Um Café com... Adriano Reis

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É sempre agradável ver um amigo dar-se bem na vida. Mais ainda quando trabalha na área do teatro e começou essa aventura com o pessoal que fundou aquela que é uma verdadeira «escola» de teatro, na cidade do Mindelo, a mesma que lançou para o mundo do teatro cabo-verdiano nomes como João Paulo Brito, César fortes, Flávio Hamilton, Silvia Lima, Elisabete Gonçalves, Zenaida Alfama, Arlindo Rocha, Neu Lopes ou Herlandson Duarte, entre tantos, tantos outros.

E eis que vemos no site do Sapo CV uma reportagem, intitulada «um crioulo nos palcos portugueses» sobre Adriano Reis, actor, que está há cinco anos em Portugal e que começa a afirmar-se nas artes cénicas naquele país. Já trabalhou em algumas novelas, publicidade e, recentemente, com o Teatro Meridional, um dos mais importantes grupos teatrais lusos. Iniciou agora um novo projecto teatral, talvez o maior desafio da sua carreira: um monólogo a partir de um texto de Gil Vicente, fundador do teatro português.

Como podemos ler na reportagem, «os primeiros passos foram dados ainda em São Vicente, no Grupo de Teatro do Centro Cultural Português, onde teve a primeira formação em representação. Mas como Cabo Verde é ainda mais pequeno quando se pensa numa carreira, o jovem actor decidiu mudar-se para Lisboa e continuar a sua formação, enquanto fazia outros trabalhos ocasionais. Actualmente, apesar de ainda serem poucos, a concorrência começa a fazer-se sentir. Por isso, o mais seguro, diz, "é ter um part-time para quando o trabalho escasseia."

Adriano é um dos vários actores africanos para quem as portas do cinema, do teatro e da televisão portuguesas se vêm abrindo, a pouco e pouco. A chegada das televisões privadas e o sucesso das telenovelas portuguesas abriram novos espaços para actores de pele escura, a maioria vindos de África. E são as histórias passadas/iniciadas nesse continente que aumentam a procura de profissionais de origem africana.

Por outro lado, o carácter cada vez mais multicultural da sociedade portuguesa (pelo menos de Lisboa) obriga os autores a incluirem personagens com origens não portuguesas nos elencos. São os casos das várias peças de teatro e das telenovelas A Outra (TVI) e Podia Acabar o Mundo (SIC). Depois de cinco anos, Adriano Reis ansioso para regressar a Cabo Verde, a São Vicente, e participar, em Março de 2009, nas comemorações do Mês do Teatro, na cidade onde pisou o palco pela primeira vez.»

E certamente, a cidade que o viu nascer, para a vida e para o teatro, o saberá receber de braços abertos, como sempre faz com os seus filhos e os seus convidados.

Para saber mais sobre Adriano Reis: http://www.teatropalcodavida.blogspot.com/
Fonte: aqui




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3 comentários:

Fonseca Soares disse...

Pois é, JB. É mesmo de destacar essa presença 'crioula' no mundo do Teatro lá em Portugal. E falava com o Adriano Reis, justamente, sobre isso: a satisfação que me dá em ler sobre a evolução e consequente 'utilização' dos nossos actores, fora de CV... E o Adriano Reis respondeume com esta frase que re-envio em copy/paste:'FONSECA SINTO-ME MUITO FELIZ PORQUE O PESSOAL DE UMA FORMA GERAL ESTA A DAR CARTAS: O ZÉ BARBOSA É FAMOSO, AVELINO ESTA DEMAIS, EUCLIDES É BOSS EM CASTELO BRANCO, BURBUR JÁ SABES ELES ESTÃO BONS DEMAIS, MARLON É ACTOR A TEMPO INTEIRO NUMA COMPAINHA. DJÓ EVORA ESTA NA MADEIRA A DAR SHOWS. SINTO-ME MUITO FELIZ POR NÓS CABO VERDE E ORGULHOSO DA NOSSA VIDA ARTISTICA MINDELENSE'. E disse pra comigo:'É um dos que gostam de partilhar... as 'coisas' estão a sair-lhe bem, mas está tb a partilhar a felicidade dos 'broda'...
Felicidades, e continuação de bom trabalho nesta arte de partilhar

Adriano Reis (conta.storia@gmail.com) disse...

João, Muito obrigado! todos os dias passo obrigatóriamente por ai, e surprendeste-me com este artigo lindissimo sobre mim e todos OS colegas que aprenderam contigo a brincar o teatro e hoje ve-se o resultado, falo ainda de Euclides Sequeira, Djó Évora, Flavio Leite...
humildemente estamos a conseguir e digo-te do fundo do meu coração! a maior parte deste merito devemos a ti! é claro que a altos e baixos e porra! és um gajo que o baixo não existe!
Orgulhosamente Cabo Verde é di meu!
Hoje o teatro Caboverdeano é uma referência, quando falo com nomes como Maria do Cêu guerra, André Gago, Marcantonio del´carlo, João Perry,etc,etc. fala-me logo do mindelact.

JOÃO, ESTAMOS TODOS DE PARABÉNS MESTRE!

Unknown disse...

O meu verbo, Tchá, o meu verbo de eleição: partilhar.

Adriano, obrigado pelas simpáticas palavras. Mas no teatro não há «eu» nem «tu». Só há NÓS!

Abraço e continuação de sucessos!