Declaração Cafeana

33 Comments


Estou à vontade para escrever este post. Sempre fui - e sou - a favor da oficialização do crioulo, faço muito teatro em crioulo, falo e escrevo em crioulo, fazendo um esforço titânico para me habituar às regras alupekianas dessa escrita  e tenho ainda incentivado aqui e noutros círculos este apaixonante debate sobre a língua nacional cabo-verdiana. Sempre ouvi dizer, não só do Ministro Manuel Veiga como de outros defensores do sistema que está a ser implementado por intermédio do ALUPEC - que entretanto se reforçou pela força de Lei - que este alfabeto não impediria nunca ninguém de escrever o seu crioulo já que as regras seriam exactamente as mesmas, estivesse eu escrevendo o crioulo de Santiago ou de Santo Antão. A base desta teoria é claramente fonética: escreve-se como se ouve, com o argumento que tudo fica mais simples até porque o português "só complica". 

É um argumento discutível, mas é com ele que temos que lidar. Agora não deixei de estranhar este post de Redy Lima, logo calorosamente defendido pelo Marciano Moreira (que é quem tem mais dado a cara na comunicação social e até nos blogues em defesa deste crioulo), e onde ele escreve, taxativamente isto: 

"Como disse alguém no tal debate, o crioulo surgiu em Santiago, berço da nossa identidade que é a ilha mais habitada, mais cosmopolita e onde o crioulo possui uma estrutura mais rica. Com isso quero dizer, que não vejo nenhum acto ditatorial em ter o badio como a base do crioulo. Em Portugal, temos o português formal e as suas variantes açoriana, madeirense, algarvia, alentejana, angolana, brasileira, etc. e está tudo bem. Porque raio então não podemos ter aqui um crioulo formal com estrutura badia e as suas variantes foguense, mindelense, santatonense, salense, bravense, etc.? "

Bem, para além de questões bastante discutíveis relacionadas com pódios de cosmopolitismo ou de estruturas mais ou menos ricas de cada uma das variantes, e ainda do facto de o Redy fazer uma confusão terrível considerando o português de algumas regiões de Portugal, e ainda de outros países como o Brasil e Angola, como variantes de um "português formal" - o que é uma asneira de todo o tamanho - pergunta porque não se pode ter um "crioulo formal com estrutura badia". E eu que pensava que nunca foi essa a intenção! Que o ALUPEC defende a padronização dos processos de escrita mas que nunca porá em causa as características intrínsecas de cada um dos crioulos de cada uma das ilhas. E eu que pensava que aqueles que defendem argumentos contra esta oficialização do crioulo dizendo que o objectivo final é fazer um crioulo dominar os outros todos, eram exagerados e irrealistas.

Desculpem lá qualquer coisa. Mas perante esta posição clara e frontal eu pergunto: Redy, isso foi algum lapsus lingae ou fugiu-te a boca para a verdade? 


Ilustração: Jornal de Hiena





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33 comentários:

Álvaro Ludgero Andrade disse...

Meu querido João, este comentário do Redy não foi um lapsus lingae, mas é um sentimento bairrista que pulula cada vez mais alto em determinados círculos, tanto badios como sampadjudos. Uns, às vezes, apelam à maioria (os mesmos que se deixam dos "imperialismos" americano e, futuramente, chinês), outros recorrem a uma cultura superior (à metrópole). Para mim, tudo não passa de um bairrismo primitivo.

Anónimo disse...

Como costumamos dizer no bom criol de soncent " ês t'pagôb Redy"???

Realmente, Santiago é a ilha mais populosa de Cabo Verde, mas se se decretar que cada criol que aqui vive, deve voltar para a ilha onde nasceu iriamos ver, quantos criol tem a variante da lingua "cabo-verdiano" de santiago como lingua materna.

Depois os bairristas são os sampadjudos. Mas tambem do Redy só se podia esperar isso...

Anónimo disse...

Joao, a edicao de hoje do Grandes Temas ... na TCV fala sobre o Bilinguismo: Manuel Veiga, Dulce Almada e Brito Semedo. Depois desse post, ocorreu-me deixar-te esse lembrete.
Passa por volta das 9:30. nao estou ai para te dizer a hora exacta. Este eh uma mensagem para ti, e nao um comentario. Por isso, nao precisa ser publicado.

Um bom dia.

Margarida Fontes

Anónimo disse...

Um dia na posterioridade num escritório em Sintantom escreveu-se uma carta em crioulo variante Sintadez endereçado a um escritorio em Suduguma Santiago tiveram que chamar um tradutor. De Suduguma responderam a carta em Alupec para o escritorio em Sintantom, tiveram que chamar tambem um tradutor. NADA DE IMPOSIÇÕES, TUDO QUE COMEÇA MAL ACABA MAL. TCHALE FIGUEIRA

Anónimo disse...

Quando é que deixaremos de procurar mil e uma desculpas para EVITAR a oficialização do crioulo?

Sinceramente, eu já estou cansado de ver pessoas que são e sempre foram "a favor" da oficialização por isto, aquilo, e aqueloutro, MAS... bla, bla, bla...

