Café Sonoro

16 Comments

Por sugestão de um cliente, abre-se esta nova secção do Café Margoso, para comentar albuns e gostos musicais.

A primeira sugestão só podia ser esta:

Keith Jarrett Koln Concert

Keith Jarrett é um daqueles músicos raros de encontrar. Esta constatação é bem simples de explicar: o pianista americano, nascido na Pensilvânia, conseguiu em 30 anos de carreira agradar os puristas do jazz e ao mesmo tempo os ouvintes de música clássica. O seu nome é garantia de uma interpretação sem igual e improvisação no limite máximo. Os seus concertos são maratonas de muita inspiração e suor numa dedicação sem igual.

Este álbum, gravado na Alemanha, em 1975, é o seu maior momento ao vivo registado em disco e o mais vendido de sempre. Jarrett está sozinho, sem acompanhamento, interpretando quatro faixas, as mesmas deste duplo vinil. O pianista cria uma atmosfera entre ele e o instrumento que transcende a relação 'normal' entre ambos. Por mais de uma hora, ele transmite ao público todo o seu domínio e criatividade. É impressionante o talento improvisador de Jarrett. Com a mão esquerda ele marca o ritmo e com a direita tira melodias que impressionam. Desde o lançamento do disco, as apresentações de Jarrett são muito concorridas nos maiores festivais de jazz do mundo. Outros discos só de piano e ao vivo vieram depois como os gravados em Paris e Viena.

Vale a pena comentar que o músico tocou dois anos com Miles Davis (em 69 e 71) e tem em Bill Evans a sua maior influência.

Boa escuta!





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16 comentários:

Anónimo disse...

concordo !! ess disco é um de nhas preferido...ja agora se bô curti ess li um dica : Chik Corea/Bobby Mcferrin nome d'album é The Mozart Sessions ...é uvi cai na tchom , ou então "circle songs tb, ...ok ,parei...
Hiena

Unknown disse...

Hehe Hiena, ainda a semana passada falei desse disco com um amigo que me prometeu gravar. Assim que estiver a ouvi-lo, vem cá ao café, como sonoridade. Abraço!

JonDays disse...

Se bo tem amigo que vai gravar, ka conta com nha cd... eheheh..

Anónimo disse...

Obrigado João por teres aceite a minha sugestão, pois somos muitos que queremos partilhar as nossas experiências musicais.Há muito tempo que aguardava por esse momento de partilha "cenas" do Jazz e não só. Gosto muito de Jazz, em especial de pianistas de Jazz. Posso citar os meus preferidos: Duke Ellington, Oscar Perterson, Bill Evans, Bernardo Sasseti, e kel três pé d'um caldera Herbie Hancock, Chik Corea e Keith Jarret.Curiosamente, estes últimos três, trabalharam com a grande figura do Jazz, o Picasso do Jazz - Miles Davis.
Apesar de Horace Silver ser um dos "nossos", não é um pianista que ouço muito, mas gosto dele também. Hiena n tem kel cd de Bobby Mcferrin e Chik Corea, e é um de nhas discos preferide, prencipalmente de quel interpretação sui generis do famoso Spain de Corea, e de Blue Bossa. Sou fã destes gajos! Por falar em Mcferrin, um dos maiores duetos que já ouvi é dele com um dos melhores músicos actuais africanos, o camoranês Richard Bona. O dueto é com música do grande Bona, intitulado Dina Lam, é uma das minhas músicas preferidas. Podem ouvi-la e vê-la em http://www.youtube.com/watch?v=iimMKWF7SK0. Esse dueto é divinal!!! Não deixem de vê-lo! Internet é uma maravilha, nos permite ver e ouvir coisas antigas e actuais, e em poucos segundos estamos lá. Aliás, este dueto pertence ao notável DVD MCFERRIN, BOBBY - LIVE IN MONTREAL. Tenho-o e é simplesmente "brutal". O Bobby faz coisas inesquecíveis. Ele é uma inspiração!
Não esqueço cds também como Coreahancock, uma delicia! Um momento único! João, acho que nunca ouvi Keith Jarrett Koln Concert, vou arranjá-lo, mas já ouvi e vi o DVD e CD Tokyo Solo de Jarret e é fantástico! Gosto da forma como ele nos toca tocando-nos. Não bebo café, mas estou-me viciando no café margoso.
Abraços!

Unknown disse...

