Plágio 04: Bilhete sem Sobressalto

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Continuam a ser ditos e escritos comentários interessantes, ainda a propósito do programa «O Grande Salto», emitido em simultãneo pela rádio e televisão de Cabo Verde no passado fim-de-semana. Já tive oportunidade de escrever sobre isso, numa Crónica Desaforada, bastante comentada, por sinal.

Desta vez foi Káká Barbosa, no seu recente blogue, a escrever sobre isso. Gostei do que li, e por isso, cá vai o plágio.

Então cá vai:

«Não queria, mas digo isto: a Associação dos Escritores, e outras cívicas, são órfãs, sem amparo dos seus membros, sem a vitalidade desejada, a patinar, porque gente nova não quer participar e nem tomar conta delas. No entanto proliferam escribas e fazedores de tudo de toda a sorte e calibre. Ninguém tem tempo; não há tertúlias; literatura é para magnatas e música é animação nas discotecas e pintura e outras artes não têm público… e sempre os mesmos à volta das mesmas coisas…e as mesmas soncices crioulas. Há espaços, sim, com teias de aranha. Reivindica-se a emancipação, fala-se do faltante, mas no fundo a borra diz-me que há fantasmas por aí. (...)

Precisamos é de poder forçar o advento de um campo para crítica, para nos familiarizarmos com o oposto, pressionando os apresentadores das obras a serem críticos. Assim, sim, a cultura e adjacentes terão movimento de rotação e de translação, haverá dia e noite todos os dias, luz e ausência dela igualmente para todos, conforme o ponto em que o observador se acha.

Outrossim, uma renovada cadeia de diálogo inter-cultural, constituída em redes de interesse, para se provocar certos rompimentos (ordeiros) como forma de se sair do entendimento médio para o de nível superior, precisa-se, porque; amparar no furado é semear grãos ao vento

Imagem: pintura de Luisa Queirós





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2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado João, primeiro pela leitura e pelo sinal que me deste que defacto leste o Bilhete, segundo pela réplica na secção de "plágios" boa ideia. Olha, estou achando, pela olhada que dou aos outros Blogs, mesmo entre nós não se comenta. É uma doença. O meu ViraSom acompará day by day os amargos e doces de boca. Tem cena a tua página. Gosto.
Um abraço e até qualquer dia destes.

Unknown disse...

Grande Kaká

Sou exactactamente da mesma opinião. Comenta-se pouco, conversa-se pouco. Precisamos incentivar mais o uso desta coisa que é o conceito de comunidade (blogueira) neste caso.

Obrigado pelo feed back. Irei, se me permitires, tomando o meu café também lá no teu estabelecimento.

Un brassa li de Norte!