É evidente que a imposição do badiu seria a maior estupidez (um autêntico tiro nos pés) que JAMAIS poderia ser feita nesta luta pelo crioulo.

E acho que até aqueles que podiam estar a conspIRAR SECRETamente para atingir esse objectivo mAqUIAvÉlIcO já se deram conta disso.

Sejamos a favor do crioulo e pela sua oficialização, A SÉRIO, e deixemos de tentar procurar lapsus lingae e "verdades", só para complicar as coisas.

Façamos um esforço para AJUDAR o crioulo em vez de procurarmos argumentos que só servem para DIVIDIR os caboverdianos entre si.

Se somos contra o ALUPEC, fundamentemos o porquê e apresentemos alternativas para uma melhor escrita do crioulo.

Kriol e pa nos tud! No detxa-l vive! Pur favor!

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Anónimo disse...

A "oficialização" do crioulo em Cabo Verde (no exacto sentido etimológico do termo) levanta, por si só, diversas questões complexas, mas é campo em que não me quero meter.

Agora o "açoriano", o "madeirense", o "alentejano" e o "algarvio" como variantes do português "formal"? Valha-nos Deus!

Bem sei que o ALUPEC mais não é do que um mero Alfabeto Unificado.
Mas não resisto a perguntar: o que se pretende venha a prevalecer? "Grinhassim" ou "Goci li"? "Sima" ou "Mod"?

a) RB, por enquanto um português formal e anónimo por obrigação

Unknown disse...

Salim, desculpa lá, mas subentende-se do teu comentário que lancei esta confusão para dar uma de ser "a favor" do crioulo, mas no fundo o objectivo é dividir a malta e não querer a oficialização A SÉRIO.

Não é um argumento sério nem uma forma séria de entrar nessa tal discussão construtiva de que falas. A verdade é que não te vi a reagir assim no post do Redy em questão. O lapsis lingae eu não o inventei, foi escrito. E há MUITA BOA GENTE a pensar assim, o que é que pensas. Vives aí, devias saber disso.

Agora se apontar para este tipo de argumentação é não querer a oficialização A SÉRIO, porque se divide os cabo-verdianos é estar a meter a cabeça na areia e fingir que está tudo bem, quando não está.

Como escrevi, eu uso - ou tento utilizar - o Alupec. Tenho escrito aqui no Margoso sempre de forma CONSTRUTIVA sobre o tema.

Mas claro, fosse esta calinada do Redy escrito ao contrário por uma pessoa aqui do Norte era logo um deus-nos-acuda.

Mais coerência, please!

Abrasu!

Anónimo disse...

Caro Joáo,

Eu cá eu não tenho esses problemas com o Alupec, seja em que variante for, pois a minha mãe era "nascid e criod na Soncente" e nha pai "nasce e cria" em Santa Catarina, Santiago. Comecei primeiro a falar a língua materna (da mãe), depois mais grandinha e mesmo em casa era só o português. Depois de criada e vacinada, com os meus filhos, orgulhosamente, badios, aprendi com eles o badiu. Da minha avó paterna aprendi o "djarfogo" e com a minha avó materna o "parliparloia".
Nasci na Praia, fui feita no Caramulo-Portugal, gestada na Assomada e parida na Capital.
Criei em Luanda, continuei a criar-me em Oeiras/Coimbra/Lisboa/Odivelas e aqui estou, saudável, sentindo-me 100% crioula, e cidadã do mundo! E estou feliz! É tão simples como isto!

Continuação de tarde boa, como diz o meu amigo VB.

;

Helena Fontes

Anónimo disse...

