Café Óbvio

3 Comments







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3 comentários:

Anónimo disse...

Todos diferentes, todos iguais:


"Encontrei uma preta

que estava a chorar,

pedi-lhe uma lágrima

para a analisar.


Recolhi a lágrima

com todo o cuidado

num tubo de ensaio

bem esterilizado.


Olhei-a de um lado,

do outro e de frente:

tinha um ar de gota

muito transparente.


Mandei vir os ácidos,

as bases e os sais,

as drogas usadas

em casos que tais.


Ensaiei a frio,

experimentei ao lume,

de todas as vezes

deu-me o que é costume:


Nem sinais de negro,

nem vestígios de ódio.

Água (quase tudo)

e cloreto de sódio.

(António Gedeão)

a) RB

Tey Alexandre SilFonSoares disse...

RB.. desde pequenino que conhecia este poema... "lágrimas de preta" e já estava na reciclagem, pois já quase que não me lembrava da sua existência... Em boa hora veio essa lembrança..

Catarina disse...

eu acrescentava os homofóbicos... acabei de ter uma discussão virtual com um... que raiva :-(