entre as previsões de Clarke em 1968 e a realidade em 2001. Apesar dos voos tripulados no espaço estarem muito mais atrasados do que a ficção de Clarke, o imenso computador de bordo composto de cristais rectangulares, o HAL 9000, foi já largamente ultrapassado pela tecnologia actual. Hoje um Pentium bateria o HAL 9000 aos pontos.


Do filme, pessoalmente, destaco a sequência com os homens pré-históricos, absolutamente antológica e que me inspirou para uma peça de teatro que encenei há quase 15 anos.

Stanley Kubrick, esse, ficará na montra com um dos maiores génios do cinema, desde sempre.


You may also like

8 comentários:

Anónimo disse...

mesmo grandes morrem
Sr X

Unknown disse...

Sem dúvida, X. Sem dúvida.

Alex disse...

Se "O Homem que matou Liberty Valence" é o filme da minha vida (porque a mudou), "2001 Odisseia no Espaço" é um dos 5 melhores filmes que já vi, e já vi muitos. É certamente o filme que mais vezes (re)vi. Porquê? Porque é um filme aberto. Logo, actual. Da linguagem estética (a marcar um antes e um depois no cinema de ficção) à música (perfeita), dos efeitos ao cast, da história de antecipação (banalização das viagens espaciais; confronto homem máquina) ao mistério atemporal da existência (o obelisco; vida-morte-recomeço) sem concessões demagógicas ou simplificações. A cena a que te referes é simplesmente antológica. Um dos momentos mais belos do cinema. A descoberta da mão, da arma, do poder, e da morte. A consciência de um mistério, que nos antecedeu e se prolonga para lá da nossa contingência.
Era capaz de estar dias a fio a discorrer sobre esta Opus Magnun do cinema.
Fico-me por aqui.
Abç's
ZCunha

P.S.- Falar do João Bénard da Costa é coisa que requer, respoeito, carinho, e sobretudo muito saber. Não o vejo muito compatível com a blogosfera. Experimenta. Podes começar por ir descarregando alguns dos textos publicados na Assírio & Alvim. Já lá vão 3 volumes, creio eu. O João é um Mestre à moda antiga.

Unknown disse...

ZCunha, conheço pessoalmente o JBC, li os livros todos dele, esperava ansiosamente o semanário independente para o poder ler na sua crónica semanal e ainda era daqueles que adorava ir à Cinemateca também para ler a folhinha com o texto do JBC sobre o filme da noite. Um senhor.

Alex disse...

Daí o meu prurido. Tá visto que esta coisa de debater ideias não tem pegado.
Seria uma pena (um quase insulto), que uma pena como a do JBC, inteligente, pedagógica, estimulante, apaixonante, e cultíssima, passasse ao lado dos blogonautas. Que desperdício seria. Faz a experiência. Espero, e desejo, estar enganado.
1Ab
ZC

Unknown disse...

Muita coisa tem passado ao lado dos blogonautos. Infelizmente. Não há tempo, diz-se por aí. Mas o tempo que o tempo tem, é cada um que o faz. Digo eu.

Alex disse...

E dizes bem, mano João.
Injecta lá o JBC nas veias desta Blog anémica, a ver se viciamos a malta. O produto é do melhor. Do puro, e sem cortes. E não há que ter medo dos efeitos colaterais. Quanto maior o vício melhor o efeito. Já testado e comprovado. Pelo menos são já dois a dizê-lo.
A Páscoa é uma época mórbida. Os Mexicanos é que devem ter razão pela forma como comemoram a morte. É Kitsch, mas é alegre, foda-se!!!
Páscoa, dia Internacional da Poesia, 'puta c'us pariu', já viste coisa mais triste. Tenho que ir desopilar. Estou intragável. Ele há dias. E hoje estou numa de paixão, pura e dura.
ZC

Unknown disse...

A Páscoa é a celebraçao oficial da carnificina. Ela ser coincidente com o dia da poesia, é-me indiferente, porque para mim a poesia está sempre presente, e a páscoa nunca há-de chegar. Embora haja inúmeros aspectos na vida de JC que me fascinam. Mas a isso voltarei noutras ocasiões. No fundo, eu sou apenas um bom cristão.