Bem, eu não sei quem é o Redy Lima, mas isso pouco interessa, agora que esta declaração está cheia de asneiras, não tenho dúvidas... senão, vejamos. É verdade que o crioulo nasceu em Santiago, sim, agora falar de Santiago como berço da identidade cabo-verdiana é no mínimo redutor, demonstra um desconhecimento total sobre as outras ilhas, um puro desrespeito para com todos os outros cabo-verdianos, enfim, lembro que Guimarães é o berço da nação portuguesa... e então!? Mas será que cabe realmente na cabeça de alguém achar que a identidade da população de São Vicente, de Santo Antão ou da Brava se encontra em Santiago, sinceramente! Depois, a «ilha mais habitada», sim, lá vêm os complexos de quantidade... mais habitada, mais suja, mais corrupta, mais criminosa, mais barulhenta, mais complexada, mais feia, mais o quê?, ah, é verdade, «mais cosmopolita», não me parece, mesmo sem embaixadas, penso ser difícil bater SonCent nesse aspecto, já que em cada esquina do Mindelo nos deparamos com uma nacionalidade diferente..., mas enfim. Chegamos ao melhor: «onde o crioulo possui uma estrutura mais rica», não sei se ainda estamos a falar da língua... mas não faço ideia do que é que esta preciosidade quer dizer, a não ser que, como desconfio, não queira dizer absolutamente nada... O crioulo de Cabo Verde tem uma única estrutura!, que provém do português, e que é denominada de SVO, ou seja, Sujeito/Verbo/Objecto. Depois ainda, fala-se em «acto ditatorial» em relação a ter o badiu como base do crioulo, santa asneira... o crioulo, todo ele, ou todos eles, tem como base a língua portuguesa, e a ideia de ter o badiu como base do crioulo de São Nicolau, por exemplo, é tão absurda como ter o português de Lisboa como base do português que se fala nos Açores ou no Porto. As confusões continuam... o único conceito que existe de «português formal» é por oposição ao de «português informal», isto é, o das relações ditas formais e o das relações íntimas ou informais, e nada disso tem qualquer coisa a ver com os dialectos, e muito menos ainda, com as variantes de uma língua. Poder-se-á falar é do português padrão, ou da norma padrão do português, que em relação ao Português Europeu, se define como o português falado na região entre Lisboa e Coimbra, nada mais. E como muito bem dizes, João, misturar os dialectos nacionais – como o português do Alentejo, da Madeira, etc. – com as variantes da língua portuguesa – Brasil, Angola, Cabo Verde, etc. – é uma tremenda trapalhada. Como se não bastasse, terminamos com a descoberta da pólvora: as variantes do crioulo – foguense, mindelense, etc., – já existem, desde que nasceram, não é preciso qualquer lei para lhes dar voz, que absurdo! A oficialização do crioulo, e a adopção de uma ortografia – e não nos esqueçamos que ortografia não é língua, é apenas uma convenção forjada por homens, muitas vezes sem qualquer sensibilidade linguística, mas enfim – não visa alterar a forma como o crioulo é falado em cada uma das ilhas, apenas encontrar, através dessa ortografia, uma plataforma de entendimento escrito, evidentemente, para que se possam resolver problemas sérios no sistema de ensino/aprendizagem em Cabo Verde. E sim, provavelmente, e muito infelizmente, ao Redy, deve-lhe ter fugido a boca para a verdade... dele. Oiçam o Salim.

Anónimo disse...

João, eu jamais entrarei nessa discussão de «campanário». Feliz ou infelizmente, ao wilson lima fugiu-lhe a boca para a verdade... científica. Quem tenha colhões e neurónios para saber, e não ser apenas um dos ignaros mandadores de bocas que pululam por essa nossa terrinha de deus, (vide a frase do grande João Vário aqui ao lado), pergunte ou leia a maior autoridade mundial sobre o crioulo, um senhor inglês de nome John Holan, neste momento professor na Universidade de coimbra, e saberá do acerto, por tortas linhas, da expressão do lima, ainda que o adjectivo «badia» (que original e historicamente designava uma realidade ou um constructo holístico) cause engulhos aos sentinelas de plantão.
Se a questão científica é incontroversa (a haver disputa, seria apenas entre dois modelos de grafia), há, no entanto, que atender a alguns sentimentos (bons e maus) que esta questão desperta. Mas que isso não seja pretexto (como tem sido) para não se avançar rumo à dignificação da nossa língua, enfrentando, sem complexos de casta ou de lugar, as dificuldades que o processo acarreta.
Eu, como escritor originário de Cabo Verde, a minha maior mágoa é não poder fazer na minha língua materna aquilo que para o qual vivo e com a exigência que me é própria - a literatura - chegando ao ponto de dizer, com o sarcasmo que me é conhecido, que, literariamente falando, a minha língua materna é o português. Vou fazendo, com afinco, este caminho, porém, com a dolorosa certeza de que jamais serei na minha língua de sangue o escritor que sou em português, não por incapacidade expressiva da língua, mas porque só com largos anos de codificação literária estaremos aptos a produzir literatura de grande quilate em língua caboverdiana. Até mesmo nos momentos de elevado conseguimento, como é caso de Eugénio Tavares, ela é ainda de matriz popular e oral, e uma das marcas da literatura é exactamente a ruptura, amiúde violenta, com os códigos da fala, mesmo quando recuperados ou parodiados pela literatura de feição erudita.

Anónimo disse...

o MÁRIO lUCIO QUE É SANTIAGUENSE DE PURA SEPA MAS FALA NA PERFEICÇÃO CRIOULO DE SONCENTE, SINTANTOM, ETC... APRESENTOU UMA PROPOSTA QUE EU E MUITAS OUTRAS PESSOAS VIMOS E ACHAMOS SER UMA POSSIBILIDADE... ENVIOU SEGUNDO EU SEI AO "PAI DO ALUPEC" A TAL PROPOSTA MAS O HOMEM QUE SÓ PENSA EM FICAR NA HISTÓRIA NÃO ACEITOU. OFICIALIZAR O CRIOULO SIM MAS IMPOR AQUILO QUE O VEIGA PENSA SER BOM PARA TODOS NÃO.SE FOSSE EM OUTRAS PARAGENS HAVERIA LIMPEZA ÉTNICA?... BOSNIA, RUANDA, ETC... PAREM COM ESTAS MERDICES.

TCHALE FIGUEIRA

Anónimo disse...

CORRIGENDA

onde se lê« aquilo que para o qual vivo», deve-se ler « aquilo para a qual vivo»

Unknown disse...

Oh poeta, verdade científica? Qual é a verdade que achaste científica destas declarações absurdas? Que se deve oficializar o crioulo de Santiago porque é a ilha que tem mais gente? Que esse é o crioulo de base? Que é o mais isto ou o mais aquilo? Quando o próprio Veiga sempre admitiu publicamente que a natureza de cada crioulo seria mantida, com o Alupec..

