Não será sempre assim

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          Não será sempre assim... Quando não for;
          Quando teus lábios forem de outro; quando
          No rosto de outro o teu suspiro brando
          Soprar; quando em silêncio, ou no maior

          Delírio de palavras desvairando,
          Ao teu peito o estreitares com fervor;
          Quando, um dia, em frieza e desamor
          Tua afeição por mim se for trocando:

          Se tal acontecer; fala-me. Irei
          Procurá-lo, dizer-lhe num sorriso:
          "Goza a ventura de que já gozei:"

          Depois, desviando os olhos, de improviso,
          Longe, ah tão longe, um pássaro ouvirei
          Cantar no meu perdido paraíso.

          E.E. Cummings




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2 comentários:

... disse...

Um exemplo de fair play
Lindo poema

Unknown disse...

Sem dúvida. :)