10/08/10

Cafeína





«O discurso legitimador comummente veiculado a propósito da representação social do cabo-verdiano redunda, quase invariavelmente, em devaneios narcisistas que prestam tributo à singularidade do “povo das ilhas”, à sua morabeza, à sua excepcionalidade na relação com o “outro” e a particularidades várias na “arte do bem receber”. Escusado será dizer que à esmagadora maioria das considerações que suportam tais conjecturas essencializantes, subjaz um substrato puramente retórico, panfletário e de auto-elogio umbiguista que fez escola, com relativo e atamancado êxito, em outras paragens.»

Suzano Costa - Politólogo


Nota: já agora, vale a pena ler o artigo completo, aqui.



9 comentários:

  1. A política do amor ao próximo; a morabeza; o bem receber dos Cvs
    tem um "target" : o turista branco e não o madjaco trabalhador... A colonização deixa marcas, apesar de tudo, basta comparar as representações colectiva do preto madjaco(mesmo não sendo) com o branco.

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  2. Chiuuuuu, que isso é segredo!!! Não é para dizer a ninguém que em Cv tratam-se os pretos madjacos de formadiferente dos brancos.

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  3. A propósito disso, revejam as notícias que diariamente dåo conta de turistas e jornalistas e serem espancados e assaltados um pouco por todas as ilhas, é a nova morabeza crioula, de receber os estrangeiros a tiros e a pauladas. A continuar assim, vamos longe...

    Pimintinha

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  4. E não são só os "mandjacos" os discriminados. Uns de umas ilhas também desprezam os de outras com laivos de racismo...

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  5. ê triste ma ê verdade :(

    Ps: E quanto ao descriminar com "laivos de racismo" ñ concordo, porque lá, em Cabo Verde, podemos ter as nossas divergências mas ca fora "ne estranger", somos um só povo

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  6. Não sei quem foi que disse que "nós somos o que a vida reclama de nós que sejamos..."

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  7. Se existe discriminação contra os "Mandjacos" em Cabo Verde é verdade e não é de hoje...
    Agora fico com a sensação que o autor do blog colocou este artigo no seu blog, não para realçar o problema de racismo, mas para mostrar o estilo de linguagem dificel utilizado pelo politólogo.
    Que realmente nem parece o nosso PortuguÊs de costume. E lendo o artigo todo, vê-se que não há exemplos concretos e substancial, mas sim muito exibicionismo de linguagem e mais nada.
    Na internet a linguagem deve ser simples e objectiva. Esses "palavrões" aborece os leitores.

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  8. Meus caros, o que vejo aqui é um texto magnífico, fundamentado e magistralmente bem escrito. Vamo nos habituando com escritos mais elaborados e estimulantes. Todos reconhecem que estamos perante algo feito com qualidade, mas como nós os cabo-verdianos gostamos de "falar mal"...o que sai á tona é o exibicionismo de linguagem. O texto é escoreito, argumentativo e de leitura estimulante. A escrita é uma questão de estilo e torna-se cada vez melhor quanto mais se lê...penso que é o caso.
    António Lima

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