Pode-se ser defensor do Alupec e achar-se que é um absurdo querer-se padronizar a língua cabo-verdiana a partir de uma das suas múltiplas variantes? Pois bem, esse até é o meu caso. Não tenho problemas de relacionamento com o Alupec, apesar da forma como foi imposto, mas com "admiráveis mundos novos", aí sim, já tenho problemas com este tipo de imposições.

Quanto ao resto, entendo a tua mágoa. Entendo-a e partilho, porque tenho a sorte de na minha arte poder exprimir-me em crioulo e já fiz peças em crioulo de Santiago, de Soncent, de Santo Antão. Quantas vezes é preciso repetir que sou 1000% A FAVOR DA OFICIALIZAÇÃO DO CRIOULO?

Fka dret!

Apesar de tudo, gosto do debate. E acho-o indispensável.

Unknown disse...

Ah Margarida. Desculpa ter publicado o teu comentário apesar de teres dito que não precisava de o fazer. Mas pelo menos o resto do pessoal fica avisado que vamos ter esse debate sobre o Blinguismo:

Programa: Grandes Temas
Canal: TCV
Jornalista: Margarida Fontes
Três excelentes convidados: Manuel Veiga, Dulce Almada e Brito Semedo.

Horário: por volta das 21:30 horas

Unknown disse...

Caro João

O pessoal que está na diáspora como poderá ver o programa da Margarida Fontes?

HF

;)

Anónimo disse...

João, não tresleias as minhas palavras, por amor da santa. Esta guerra não é minha. Eu não apoio nem deixo de apoiar as opiniões do wilson red, que eu não conheço, nem sei se é pessoa ou persona. Se não sabes, podias tentar saber quem é John holan, aí então perceberias do que estou a falar. O interessante nestas desconversas é que se foge sempre ao essencial, levantando fumaça e fazendo ruído para abafar aquilo que verdadeiramente importa discutir, sem nenhum tipo de complexo ou pré-juízo.
Sou caboverdiano de corpo inteiro. Com a vantagem de não poderem dizer de mim, como antigamente se dizia de certos defensores do crioulo, que sou uma besta a escrever português.
Eu falei da questão científica (de que tronco procedem as variantes e todos os outros crioulos) e duma autoridade científica,john holan, e não da questão política que é a oficialização e o problema do estatuto das variantes, que são uma riqueza e uma mais valia nesses monocromáticos tempos de uniformização.
O meu trabalho é escrever, e bem, se possível, e não perder tempo com histerias bairristas (de parte a parte), guerras de campanários, e outras merdas que tais.
Para questões patológicas ( e é isso que são estas desconversas acerca do crioulo, documentadas por expressões tais como «nós» «vocês» «norte «sul»).

Não voltarei, seja qual for a circunstância. Para certos peditórios não darei nem mais um pataco.
Tchalê, Tchalê, meu amigo, e notável pintor,é como dizes: deixemos de merdices. Vai uma cerveja gelada para acalmar? Dá um abraço meu ao grande Malaquias, Malacas, o mais teso dos machos caboverdianos.

Unknown disse...

Poeta és sempre benvindo por aqui. Leio as tuas palavras e aprendo sempre. Abraço.

Anónimo disse...

Caro Sr. Tchalé Figueira,

Já agora, se pudesse, agradecia que nos facultasse essa proposta do Mário Lúcio pois gostaria de conhecê-la e estudá-la.

Poderemos até pô-la online e divulgá-la para o conhecimento de todos.

Já estive em conversas em que o ML participou e, realmente, o gajo não gosta do ALUPEC e tem argumentos interessantes a seu favor.

Por isso, uma proposta alternativa vinda dele seria muito bem-vinda e, certamente, uma mais valia.

Quanto a ti JB, espero que não tenha ficado nada subentendido mas que eu tenho sido muito claro naquilo que disse.

Há muito que eu tenho seguido os teus comentários e posts sobre este assunto, e, infelizmente, eu não acredito que sejas a favor da oficialização.

Posso (espero até) estar errado, e se chegar a essa conclusão podes ter a certeza que de pedirei desculpas online e pessoalmente.

No entanto, lembro-me até de ter lido um comentário teu onde dizias que para ti o crioulo já está(va) oficializado.

Portanto, para mim, tu és um daqueles que quer manter o status quo e que não se importa que as coisas fiquem assim como estão.

E, também, do meu ponto de vista, procuras qualquer oportunidade para criar estas discussões que nunca são feitas de um ângulo construtivo.

Mais uma vez, posso estar errado, mas é a minha percepção. Por isso, quando falas de coerência, só te posso responder com um sorriso. :-)

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Anónimo disse...

o nome correcto é John Holm

Anónimo disse...

Djonsa(João Branco)...só queria dar-te os meus parabens pela sua frontalidade...Blinda os teus principios!!!

Kel abçom xeio di morabeza!!!
ManuMoreno

Anónimo disse...

