Cafeína

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«O teatro é um meio privilegiado de descobrirmos quem somos, ao criarmos imagens do nosso desejo. Teatro é arte e sempre foi arma. Hoje, para nós, mais do que nunca, lutando pela nossa sobrevivência cultural, o teatro é a arte que mais nos revela a nossa identidade; é a arma que a preserva.

O teatro é uma arte marcial.»

Augusto Boal - Encenador


Imagem: fotografia de João Barbosa, «Mangatchada»




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2 comentários:

Alex disse...

Será que o Teatro revela a nossa identidade?
Nossa? De quem?
Do actor? Da personagem? Do autor? Do encenador? Do público?
Esclarece lá isso João. Tiveste uma intenção qq que não se esgota nessa da "Arte Marcial", pois não?
Abç's
ZCunha

P.S.- Olha que belo tema para uma Tertúlia num qq café aí de Mindelo ou da Praia.

Unknown disse...

ZCunha, não foi à toa que quando, depois de 10 anos a «cuscar» tudo e todos, escrevi um livro sobre a história do teatro cabo-verdiano, o intitulei Nação-Teatro. A todas as tuas perguntas eu respondo sim. Revela a identidade nossa, do actor, da personagem, do autor (na parte da sua universalidade que é nossa também), do encenador e do público. Juntas tudo isso e tens a Nação. A Nação-Teatro.

A intenção é, precisamente, eu querer-me a pensar que se faço o que faço, é porque é a melhor forma que tenho para lutar contra um estado de coisas, ou a favor de tantas outras que parece não querermos aproveitar e estão ali, à mão de semear. Odeio quando tratam a arte cénica com leviendade. É a celebração do Humanismo. E pelo teatro, se afirma uma identidade. Não tenhas dúvidas.