Ficção Cafeana

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As propriedades daquela zona despertaram a curiosidade de muitos. Melhor, de muitas agências. As mais reputadas agências de espionagem do planeta, americanas, israelitas, russas, alemãs, japonesas e chinesas enviaram pessoal camuflado para vir investigar o que se passava. Uma zona que captava não só o que acontecia, como também o que não acontecia ou o que estava ainda por acontecer. Uma mistura explosiva de saber, espionagem e contra-informação. Haveria que existir por ali algum radar super potente invisível manobrado por alguma força oculta, terrena ou mesmo extra-terrestre, todas as possibilidades eram válidas perante aquele fenómeno extraordinário. E as pessoas que por ali ficavam mais que uns minutos também adquiriam logo uma capacidade inata para adivinhar o futuro, ver o invisível e adivinhar o imperceptível, lançar boatos susceptíveis de provocar a maior das agitações. Alguma feromona especial estaria sendo largada por ali?  Alguma substância especial estaria sendo largada na atmosfera devido ao arrastar dos sapatos polidores nas calçadas ou nas paredes circundantes? Pelo sim pelo não, os respectivos agentes, escondidos uns dos outros, lá foram para a Rua de Lisboa, na cidade do Mindelo, Cabo Verde, recolher amostras de ar naquelas redondezas, sendo certo que era ali mesmo, na zona dos cafés, que o fenómeno se tornava mais evidente. Então desde que o jornal A Semana noticiou a possibilidade de terroristas andarem a maquinar novos golpes na maior das tranquilidades, aproveitando o tal pacote de Sol e mar todo o ano, bastou juntarem dois mais dois e avançar para o terreno, implacáveis. E foi assim que, sem que ninguém tenha dado por isso, a Rua de Lisboa, a mais famosa rua da ilha do Porto Grande, se transformou num centro internacional de espionagem. Vai dar uma bela manchete, quando se souber...





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