Penso que escolha do criol de santiago foi uma escolha de comodismo e de procurar uma via mais fácil...pois dá de facto trabalho criar alupec para cada uma das variantes, não é? E, oh mnis, como são todas sábes de mund, lindas, porque ês ê de nôs tudo..cretcheu e sodade é igual pa nos tud criol, no ta sintil igual, por isso maltas, alupec pa tud nos variante, e nô falás tud, sem vergonha nem preconceito, porque ês ê tud de nossa...

Abraço e muita tolerância,

Pimintinha

Unknown disse...

Salim

Não precisas de pedir desculpa para nada. Mas deixa que te diga algumas coisas:

1. Quando digo que "o crioulo já está oficializado" é no sentido de que não é precisa uma medida política para que ele comece a ser escrito e lido e utilizado por todos, como sempre foi. Sempre apoiei a necessidade de padronização e a sua introdução no sistema de ensino. Obviamente, se pegas nessa frase e a retiras de todo o contexto, soa diferente, não é?

2. Quem arranjou confusões foi o pessoal que anda a dizer que é preciso padronizar o crioulo a partir do de Santiago, por isto e mais aquilo. Eu tenho que comer e calar, é? Tu também pensas que quem é contra ESTE modelo, ou o crítica de alguma forma, é porque é contra a oficialização? Lamento muito que penses de forma tão redutora e que não tenhas visão democrática para aceitar que possa haver quem não leia pela cartilha oficial ou oficiosa.

3. Quanto a este último ponto, devo dizer que fico profundamente desoolado com o teu pensamento e o teu julgamento sobre a minha pessoa, mas agradeço-te a frontalidade. Fico a saber que me tens por alguém hipócrita, mentiroso, manipulador e confuzento, porque ando a dizer o que não penso apenas divertido em arranjar confusão entre o pessoal. Lamento mesmo muito que penses assim. Sobre isso não posso fazer rigorosamente nada. Vou continuar a defender os meus ideais, as minhas convições.

Estou triste porque te tinha por alguém justo e sensato, mas fazer o quê? Se calhar, se nunca tivesse dito ou escrito uma palavra que fosse sobre o crioulo, me considerarias um gajo bestial.

Anónimo disse...

JB,

Podes ter a certeza que não escrevi para te insultar e nem que penso que sejas "hipócrita, mentiroso, manipulador e confuzento".

Tenho muito respeito por ti e não me sinto nada bem ao ver que tiras tudo isso do que escrevi (o fudido é que está implicito ali).

Até pensei em enviar-te um mail para não publicares o comentário.

Vou reler todos os posts e comentários teus sobre este assunto só para "deskorg" de consciência.

Já agora, eu sou um idiota como qualquer outro e a minha opinião é uma opinião de um idiota como qualquer outra (ou seja, nada de especial).

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Anónimo disse...

para colorir isto tudo olhem sô a barbaridade escrita por Rony Moreira(?) no Kufrontalidadi,pra verem a confusão que reina na cabeça de certos individuos :
"""estamos a discutir um problema que vem de século XVII quando os homens da Ilha de Santiago lutavam para ser as cabo-verdiano de que português, o que veio a forçar o povoamento das ilhas do norte de forma a equilibrar a balança para o lado da Lusitânia, incutindo na mente dos barlaventos de que são mais europeu do que das ilhas do sul principalmente a ilha de Santiago.""" Rony Moreira descobridor das ilhas de cabo verde,linguista, sociologo antropologo,historiador....

é de uma barbaridade tal k nem consegui formular uma resposta ...

Anonimo Ofendido

Unknown disse...

Pois está implícito está. Vai ao marcador "crioulo". Está lá (quase) tudo. Escrevi por exemplo no dia 11 de Dezembro, a propósito da Mesa Redonda: "[Sonho] um dia acordar num país onde se aprenda a ler e escrever na mesma língua em que se ama, sonha, discute, partilha, em suma, na língua em que se comunica desde o primeiro sopro de vida."

No post sobre a Gala organizada pelo MC onde não se falou crioulo nos discursos oficiais: "Faz sentido que na gala oficial da Cultura Cabo-verdiana a língua «oficial» utilizada nos discursos não tenha sido a Língua Cabo-verdiana? E depois, ainda se admiram de o crioulo não ser oficializado."

Na Crónica Desaforada sobre o ALUPEC, escrevi. "Não se põe aqui em causa a importância da padronização de regras de escrita, a partir de um alfabeto definido, nem o quanto fundamental (e tardio) é a oficialização do crioulo e a institucionalização do ensino da escrita, primeiro nas universidades, depois na sua implementação no ensino básico e primário. O que me parece estar aqui em causa é essa espécie de muro de silêncio que existe em torno dessa questão, como se não houvesse muitos que não tivessem uma palavra a dizer e que de alguma forma estão a ser ignorados."

Uns dias antes escrevi. "Ainda na educação, mas desta vez ligado à promoção do crioulo, foi feito um anúncio durante a cimeira da CPLP que me pareceu muito importante, mas ao qual foi dado pouco relevo. O director-adjunto da Unesco, o brasileiro Marco Barbosa, anunciou no passado dia 25 de Julho que aquela agência da ONU para educação, ciência e a cultura vai criar um Fundo financeiro semelhante ao criado por Portugal (para a lingua portuguesa) para apoiar o desenvolvimento e promoção das línguas maternas e nacionais que constituem acervo da Unesco. Resta saber se teremos arte e engenho para tirar desta medida algum proveito. O crioulo e sua oficialização, agradecem!"