Anónimo das 23 e muito: bem, temos aqui quase uma pré-tese de música jazzistica! Fixe! Olha, arranja mesmo o CD em causa porque é excepcional. Eventualmente, o que eu levaria para uma ilha deserta e só pudesse optar por um. Abraço!

JonDays: entre ter uma porcaria grabada e ter um original, não há comparação possível. Sabe tão bem ter o CD bonitim, com a capa, com tudo no lugar, que não encrava em nenhum lugar. Não há como hesitar! Abraço

Anónimo disse...

:))) mi ainda aont m tava te ouvi Keith Jarrett)) Pena e´kum ka tem sis CD complete, so uns musica..(((
Ja agora, m ta gosta tcheu de Chick Corea...))e como sempre m ka tem sis album complete(( Ninguem ca sabe onde que gente pode arranja esh CD....a nao se na Internet?))))))bj.

Unknown disse...

Natasha, bo tem que dxá dess kosa de piratiá músika na net! hehe Bo ka ta conshe um lugar tchamod FNAC? Lá, é o centro do universo. Abraço

Anónimo disse...

O´Joao, mi m ta piratea musica na net em tal quantidade que gent ka ta nem pode tchmal de pirataria....ate porque quesh mega ka ta permiti de jeito nenhum))
Mas e´claro kum tava preferi tem CD original...
...na FNAC sim...Mas....))bj

Anónimo disse...

Pa quem k kré cds epectaculares d'Brasil pa ba:
www.umquetenha.blogspot.com

ou,
ots estilo moda Jazz ba pa:
www.musicadobem.blogspot.com.
É dôs blog de "partilha", sem igual.

Unknown disse...

Anonimo das 20 e meia, por acaso conhecia o segundo, ma li na CV ka ta dá pa faze downloads... k'es preço de internet pra li... dava pa bá té portugal, ba na FNAC, traze kes CD e ainda tava sobrá dinher... Abraço!

Anónimo disse...

Bo tem razão João! é k tem internet na Cabe Verde é um "luxo" ainda. Tem ots país d'África k preço é baixíssimo,segundo informações. Talvés k máj concorrência cosa podé bem amdjora. Àhh nôs terra... El é sabe, ma na alguns aspectos...

Anónimo disse...

Santa Luzia era ess ilha ideal, néra JB? Claro k sim :)

Unknown disse...

Anonimo das dezasseis... Santa Luzia? Nao entendi... Para ter uma FNAC lá, talvez...

Alex disse...

Caros, João e Bloguistas amantes da boa música

O Concerto de Colónia não é só um disco obrigatório, mas um marco (Quem ainda não ouviu que oiça, quem ainda não tem que compre). Trata-se de um momento único na já longa discografia do KJarrett, mesmo considerando só os concertos a solo (porque a outra é de perder de vista), e em que ele coloca a fasquia do improviso num ponto muito exigente, inclusive para ele (não digo inultrapassável, mas anda lá perto). É um monumento vivo da música para a música. Um momentum feliz onde tudo lhe saiu bem. Mas permitam-me observar que o Jarrett andou lá muito perto, em tensão criativa, em beleza formal, em fulgor lírico, e em energia emocional, com a primeira parte do concerto La Scala. Um dos momentos mais belos e emocionantes da sua criação (a 1ª Parte). Mas como na segunda parte somos obrigados a descer à terra, o Concerto de Colónia mantém-se como a sua Opus Magnum.
Uma última confissão. A primeira vez que ouvi o disco, estava eu, o Mito (um expert em Jazz, a quem devo muito do que de bom tenho ouvido), o Filinto e o Zé Brazão, tertuliando em casa deste último, num almoço. Confesso-vos que o solo culinário do Zé (já não me lembro se improvisado ou não) esteve à altura da música de fundo, e da poesia de Walt Whitman que Filinto, de passagem, trouxera dos States.
A vida não é só tristezas e misérias, mas feita de dias assim, inesquecíveis.
Abç’s, muitos
José E. Cunha

Anónimo disse...

Não para ouvir o cd de Jarret, naquele silencio... seria bom, não é?

Unknown disse...

Alex: de facto, há coisas e momentos na vida que nos fazem levantar com um sorriso nos lábios. Também é por essas e outras que continuo - apesar de tudo - a celebrar essa coias prodigiosa que é a vida. Abraço

Anónimo da meia noite e meia: agora entendi! Eh, caramba! Tenho que experimentar essa... Ouvir o Jarret em Santa Luzia... Que inspiração!