Homenagem: Eugénio Tavares

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Eugénio Tavares


(Ilha Brava, 18 de Outubro de 1867 - Vila Nova Sintra, 01 de Junho de 1930)

        «A guerra começou quando um bocado apetecido inflamou a primeira disputa entre dois esfomeados. Toda essa comédia representada pelos diplomatas, em conferências e congressos internacionais, não passa de formidáveis mistificações, método seguro dos governos mutuamente se enganarem, dando ao mundo o edificante exemplo da mentira, da hipocrisia e da traição.»

        Eugénio Tavares - crónicas jornalísticas



        Amor é carga? Amor é culpa?

        Amor é carga?
        É carga grande, má el câ pesado!
        É culpa fundo, má el câ pecado!...

        Deus que fazel, el câ condenal!
        É Deus, nós Pai, el é que tempral…
        É Deus, é Deus que fazê Amor,
        El ca fazel pa bota cachor…

        Amor é culpa?
        Má el ca pecado, el cã perdição,
        Pamode é escada de salbação…

        Ami, de meu, já erguem nha bida…
        Ami, de meu, já limpam nha Céu…
        Se el é nha culpa, el ca nha pecado,
        Se el dam cudado, el lumiam nha bida…

        Imagem: foto de João Barbosa, peça «Tertúlia» (2003)




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