Bem, acho que isto dá uma ideia de como tenho dito uma coisa e feito outra completamente diferente...

Abrasu.

Anónimo disse...

O Homem recorre a diversos meios para exprimir os seus pensamentos, sntimentos, ideias, etc.Temos noticias de que o homem primitivo comunicava atráves de pinturas ruprestes, gestos, sinais de fumo, gritos, simbolos e outras linguagens. Qdo a capacidade de usar palavras, ela resultou do aumento do tamanho do cerebro e da diminuição do maxilar inferiores, alterarações fisiologicas que são parte da evolução caracteristica do sre humano e que permitiram articular os sons e, através de um processo de abstração, associa-los a objectivos e aos interesses cja a data desconhecemos aparecem a linguagem verbal o meio de comunicação especificamente humano que destingue os homens dos restantes animais.

1.1- A linguagem verbal é um conjunto de sons agrupados em palavras que o homem usa para se relacionar com os outros, exprimindo sentimentos e ideias.

1.2- O objectivo verbal deriva do termo latino Verbum, que equivale ao Português "palavra". A expressão linguagem verbal significa postanto linguagem das palavras.

1.3- A linguagem é o sistema de comunicação mais completo e, por isso mais importante permitindo ao homem exprimir a riqueza e a complexidade de que o pensamento humano é capaz, interpretar todas as outras linguagens.

N.B: Por favor os senhores de governos e não só informam-se sobre o que se passa no mundo e apreciar multiplas actividades como os espectaculos que se baseiam:morna, koladera, funana, tabanka, finaçom i batuku e quiça um dia a respeito dos poemas e teatro.

No meu pensamento quis demostrar que as linguas/sonancias tem formas particulares de organizar a mesma parcela da realidade, também que em cada sonancia(sampadjudu+badio) é um codigo com morabeza propria, por isso não "matem" a sonancia linguistica que é o resultado da relação estabelecida entre o significante e o significado.

Kel abçom di kuraçom!
ManuMoreno

Anónimo disse...

Minha opinião, deixada no sondisantiago, antes de concluir, após ler os comentários acima:

Prezado Djinho.
Esse é uma assunto sem duvida delicado e carregado de paixões.
A tolerancia às opiniões diversas, que sempre é realçada pelos blogueiros de plantão é costumazmente ameaçada, quando com paixão analisamos ( vide comentário acima!).
Temos um problema liguistico em CV sem duvida, mas não acredito que a ALUPEC venha solucionar isso. Posso ter um alfabeto e uma lingua escrita, mas vou ler o que? Já imaginaste o esforço que será necessário fazer em traduções para que o conhecimento efectivamente chegue aos que não conhecem o português. Acho que continuaremos com a situação em que "those who have no access to dominant linguistic capital carry the burden of and pay the price for the perpetuation of a social system that is inherently unequal and unjust".
Defendo uma solução intermediária, onde por exemplo as aulas de ciencias ( como são esquecidas as ciencias pelos nossos blogueiros/poetas) em criolo, e dar se ia enfase ao ensino do português desde a mais tenra idade, para que as pessoas não ficassem excluidas do sistema. O ALUPEK serviria para a poesia, e para a expressão dos nossos sentimentos enquanto fosse ganhando paulatinamente sua importancia.
Precisamos de uma solução prática para o problema. Soluções de paixão que fiquem com os poetas que tão bom uso já fazem do Alupec, embora quem os leia são os mesmos que não estão excluidos do sistema linguistico oficial.
A solução tem que ser do tipo dos paises nórdicos com o Inglês ( no nosso caso portugês).
Ja te perguntaste porque todos na Noroega falam inglês? è porque é mais barato ensinar inglês do que traduzir tudo para o Noroegûes ou seja lá o que flam por lá.
O unico caso de bilinguismo que conheço ( não é minha especialidade) nos moldes que se quer implantar é o do Paraguai com o Guarani/Espanhol.
Esssa é a minha opinião!
Aquele Abç!

Benvindo Chantre Neves disse...

E'm tem estód te elê um poc sobre ALUPEC e te tentá eskrevê ne nhe sintédéz pur, usónd es Alfabeto. Inda e'm te ne faze inisial ma dfikuldéd ê béstént.
Kónd ja'm tivêr te duminél més dret,e'm te prometê usél més vex, ma mantend sempre nhe dialecto puro, k ê kel ke'm séb falá més dret. Pe um indvid ke'n den/e'n div nenhum contact ma dialecto bédiu, menera ke'l ti t bé eskvevê sê tchutcha, por exempl, um bilhete postal usónd "um crioulo formal com estrutura badia?" Ya e'l podê estudél etê femiliarizá k'el, ma ess estrutura e'n di te bé dze'l nada mód le'n de identficá kel.

Ma kem kê mim pe bem falá de dialecto de Sintonton, nos ke te fcá la pe periferia?!

