Café com Arte

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Mais uma exposição na I. Gallery, o espaço que a livraria Nho Eugênio decidiu, em boa hora, criar, para gaúdio de todos quantos apreciam convívios marcados pelo bom gosto, conversa e companhia. Desta vez, cabe a Abraão Vicente apresentar-se com uma exposição de pintura intitulada “A idade de Bruegel ou a queda dos anjos rebeldes” que, segundo o próprio "mais não é que um exercício de leitura de algumas obras de Pieter Bruegel, pintor flamengo que viveu entre 1525 e 1569."

As obras apresentadas por Abraão Vicente nesta colecção de oito quadros, são justaposições, novas composições, rearranjos de temas, figuras e imagens pertencentes não só a obras bem especificas de pintor flamengo, mas também ao imaginário da época. Ao extremo exercício de composição, tradução, volume, contemporização de Bruegel, Abraão Vicente contrapõe traços livres e rápidos, figuras propositadamente descontextualizadas e um guião que bem poderia ser a de hoje, nas ilhas. Das ilhas. Sendo por isso “A Idade de Bruegel” um tempo simultaneamente longínquo e recente. Diria, que se repete no hoje. Algures.

A abertura desta exposição acontece na próxima quinta-feira, dia 4 de fevereiro. Não percam e aproveitem o excelente ambiente, o bom vinho e a boa companhia. Tud isto rodeado de livros. O que se pode pedir mais?




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6 comentários:

Wanasema disse...

Mais uma exposição do visceral Abraão Vicente! Adoraria estar presente...
Abraços, João!!!

Ariane Morais-Abreu disse...

Poxa!! O ké isso? Troça ao Bruegel por certo! Deveria o Abrao Vicente contentar-se da leitura porque de pintura, fora um exercicio de borradura de tela, o gajo nem sabe desenhar... mas conceptualizar o vazio, sim a besta!! E nao me vem dizer, JB, que sou "ma" porque maos sao estes artistinhas de gaita para as Artes plasticas.

Cafe Margoso 2.0 disse...

Não te sabia crítica de arte. Estamos sempre a ser surpreendidos. É bem.

Vcosta disse...

Aí aí aí!criticas com o cérebro e sempre bemvindo, agora qdo se usa cotovelos,alguma dose de ignorância e certas outras partes para falar...mi nhã boca ka Sta lá!

Toninha Veiga disse...

Estranho a critica da senhora ariane. A mesma critica os caboverdianos fazem a Tchale, a Mito, ao alex Silva...enfim a todos os que ironicaMente sejam modernos e ousem ter linguagem própria! A Sra. Ariana e real ou invenção de algum machofemea frustrada(o)?engraçado que basta inventar um nickname e todos podem criticar abertamente!

Ariane Morais-Abreu disse...

Toninha sou bem real, nao preciso de cobertura para falar. JB, nao é preciso ser critico de arte para ver e sentir uma obra. Pois a pintura, alias as artes visuais, chamam em primeiro e antes de tudoo o olhar e os sentimentos, e para mim tal pintura é propriamente o contrario do que se chama arte, porque nao passa de uma tentativa reprodutiva, importada e sem utilidade, que nem vale o tempo que passamos a falar dela. Faz regressar todo o trabalho dos predecessores, e neste caso o Bruegel, ao narcissismo esteril e "frustrado" de artistas que nao sabem pintar, nem dominar no minimo as tecnicas plasticas basicas. O AV nao é o unico a tentar, na tapadinha, conceptualizar os seus trabalhos porque fora do discurso bonito, convencido e consensual nao existe. E porque fazem os CV criticas dos nomes citados pela Toninha, é que mesmo no universo isolado, fechado e ignorante que é Cabo Verde, as pessoas têm ainda o minimo de gosto, sentir e bom senso; nao sao totalmente corrompidos e cegados pela inversao dos valores esteticos e morais. Seria quase criminal para os adultos que somos deixar pensar a juventude cv nascente que isso é pintura, é arte!! Seria condenar as geraçoes vindouras a mais reclusiva ilusao!!!
JB, se o teatro tinha aguardo os profissionais autorizados para existir, penso que CV seria um dramatico deserto...