Obrigado Vasco Martins

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Obrigado Vasco Martins pela vida e obra, mas também pelas 8 Sinfonias, compostas de forma superior, tendo as montanhas e o mar de Cabo Verde, como principais inspiradores.

A propósito do CD com as sinfonias do Vasco, disse Germano Almeida, na apresentação da obra:

«O poeta João Vário lamentava que continuasse faltando uma dimensão épica à literatura caboverdiana, um poema que cantasse este povo heróico, de uma heroicidade tão quotidiana que ele mesmo sequer tem consciência dela.

Porém, no concernente à música dizia que já temos o Vasco Martins a enaltecer o lado grandiloquente da terra e dos homens em sinfonias como Arquipélago Magnético ou Monte Verde. Varela era um homem culto, exigente consigo e com os outros, um profundo conhecedor da música dita clássica, e no entanto comparava certas obras de Vasco Martins aos grandes poemas sinfónicos de compositores como Sibelius ou Korsakov.

Cito João Varela para que não se pense que estou aqui a falar em nome da nossa amizade do Arco e de copos. Digo com à vontade e com orgulho que Vasco Martins é um grande compositor e não tenhamos qualquer dúvida de que ele ficará na nossa história como dos primeiros grandes homens deste país na afirmação de uma música ao mesmo tempo telúrica e clássica.(...)


Para sermos um país livre, para que possamos levar os outros a acreditar em nós, precisamos primeiro acreditar em nós próprios e nos nossos valores. Ora Vasco Martins é um deles e devemos ficar felizes por ele ser nosso patrício

Imagem: retiradas daqui.





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2 comentários:

Anónimo disse...

A felicidade nao é um dever Sr Almeida!! Quanto menos uma obrigaçao perante a musica do Vasco Martins!! Sim é mesmo grandiloquente mas nao é eloquente a musica deste patricio. Nao basta ser ela classica para ser forçosamente e naturalmente admiravel. O que pensa o nosso "grande" escritor da liberdade de nao gostar?!! "Porem, porem, porem, porem..." diria a sua "Eva". Porra!

Unknown disse...

O «não gostar» é um direito que assiste a qualquer um, como é óbvio. Mas o maior problema é que o país que «fez» VM é o mesmo que treina os seus habitantes a não gostar da sua obra. Porque, musicalmente falando, a lavagem cerebral é outra. E bem massiva...