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[segundo Quino]











«Qual ancestral fala através de mim? Eu não posso viver ao mesmo tempo com a minha cabeça e o meu corpo. Por isso não consigo ser uma só pessoa. Sou capaz de sentir infinitas coisas ao mesmo tempo. O grande mal do nosso tempo, é não haver mais grandes mestres. A estrada do nosso coração está coberta de sombras.»







«Devemos ouvir as vozes que parecem inúteis… o cérebro está cheio de coisas aprendidas na escola, no asfalto, na prática assistencial… devemos ouvir o zumbido dos insectos que entram no nosso ouvido. Precisamos encher os olhos e os ouvidos de coisas que existem no inicio de um grande sonho. Todos devem gritar para a construção de uma pirâmide… Não importa se não a construirmos! O que importa é alimentarmos os desejos!»






«Temos que esticar os cantos da alma como um lençol interminável… Se querem que o mundo siga em frente, temos de dar as mãos, misturar os chamados sãos, com os que são chamados doentes. E vocês saudáveis: o que significa a saúde? Os olhos de toda a humanidade vêem o precipício em que estamos a cair.»






«A liberdade é inútil …se não têm a coragem de nos olhar nos olhos, e de comer connosco, e de beber connosco, e de dormir connosco! Os assim chamados sãos foram os que conduziram o mundo para a catástrofe! Homem escuta! Em ti água, fogo e depois cinzas. E os ossos dentro das cinzas Os ossos e as cinzas! Onde estão, quando não estão na realidade nem na minha imaginação?»





«Faço um novo pacto com o mundo: que haja sol à noite e que neve em Agosto. Que as coisas grandes acabem e só permaneçam as coisas pequenas. A sociedade deve unir-se e não continuar fragmentada. Vamos observar a natureza, porque a vida é simples. Temos de voltar atrás, onde nós estávamos, ao ponto onde escolhemos a estrada errada. Devemos voltar às bases principais da vida sem sujar a água. Que raio de mundo é este? Se um louco tem de vos dizer, que devemos vergonha! Oh Mãe! Oh Mãe! O ar é uma coisa rápida que gira em torno da cabeça e se torna mais clara quando te ris!»

"Nostalghia", de Andrei Tarkovsky


























Sou fã incondicional dos anúncios de perfumes. Há uns melhores do que outros, naturalmente. As principais marcas pagam enormes fortunas para utilizar a imagem das maiores estrelas de cinema para as suas campanhas. Audrey Tautou, por exemplo, depois de ter dado vida à estilista Coco Chanel no filme «Coco Before Chanel» (tendo confessado que o papel mudou a sua maneira de ver a marca) empresta a sua imagem à nova campanha do perfume Chanel Nº5, a mais famosa fragância de todos os tempos. «Ela (Coco Chanel) estava sempre à frente do seu tempo. O facto de ela ter criado um perfume em 1920 que poderia ter sido criado ontem mostra bem isso», explicou Audrey. O anúncio é belíssimo e cheio de glamour, como se pode ver pelo mural ora publicado. Bom Domingo.


















Se há algo que sempre apreciei foram os 7 pecados, para mal dos meus. Até já fiz uma peça de teatro com esse título - foi um retumbante sucesso aqui no Mindelo - e dificilmente resisto a qualquer um deles, sendo-me mesmo dificil escolher o preferido. Por exemplo, ao falar da peça que, com renovado brilhantismo encenei sobre o tema, caí sem pudor no pecado da vaidade, que é o mesmo que dizer na boa basofaria crioula. Há dias vem a preguiça, uma delícia. Ou a luxúria, quem a nega em noites de lua cheia? Ou a gula, que tem sempre mais olhos que barriga. Em tempos de crise, a avareza bem que se justifica, para garantir o futuro de amanhã. Até porque hoje, de quando em quando só a ira nos salva perante a estupidez humana. Mesmo que olhemos para certas mansões e jipes de última geração e não deixemos de lado uma certa inveja por tais níveis de conforto! Os 7 pecados, quem nunca os sentiu que atire a primeira pedra. Entretanto, vejam esta interessante galeria com as imagens completas, aqui.




























No último Domingo, por motivos vários, não houve mural, no entanto mais vale tarde do que nunca. Este é sobre a série "Capitu", concebido a partir da obra de Machado de Assiz, uma revelação que foi-me dada a conhecer hoje mesmo. Enquanto os olhos de ressaca da bela Capitu são comparados aos de uma "cigana oblíqua e dissimulada", os de Escobar são descritos na obra de Machado de Assis como ora sendo "olhos policiais a que não escapava nada", ora "dulcíssimos". Paradoxal? Não se sabe, mas esta mini-série da Globo, filmada quase integralmente dentro de um antigo teatro, é das obras televisivas mais belas que a televisão brasileira já produziu até hoje. Com a direcção de Luiz Fernando Carvalho e um naipe de actores e actrizes novos e pouco conhecidos nos principais papeis. Absolutamente imprescindível.


Vejam um fantástico vídeo da série aqui.
E também o belíssimo sítio da Internet concebido para a série, aqui

























Domingo é dia de Mural aqui no Café Margoso. Hoje dedicado aos viajantes, porque durante as próximas duas semanas é o que serei. Espero ter tempo, disponibilidade e rede para deixar aqui as impressões desta aventura, que durará as próximas duas semanas. Se o ritmo abrandar um pouco me perdoem. Mas haverá tempo para a partilha (há sempre), nem que seja um poema, porque quem dá e recebe poesia é como quem partilha o mundo.