Café Literário

11 Comments



Um acontecimento: abriu na cidade da Praia uma livraria privada.

Isso mesmo, a «Livraria Nhô Eugénio» abriu as portas ontem, dia 31 de Julho, às 19H30, e ao que parece com uma grande adesão da comunidade praiense. Segundo os relatos de quem lá esteve temos ali uma bela livraria, com uma diversidade enorme de títulos e áreas, o que vem colmatar a falta que fazia um espaço desses na capital. Fica na Achada de Santo António, ao lado da CV Multimédia.

De referir que a cidade do Mindelo também tem, há alguns meses, uma livraria privada, mais modesta, mas que não deixa de ser o resultado de um enorme esforço dos seus promotores. Chama-se «Semente» e fica na mesma rua do edifício onde está instalada a Universidade Piaget, bem ao lado da Praça Nova.

Um senão importante: os preços são muito caros, comparando com os preços dos mesmos títulos praticados em Portugal. Imagino que isso seja por causa dos custos de transporte e de alfândega (lembram-se de ter sido anunciado aqui que os livros eram considerados «produtos de luxo»?). Alguém pode-se informar como é realmente, ou seja, que tipo de taxa pagam os livros para entrar em Cabo Verde? Já agora, gostava de saber.


A Livraria Nhô Eugénio parte para já em vantagem, por várias razões:

1. Tem um magnífico aspecto (ver na imagem);
2. Serve café (margoso ou não);
3. Os livros estão ao mesmo preço que tem nas grandes livrarias como Bertrand e Fnac, em Portugal, dado que o gerente conseguiu acordos com editoras portuguesas.

O seu promotor Maurício Carvalho já afirmou «que as expectativas em relação a este negócio não são nenhumas». E se mostrassemos ao homem que ele não tem razão?




You may also like

11 comentários:

Edy disse...

Isto é mesmo um ACONTECIMENTO...e,talvz,la cai por terra o meu sonho em levar a fnac (ou um franchising) para CV...

Catarina disse...

MARAVILHOSO, fresco.... é um sítio onde apetece, folhear, folhear folhear, para finalmente, sentar naqueles sofás e mergulhar nos livros!

Que seja um sucesso, obrigada pela coragem!

Anónimo disse...

Ora, aí está uma bela iniciativa.
Numa época em que se lê menos, iniciativas que inicentivem a leitura são sempre louváveis. Aqui no Mindelo a livraria semente pode ter títulos caros mas não deixa de ter sempre seus clientes. Poucos mas importantes. Livro artigi de luxo: é lembrar que já houve quem tenha dito que "Cultura em país pobre é luxo".

Unknown disse...

Edy, não é FNAC mas tem estilo e um excelente nome de baptismo!

Catarina, e o café? É bom?

Neu, o pessoal da semente poderia contactar também editoras portuguesas e tentar fazer chegar os livros a preços mais acessíveis!

Anónimo disse...

Concordo com a iniciativa,mas tambem ja e altura de avancamos para frente. Tenho um leitor de ebook, assim vou a amazon.com,compro um livro no formato digital, recebo em segundos, depois transfiro para o leitor digital (amazon kindel), consigo transportar centenas de livros ao mesmo tempo, compro a preco muito mais acessivel, e ajudo a conservar o ambiente. Talvez ja e altura de comencarem a pensar em livros digitais. O que aconteceu com a industria musical, ja ja, vai atingir as editoras de livros.Se comencarem a produzir livros digitais, nao sera necessario pagar alfandegas, nem outro tipo de intermediarios desnecessarios, e claro que nos, o consumidor final, agradeceriamos.

Unknown disse...

Anónimo, entendo a opção, inclusivé por razões ambientais, mas comigo, livro electrónico, nem pensar! Gosto de sentir o cheiro, tocar no papel, poder andar com o livro debaixo do braço... Não pega mesmo!

Catarina disse...

Se nem jornais online, quanto mais livros... adoro folhear, sentir a textura e o cheiro do papel!

Esqueci-me de tomar café! lolllll, quando vieres cá, pago-te um!

Unknown disse...

Combinado, Catarina!

Anónimo disse...

E´dvera JOao, kis livros de "semente" e´mesm um bocod core, por isso e´um bocod dificil bo tem um livro so "debossa"=)))Quesh preços de livro na Praia ka deve ser mto mais boxe tmb=( Mas ainda bem que no tem boas bibliotecas li na MIndelo!

velu disse...

Os preços dos livros na Nho Eugénio Livraria, na Praia, são os mesmos que os das liivrarias em Portugal, acrescidos de 5%. Não estão caros, garanto-vos, pois sou leitora compulsiva e estou por dentro....

Anónimo disse...

Em primeiro um breve parêntesis para dizer-te que a Livraria Semente teve inicio em 2006 (e não apenas há alguns meses como referiste no teu artigo de Julho 2008). Considero importante esta clarificação já que acima de tudo a veracidade da informação é um dever de quem escreve (e um direito dos leitores). Projectos como os da livraria Nho Eugenio e Semente devem ser louvados tendo em conta o reduzido acesso aos livros que existe em Cabo Verde. Cada uma, claro está, com as suas características específicas...(é isso que nos torna especiais...às pessoas..aos livros..e aos lugares). Dizes "imaginar" que os livros são mais caros em Cabo Verde devido ao transporte...(a idade da inocência às vezes ainda nos faz duvidar daquilo que sempre conhecemos como uma realidade). A tua imaginação está correcta! Ao mesmo tempo que o transporte encarece o preço dos livros, também o tipo de contratos (preço de venda, condições e prazos de pagamentos)joga um papel determinante. E em caso algum podemos comparar a escala da Fnac (dimensão, n clientes, facturação)à escala de uma pequena livraria em Cabo Verde.
Em relação às livrarias em Cabo Verde, eu própria tive a oportunidade de estar nas duas e não escontrei essa diferença significativa de preços. Aliás, a diferença que encontrei foi ao nível da variedade da proposta cultural, já que a livraria Semente dispõe de títulos muito mais diversificados, (técnicos, romance histórico, saúde e bem-estar, clássicos, literatura infantil.......). Aproveito a ocasião para dar os parabéns aos proprietários destas duas livrarias e um obrigado muito especial ao Daniel do Brito por ter sido o visionário deste especial projecto que tenta aproximar o mundo da magia, história, cultura e imaginação à população cabo-verdiana.