Três Cafés Curtos

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1. Excelente a entrevista do Fonseca Soares ao jornal Expresso das Ilhas. Sem polémicas estéreis, fala de forma clara da actual realidade do teatro em Cabo Verde, das dificuldades, da carolice e do papel do Ministério da Cultura em toda esta grande peça teatral que é a vida e a concretização de uma política cultural. Muito bem.

2. E por falar em Ministério da Cultura, Manuel Veiga anunciou em conferência de imprensa a clarificação das regras de atribuição de subsídios e apoios por parte do Estado, estando estes dependentes da concretização do projecto apoiado (lógico!), sob pena de, «não o fazendo, ficar impossibilitado de se candidatar, num período de três anos». Parece-me uma medida excelente, até tardia, só que a sua divulgação terá que ser mais ampla do que uma simples conferência de imprensa. Se há regulamentos, há que publicá-los. Se há esclarecimentos a fazer aos artistas, há que promover um maior diálogo.

3. Outra ideia força desta notícia é a de que os critérios de atribuição de patrocínios se prendem com princípios da transparência da gestão, “utilização óptima e criteriosa” do erário público. Acho muito bem. Mas estando nós a falar de cultura e arte, não seria mau definir também critérios de qualidade, inovação, experiência, clareza de concepção, etc. O problema é saber quem, num país tão pequeno, e onde metade é compadre da outra metade, vai avaliar e julgar esse género de critérios.




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1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns, Tchá!
Uma boa entrevista.