Café Insólito

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A Associação dos Maridos Devotados do Japão nasceu em 2004 e tem 150 homens de meia-idade como sócios. O principal objectivo é ensinar os maridos japoneses a dizerem «amo-te» às suas mulheres. E também há algumas regras básicas a seguir em casa. O sucesso é garantido.

Esta associação, que diz estar a «colaborar para a paz mundial» e a «conservar o meio ambiente», organiza eventos, para que os maridos possam expressar a sua devoção em público.

A associação estabeleceu algumas regras que o marido pode facilmente seguir em casa: «contentar a esposa assumindo pelo menos uma das tarefas de casa; expressar gratidão; ouvir as novidades que a mulher tem para contar do seu dia-a-dia; livrar-se do sentimento de vaidade masculina e de excessiva preocupação com as aparências e olhar directamente nos olhos da esposa ao falar com ela.»

Além disso, e esta é a parte mais interessante da notícia, a associação designou a data de 31 de Janeiro como o «Dia da Esposa Amada», altura em que o marido deve «mostrar na prática seu amor e voltar para casa às 8 horas da noite, jantar com a família e dizer à mulher o quanto ele gosta dela por tudo que ela faz para ele próprio e para a família».

Como, entretanto, o dia 31 de Janeiro já passou, não resta outra solução às esposas crioulas que esperar um ano para que este dia possa ser celebrado como deve de ser em Cabo Verde! Será que a moda pega por aqui?

Post dedicado ao cliente habitual Alex, que adora esta coisa dos «dias de».


Imagem: pintura de Matisse




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8 comentários:

Anónimo disse...

Que raio de sociedades estas em que tudo tem de ser ensinado, o Japão é fértil nestes paradoxos...tecnologia de ponta, desenvolvimento ao mais alto nível e depois inteligência emocional zero.belo caso de estudo!!!!!!!!!

Catarina Cardoso

Fonseca Soares disse...

Só depende das lojas!!!
Tchá

Unknown disse...

Catarina: por acaso, desde há muito tempo têm sido feitos estudos sobre o carácter contraditório do povo japonês. Por altura da Segunda Grande Guerra, o governo americano, encomendou à antropóloga Ruth Benedict, um estudo sobre o povo japonês. O resultado desse trabalho, intitulado «A espada e o crisântemo» é o reflexo disso mesmo e esta obra tornou-se um dos paradigmas da investigação antropológica. Diz-se ali, entre muitas outras coisas, que ««Os japoneses são, no mais alto grau, agressivos e amáveis, militaristas e estetas, insolentes e corteses, rígidos e maleáveis, submissos e rancorosos, leais e traiçoeiros, valentes e tímidos, conservadores e abertos aos novos costumes. Preocupam-se muito com o que os outros possam pensar da sua conduta, sendo também acometidos de sentimentos de culpa quando os demais nada sabem do seu deslize.»

Como vês, está explicado!

Tchá: como a ideia é dos japoneneses e estes são inimigos ancestrais dos chineses, a nossa sorte é que a ideia não pegue. Mesmo em nome dos interesses comerciais!

Anónimo disse...

A intenção é boa, mas acho que não é algo que se possa ensinar pk ao contrário do que dizem, os homens não são todos iguais e nem as mulheres. As mulheres não se satisfazem todas da mesma forma, e sendo os japoneses um povo tão paradoxal, creio eu que os objectivos desta associação ficam ainda mais difícies de seram alcançados. Acrescento ainda que isto deveria ser algo feito sempre, sem ter k pertencer à associação nenhuma. E respondendo à tua pergunta João, espero k a moda ñ pegue em CV pk ñ passará de mais um dia comercial.

Anónimo disse...

Afinal sempre deu um case studie!!!!! hehehehehe

obrigada!
catarina cardoso

Unknown disse...

Sisi, se depender dos chinenes estamos safos, pelas razões que referi em relação ao comentário do Tchá!

Catarina: é que estudo. Aliás, as figuras da «Espada» e do «Crisantemo» simbolizam precisamente esta dualidade cultural japonesa. Abr.

Alex disse...

Pois é João. Apesar do adiantado da hora, não fosse a dedicatória, e este passava.
Obrigado, mas...não me convertes.
No entanto o post assentaria como uma luva em qq País de raíz matcho-latino. Aqui concordo com Sisi. Ele há coisas que não se ensinam mesmo. E há coisas que aprender é pecado. Tem de haver outra solução. Esta de aprender a ser romântico (e trôpegos) lembra-me outra dos Jap's. É uma espécie de Karaoke de bons costumes e boas práticas. Os gajos são doidos por Karaoke, e adoram cantar aquelas canções a escorrer mel, dos românticos, Italianos, Franceses, e Ingleses. Mas tenho a sensação que não aprendem. Há lá qq coisa que destoa, e não é só a voz.

O teu Café é um MARdiGOSO!!!
Ab
ZC

Unknown disse...

Oh Alex: eu sei que não pescavas esta isca, nem se na ponta estivesse a Angelina Jolie ou a Scarlett Johansson (com as duas juntas, já seria um caso a pensar, não?). Possivelmente, o pessoal do Sol nascente, aprende a ser romântico enquanto canta karoke. Já imaginaste maior pesadelo?