Tertúlia dos Mentirosos 10

21 Comments


Da metafísica, sexo e relacionamento

Num arquipélago maravilhoso e deserto, no meio do nada, naufragaram as seguintes pessoas:

  • dois italianos e uma italiana;
  • dois franceses e uma francesa;
  • dois alemães e uma alemã;
  • dois gregos e uma grega;
  • dois ingleses e uma inglesa
  • dois búlgaros e uma búlgara;
  • dois japoneses e uma japonesa;
  • dois chineses e uma chinesa;
  • dois americanos e uma americana;
  • dois irlandeses e uma irlandesa;
  • dois portugueses e uma portuguesa;
  • dois cabo-verdianos e uma cabo-verdiana.

Passado um mês, nestas ilhas absolutamente maravilhosas, no meio do nada, passava-se o seguinte:

* Um italiano matou o outro italiano por causa da italiana;

* Os dois franceses e a francesa vivem felizes juntos num menage-a-trois;

* Os dois alemães marcaram um horário rigoroso de visitas alternadas a alemã;

* Os dois gregos dormem um com o outro e a grega limpa e cozinha para eles;

* Os dois ingleses aguardam que alguém os apresente à inglesa;

* Os dois búlgaros olharam longamente para o oceano, depois olharam longamente para a búlgara e começaram a nadar;

* Os dois japoneses enviaram um fax para Tóquio e aguardam instruções;

* Os dois chineses abriram uma farmácia/bar/restaurante/lavandaria, e engravidaram a chinesa para lhes fornecer empregados para a loja.

* Os dois americanos estão a equacionar as vantagens do suicídio porque americana só se queixa do seu corpo, da verdadeira natureza do feminismo, de como ela é capaz de fazer tudo o que eles fazem, da necessidade de realização, da divisão de tarefas domésticas, das palmeiras e da areia que a fazem parecer gorda, de como o seu último namorado respeitava a opinião dela e a tratava melhor do que eles, como a sua relação com a mãe tinha melhorado e de que, pelo menos, os impostos baixaram e também que não chove...

* Os dois irlandeses dividiram a ilha em Norte e Sul e abriram uma destilaria. Eles não se lembram se o sexo está no programa por ficar tudo um bocado embaciado depois de alguns litros de whisky de coco. Mas estão satisfeitos porque, pelo menos, os ingleses não se estão a divertir...

* Quanto aos dois portugueses, mais a portuguesa que se encontravam na ilha, até agora não se passou nada porque os dois portugueses resolveram constituir uma comissão encarregada de decidir qual dos dois homens seria autorizado a requerer por escrito o estabelecimento de contactos íntimos com a mulher. Acontece que a comissão já vai na 17ª reunião e até agora ainda nada se decidiu, até porque falta ainda aprovar as actas das 5 últimas reuniões, sem o que o processo não poderá andar para a frente. Vale ainda a pena referir que, de todas as reuniões, 3 foram dedicadas a eleger o presidente da comissão e respectivo assessor, 4 ficaram sem efeito dado ter-se chegado a conclusão que tinham sido violados alguns princípios de procedimento administrativo, 8 foram dedicadas a discutir e elaborar o regulamento de funcionamento da comissão e 2 foram dedicadas a aprovar esse mesmo regulamento. É ainda notável que muitas das reuniões não puderam ser realizadas ou concluídas, já que 2 não continuaram por falta de quorum, uma ficou a meio em sinal de protesto por Timor e 5 coincidiram com feriados ou dias de ponte.

E com os três cabo-verdianos? O que se terá passado?




    You may also like

    21 comentários:

    Eileen Almeida Barbosa disse...

    Os dois homens armaram-se em cavalheiros e cada um ofereceu a mulher ao oputro, dizendo que davam maior valor à sua amizade. No entanto, cada um foi ter com a mulher e contou como o outro não gostava mesmo, mesmo dela, que ele se calhar a estaria a trair nessa exacta hora, e que ele sim, valia mesmo à pena. A mulher fingiu que acreditou e lá andou a dormir ora com um, ora com outro, garantindo sempre a cada um que era o único. Até eles descobrirem tudo e matarem-se à facada.

    Unknown disse...

    Brilhante, Eileen!

    Anónimo disse...

