«Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflecte. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o património de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.»
Vinicius de Moraes

Passando por aqui pra provar um gosto margoso na boca,e fui surpreendida por um gosto doce no coração...
ResponderEliminardeixo aqui um trecho do mesmo autor,para adoçar o coração esse blogue:
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Beijos distraídos...
É isso Janaina...As coisas importantes das nossas vidas não o foram pelo seu volume temporal mas, simplesmente, porque aconteceram!
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