Café Curto

2 Comments


Dois aumentos nos preços da electricidade em menos de dois meses. Já se está a ver à custa de quem é que o buraco financeiro da Electra vai ser coberto. Isto não só deixou de ser justificável como está próximo de se tornar pornográfico.



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2 comentários:

Adriano Reis (conta.storia@gmail.com) disse...

Caramba! Estou a 10 anos fora da terra, qd vivia em C.Verde já Electra era uma tristeza...desde que sou "puto" k Electra têm buraco?! K buraco que não têm solução. Afinal aonde é que vai tanto dinheiro que o estado e o povo anda a tapar buracos desde da existência da Electra?

Anónimo disse...

ADECO sai em defesa dos consumidores em decorrência do aumento do preço dos combustíveis que chegou à fatura de energia elétrica (quem tiver interesse no assunto vide recente entrevista no espaço público da TCV (http://www.rtc.cv/index.php?paginas=9&id_cod=824).
Na referida entrevista o economista Paulino Dias disserta sobre a composição dos preços finais com base nos números da ARE entre outros fatores que influenciam a dinâmica do mercado externo e suas conseqüências no mercado interno caboverdiano; enquanto a ADECO defende que os custos dos combustíveis são exagerados, que não há transparência no setor e a composição dos preços finais é normalmente entre 3 ou 4 vezes maior do àqueles praticados no mercado (sic) e atribui responsabilidades à “fatores internos”.
A ADECO - embora membro do conselho consultivo da ARE – queixa-se de que lhe são sonegadas informações necessárias para a composição dos preços finais entre outras preocupações pertinentes dos consumidores.
Com relação ao repasse dos aumentos à fatura de energia elétrica o que chama atenção na entrevista é a falta de informações sobre o preço do kWh (produzido via renováveis) e injetado na rede da Electra e a sua influência no preço final da fatura de energia. Parece que esta informação é mantida em segredo dos Deuses pela(s) concessionária(s) – o que não é compreensível. Esta informação deveria ser de domínio público ou no mínimo de domínio do órgão de defesa dos consumidores neste caso a própria ADECO.
Primeiro porque a concessão da exploração de um bem público – como é o caso da exploração do potencial de geração de energia via eólica e solar – deve ser de domínio público. Normalmente (não sei se é o caso em CV) é feita mediante Licitação Pública seguida de Leilão. A licitação nada mais é do que a abertura do processo de aquisição à ampla concorrência de empresas do setor (nacionais ou estrangeiras) via concurso regulamentado e conduzido pelo órgão competente (a título de exemplo o governo de CV). Além da transparência no processo de tornar público a concessão de um bem público, a licitação deve ter como objetivo proteger o consumidor, com requisitos de menor custo x benefício para o mesmo.
Normalmente no leilão – que tem o objetivo de ressarcir o estado pela concessão do bem público -, participa exatamente o conjunto de empresas que cumprem os requisitos propostos na licitação pública e ganha àquele (ou o consórcio) que pagar mais pelo produto a ser explorado (vento, sol) e tenha como compromisso a oferta de menor custo benefício para o consumidor. Este é o procedimento transparente adotado pela maioria dos países no processo de aquisição de bens públicos – que não deve ser diferente daquela adotados pelos órgãos públicos cabo-verdianos. Portanto, tembém não consigo entender o porque que UMA VARIÁVEL tão importante que é o preço por kWh injetado – via renovável - na rede seja colocada em segredo dos Deuses. Entendo que esta variável deveria ser tornada pública no momento da divulgação da empresa vencedora do Leilão ou do “dossier de concessão”; tendo em conta que o objetivo final desse processo é proteger o consumidor de eventuais preços abusivos. Uma discussão que considero muito pertinente na minha opinião.