OBS: Peço desculpas pela dor de cabeça que, eventualmente, terei causado à muita gente que teve a coragem(?) de ler meu comment. Talvez, para uns, seja melhor providenciar um tradutor.

Ainda, UMA SUGESTÃO: Para quem quiser tirar mais uns "dôs déd de conversa" na variante "crrutch" de sintadez pode copiar o link abaixo,um blog do "sintadezense" Vavá.
http://www.bemdzide.blogspot.com/

Abraço a todos e, já agora, boa leitura!

Anónimo disse...

NU PAPIA NOS PORTUGUES MARIADO
PAMODI CRIOLO OFICIALIZADO
AINDA KA CREDO

Anónimo disse...

Manera nhas jent,

tont tenp pirdid ta marka pose na mesme lugar so pamode tude jent e dotorode nes asunt. Min N ka e. Ma nha intervensaun nes debate e soment un ponte de orden pa no pode kontinua.

Busis komesa ta debate y ta skreve na kriol kond no tita fala sobre kriol kome linga y instrument de kumnikasaun entre nos e ke ta gosta des ilhas.

Um pose inpurtant no ta da se nos tud asumi en kriol skrevend el kada un de se manera ou uzond Alupec ou ote kodige kualker. No traze mas proposta no po ministre y mas tudu akel e ke ta intresa nes materia pa no pode sai des stode statike y kriminoze. No kestiona es metude ou kritikal ma dent de se kontest sen uza opimiaun de Redy ou ote kualker e ke ta otxa ke kel de seu e kie amdjor ou ten mas direit du kel de bosa ou kel de meu. Ka e es ke isensia des debate sobre ofisializasaun de Alupec ou kriasaun de um metude ortografike pa no pode skreve y ale nos linga.
Pamode ise ja e un krime na one 2009 pa pove kabe-verdione ka ter un instrument pa kumnika na se linga. se N ka ta pode espresa ofisialment na papel na nha linga materna y de un forma ofisial y rekunhesid N ta otxa ke el e un krime ou pelu menes infrasaun de lei y direit umane.

Ja N ta forte de pulitikise y bairrisme nes asunt.

E un direit ke stade de Kabe Verde tita tra-me. Falta de pulse de nos governants y falta de visaun de nos intelektuais ou pseudo-intelektuais ou autoridades (in)komtents. Ja N ta forte de tude ese falta de pustura y falta de ome de pulse pa po es ofisializasun un vez pur todas ta funsiuna ou inplemantond el na skolas, funsiunarisme, komnikasaun susial, parlament etc. Stimula poetas y skritores pa publika en kriol enfin. txeu tita falta ser fet pa no pode kustma kel seriamente y no komesa ta ser kritikes kon kunhesiment de kauza. inkuant nos tud ta riaji li en purtuges no ta perde un oportunidade de ajuda es prusese dzinvolve.

No ten nesesidade mas du ki nunka de po es konboi de ofisializa un metede pa no skreve y un ortografia . N ten alide txeu merdas ditas akademikas li y na otes sites ma ningen ten trazid un kontra proposta ou alternativa viavel ou diskutivel. Es debate ta stode soment ta levanta po y ta impedi pasajen des konboi ke no tita spera diaza. No implementa Alupec depos no oia kuale des variant e ke tita ben ser formal, literariu sientifike y tude es ote asnera mas ke de nada es ta akressenta na ofisializasaun agora, grinhasin, gosi-li de un ortografia pa nos linga kabe-verdiana.

No ta sima kes katxor sfomeode ta briga pa um ose na mon de ses don antes de el ser lansod pa txon.
Ate ta parse ke no ka kre pa kriol ser ofisializode.
No ta kofortavel ke purtuges y N ka sabe nen purke. Pok jent na kabe verde ta dunina purtuges condignament. Psoas ta ale es ka ta konprende un teste mesme akes e ke ja tive ta studa n ta feka parve kond n ta uvis fala linga de camoes.

Es koza e un koza serie mnins. El ka e un juginha de Mindlense kontra Sporting de Praia. Li no ka presiza tra ke pedra. Li no ta presiza ter juize y muita seriadade pa no pode prepara sementera des semente txemod linga kriola en termus de skrita. Li pedra ten de sirvi pa no idifika y solidifika es parede e ke ta suste nos kultura y tradisaun. pa manha nos nete ter alge pa es kontinua ta debate ma na otes moldes y na ote patamar ma dentre de mesma isensia. doutra forma naun vale a pena y kriol ta dezaparse na se forma el ta pasa ta ser un purtuges mal falode sima txeu ten stode ta prega prei na sauduzisme ou na mede des perde ses puder kie baziode na strutura y fator de puder linguistike purtuges. Ja ta na ora de no txa de tra ke pedra. Mode pedra ta ben pedra ta bai y un des dia algen ta magua feie. na fin no ta pregunta pa ke?

Ja N kansa de bate na mesma tekla. Es filme ja n oial ate fra oie y nada de nove N ten observode nes debates ou opiniaun ventilode li y na otes lugar. Es disk ja ta riskod tont de toka mesma muzga.

