Cafeína

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"Morreu na semana passada, aos 71 anos, o velho Manel d’Novas. Para quem não saiba, Manel d’Novas é num dos mais notáveis escritores de mornas de Cabo Verde. Como o seu falecimento não suscitou quase atenção nenhuma nos media portugueses, fiquei um pouco indignado e triste com mais este exemplo do galopante triunfo de um certo cosmopolitismo parolo.

Fosse Manel d’Novas inglês, francês, cubano ou norte-americano e o acontecimento teria dado origem, pelo menos, a uma ou duas daquelas primeiras páginas estilosas, com uma fotografia a preto-e-branco a toda a altura da página e uma frase de efeito, compungida, rendendo homenagem à genial simplicidade do trovador da boina. Mas Manuel Jesus Lopes é apenas um escritor de canções num idioma exótico falado em bairros problemáticos de Lisboa."

M.J. Marmelo in Público (via Teatro Anatómico)




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4 comentários:

Gregório Salvaterra disse...

Não foi há mais tempo?
Fui googlar porque me lembro de ter sabido da triste notícia há mais tempo. As notícias confirmam que foi a 28 de Setembro.
Um café em sua memória.
JJS
(amante de música)

Unknown disse...

A crónica é que foi publicada apenas na semana passada. Mas o MJ Marmelo poderá explicar melhor esse aspecto.

M.J.Marmelo disse...

A crónica, na verdade, foi publicada no Público na semana após o falecimento; agora foi apenas republicada no blogue.

Gatunix disse...

MJ Marmelo, foi pena eu nao ter sabido da sua cronica a tempo e horas, ia reencaminha-la pro meu email todo.... e coloca-lo nos placares da minha universidade.
a ultima frase ta de +...