    Um dos caboverdianos encontrou uma carcaça de avião,abriu uma companhia aerea a qual baptizou Tacv,todos(os naufragos) compraram bilhete mas na ultima da hora o voo foi anulado pois o avião não voava, como não havia guichet de reclamações,todos morreram (menos o caboverdeano Tacv) dum ataque fulminante de colera ,que apanharam ao beber agua da companhia de agua ,Electra,criada pela caboverdiana,que no entanto casou-se com o Caboverdiano TAcv, por ultimo o outro caboverdiano era um gaj de Soncente el construi um replica de praça nova e ainda el ta la ta da volta,na descontra...

    Unknown disse...

    Ha, ha, ha!

    Anónimo disse...

    Concordo com a Eileen, a mulher ficou com os dois homens fazendo-os acreditar k cada um era único, e os ficaram dando força um ao outro para ficar com a mulher e nas costas todos foram ter com ela. Se fosse diferente ñ seriam caboverdianos:P.

    Abraço!

    Unknown disse...

    Já estou a ver que a poligamia não faz diferença de genero... Hummm Será?

    Anónimo disse...

    Acho que sim. A poligamia não faz diferença de género e não é uma "virtude" só dos caboverdianos(hom e mdjer).Há por este mundo fora.O que acontece é que vivemos em sociedades machistas e logo só a praticada pelos homens é mais "aceite". Pelas mulheres é condenado!Enfim... a hipocrisia do ser humano!
    Mnininha de sentonton

    Unknown disse...

    Quer dizer que na prática, não faz diferença, mas na forma como a sociedade a encara, aí sim, faz toda a diferença?

    Anónimo disse...

    Os caboverdianos ficaram à espera dos portugueses, para seis meses depois decidirem constituir a mesma comissão, sob as mesmas normas de regimento.
    A caboverdiana, gravida e sem saber qual dos dois seria o pai da criança, cansada e desesperançosa da vida, decidiu partir e ir viver junto aos portugueses, à busca de melhores condições.
    Com o coração na mão, chorou muito e prometeu voltar sempre para matar a saudade ao som de uma morna.

    Anónimo disse...

    oh meu,
    não é a poligamia não fazer diferença.
    não existe é a difernça entre géneros.

    é preciso um desenho?
    ou dói.t algo?

    Unknown disse...

    Dundu, belo enredo!

    Anónimo: será que ha por aí alguma animosidade? Paz e amor, meu, ainda por cima numa ilha deserta! (Será isto influência do pacote «meo» anunciado pelos Gatos Fedorentos?)

    Anónimo disse...

    não é animosidade.
    é que na verdade tu nem pareces uma pessoa sem noção..

    ou será que és em determinados assuntos?

    Unknown disse...

    Sempre a aprender com quem me queira ensinar, caro Anónimo. E assim será até ao meu ultimo sopro de vida...

    Anónimo disse...

    realmente...que agressividade!estamos aqui para trocar ideias. Eu pelo menos estou surpreendida pela qualidade da participação das pessoas em todos "temas" aqui sugeridos pelo João. Pena surgir sempre alguem que não gosta de cafe margoso! João para esses tens de colocar uma pedrinha de açúcar ou adoçante.Isso para não o mandar "tchepa limon"EhEh.
    Viva cafe margoso
    Mnininha de sentonton!

    Anónimo disse...

    Eu, por mim, fazia "copiar" do texto dos portugueses e "colava" no dos caboverdianos, se isso não fosse prejuizo para o espírito da brincadeira. Miro

    Unknown disse...

    Minininha: por aqui, tudo tranquilo. O café está ali na prateleira, à esquerda, para quem quiser... hehe

    Miro: já não seria a primeira vez, que procedimentos (e leis) eram copiados, ipsis verbis, da fonte lusa... E não será a ultima!

    Anónimo disse...

    mnininha de sintanton,

    algum problema contigo também?
    ou fazes parte de alguma personagem acima descrita num dos comentários?

    respondi à uma pergunta!
    posso?

    Anónimo disse...

    Moss bo te prop chei de azia! quaj bo devia procura um cha de limon e non um cafe morgozo...
    relax.
    Mnininha de sentonton

    Unknown disse...

    Tranquilo, Anónimo, no stress!

    Anónimo disse...

    para ser mais explícito ao meu último comentário, sintantanense, referia-me à personagem do comentário do dundo...

    mas claro que isso já sabias.
    é que tu não és sem noção
    :))

    mas,
    peace & coffee

    Unknown disse...

    É isso, peace and coffee! É este o espirito da coisa... Mais a mais numa ilha deserta!