Inda N ka oia nenhun argument inovador pa n dze ja no txega na prosime degrau des kestaun. nenhun lus na fin des tunel. Y parsem e la ke no ten ke sprimenta bai. Sende un lus pa no pode oia se no ta na kamin serte. isensia des debate no txal diaza kond no entra nes tunel. talves no ten de vra pa tras y rekomesa ma ke juizin na kabesa. Kome adulte ke nos tude e. No ta komesa un debate sobre ofisializasun de un ortografia pa Linga kabe-verdiana daki a nada ja no tita ataka debaters pesualmente na ses integridade y dignidade umana. kasta de mentalidade negative e es. As vezes n ta stode ta duvida se tude es pustura negativa de ser dus kontra e algu kulturalmente kabeverdiane na mede de el ter de trabaia, studa y luta mas dure pa el pode akonpanha dzinvolvimente kes universe KAbe-verdiane y mundial ta inpo kada dia mas se no kre rializa kome pove y nasaun.
Tude jent ta kritika y ningen ta aprezenta um proposta e ke ta po nos na NEXT STAGE, NEXT LEVEL.

Parsem Djon es li e ke tita falta-me nes debate sobre ofisializasaun de kriol koem linga skrita.
Propostas y kritokas baziode nes siensa y naun na kor pulitike ou urigen natal de kada un. No faze es konta no tra provas y no konklui na kal ki no ta linha. E txota ou e pardal?

Oh Jon aviza-me a tenp kond bo ta lansa es tema ligode a linga de tera. Bo ka pode komesa un festa des sen n stode present.
Ma vra ta lansa debates sobre kriol en kriol pa no pode asumi y ka gatxa tras de purtuges. pa n pode oia tanben tude es rikeza de variantes skrit li na bo kafe. Guardam un kafizin de Fogo ben margoze pamod li na nha zona ja e kuatre ora de plamanha y Gole ja ta kuaze ta kanta.

Un Abrase ben forte pa bo ma Bety y fidje.

Guy Ramos
guyramos@hotmail.com

Unknown disse...

Oh Guy, ke kumentariu! Un ta gosta d'ovib sob ess kestão de kriol moda bo ta fala k'un paixão e bo e dakes ke no t'oya direitim ke ta gosta mas de se kriol do ke da vontad de impo algu estronh a outra metad de se prop país. Bo tem tud razon. Ja no divia estod not patamar. Ma tem koza k'un t'ovi, tem asnera k'un tita alê e un ka ta bem kala nha indignason kond un t'otxa ke e kazu diss.

Un ka kre sabe se pessoal t'otxa k'mim e kontra oficializasão de nos kriol so mod un t'otxa ke tem sertu tipu de impozisões kês e inadmissiveis. K'me e kala? Ka tem hipotese.

Pa kem kizer fka ta sabe un ta dzes: ma mim e fidjo d'un hom ke foi prezu por recuza participa ness fantoxada ke foi guerra colonial. Mim e fidjo d'un pai e d'un mae que tive na iziliu, ke tive ke fji de sês prop país so mod es tava ta vive num país ke ka tava txas fala ke liberdad.

Kem kizer txamom levianu, hipokrita e un ka sabe ke mas el ta a vontad. No ta num pais livre, felizment! Ma s'un kuntinua ta kruza k'asnera moda es k'un ale sobre kriol nes ultimus tempus, un ta volta a karga. Afinal de kontas, mim e xatu pa fronta.

Grand abrasu, Guy!

Anónimo disse...

"por isso não "matem" a sonancia linguistica que é o resultado da relação estabelecida entre o significante e o significado", Manu Moreno resumi drete dilema de Alupec, um trabalho inacabado k'anda so un parte d'camim, kel parte mas facil. Moda sempre kriol peca pa facilidade, ignorancia i egocentrismu pamodi priguiça é ki mata Nhanha Serban, ta fladu!! Nos priguiça colectiva, nos falta de criatividade/ousadia i de xintidu contraditorio tita ta mata nos cultura, cada vez mas pobre, minguada e uniformizada kuandu meios i cerebrus ka ta falta pa leva mas longe possivel, pa subi mas olte possivel tabela de excelencia de un lingua prima ki efectivamente, JB, ka precisa de oficializason pa ixisti i evolui até hoje. So un parte minimu de traboi foi fete e tal desleixu é insuportavel pa um pais ki ta passa tempu ta gava se kultura i sobretud intoleravel pa kem ta pretende faze traboi cientifiku. No ka pode continua ad vitam eternam ta finji refleti e trabadja !! No ka pode continua ta prende nos kultura a nos limitason geografica e pobreza mental, fartas ki sta de contenteza contraprodutiva i politikera. Um ta associa nhe voz i scrita pa dze basta também!! e um ta gredece Café Margoso pa es espasu cada vez mas abertu de confrontason de kiriolus i kiriolas.
JB, bos menininhas é prova d'bo crioulidade escolhida, e o resto é storia dos tempos passados!!

En résumé,(bsote desculpa nhe digresson linguistica) ne pas confondre la forme et le fonds, le contenu et le contenant, l'apparence et le sens... nos lingua merece mas considerason.

Anónimo disse...

Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu