- Desbaratamos deuses, procurando
- Um que nos satisfaça ou justifique.
- Desbaratamos esperança, imaginando
- Uma causa maior que nos explique.
- Pensando nos secamos e perdemos
- Esta força selvagem e secreta,
- Esta semente agreste que trazemos
- E gera heróis e homens e poetas.
- Pois Deuses somos nós. Deuses do fogo
- Malhando-nos a carne, até que em brasa
- sexos furiosos se confundam,
- Nossos corpos pensantes se entrelacem
- E sangue, raiva, desespero ou asa,
- Os filhos que tivermos forem nossos.
- José Carlos Ary dos Santos

João, João vais ser queimado na fogueira. Ary dos Santos e palavras tão pagãs. Qual pagãs? Hereges, demoníacas em semana de visita do XVI.ahahah
ResponderEliminarLindas, lindas palavras. Boa partilha. (é por isso e por outras coisas que já ultrapassaste os 200 mil)
Beijinho.
Este homem foi um agressor que usava as palavras como punhais, como ninguém...Não concordo com ele todo mas considero-o poeta maior e lamento que se tenha ido tão cedo...Eu e o passarinho!
ResponderEliminarEste homem foi um agressor que usava as palavras como punhais, como ninguém...Não concordo com ele todo mas considero-o poeta maior e lamento que se tenha ido tão cedo...Eu e o passarinho!
ResponderEliminarOh Joao!!! Esta luz pelo buraco da fechadura!!! Isto é para mim! Foi esta luz que eu vi! Fosga-se...
ResponderEliminar