mikha errado. ca foi isso que el cris dse apenas q pessoal ta usa estatistica pa mento... exemplo de governo q ta recorre sempre a estatistica pa ganha voto... cenas do genero...
João, people, a frase é de Benjamin Disraeli, Primeiro Ministro da Raínha Vitória (e, com o Lord Protector Cromwell e Isabel I, um dos políticos mais brilhantes e visionários da história do Reino Unido da Grã-Bretanha) que dizia que «Existem três tipos de mentiras, as mentiras simples, as mentiras terriveis e as mentiras estatisticas».
Mark Twain nasceu e morreu sob o signo do Haley, mas esta luz não é dele, não. A estatistica é uma arma terrível, basta que se faça a escolha precisa do universo estatistico que interessa (subjectivamente) para dado resultado. Daí a esta´tistica ser mais do que terrível... pois é capaz de dizer o que interessa e como interessa. E Disraeli sabia disso... ai se sabia!
certa vez li uma frase sobre isso que achei o máximo: "Estatísticas são iguais a biquínis; o que elas revelam é sugestivo, mas o que elas escondem é essencial".
João, :-). Bela analogia, ó Carla! No caso, o «artigo definido masculino do singular» ficaria muito bem na frase... lol (É que atrás do bikini está o sagrado, o lugar santíssimo!)
Nox Lilin... permita-me que lhe diga, "ao correr do teclado", o seguinte:
A mentira nunca pode ser sagrada, se estivermos no plano meramente religioso; assim como Deus não pode mentir, pois o Diabo é "o pai da mentira". Mas mentira, no plano moral, pode ser "sagrada"; assim como pode, no plano político, ser ético.
A primeira é ensinada por Kant, ao demonstrar que mentir é, por vezes, um dever - o tal imperativo categórico. Pode verificar isso no Opúsculo «Sobre Um Pressuposto Direito A Mentir Por Amor A Humanidade», em regra anexo à «A Paz Perpétua» do mesmo autor (a edição portuguesa das Edições 70, v.g., traz o opúsculo como anexo).
No plano político, Alexander Koyré analisa a dimensão ética da mentira na monografia «A Mentira».
Em certa medida, a mentira pode ser sagrada, não em si mesma mas em razão do que tenta salvaguardar - quando a mentira é ética, moral ou, tal simplesmente, benévola...
Não tem a ver com Deus, mas com a natureza das coisas; e todas as coisas - ou situações - devem servir para o bem da humanidade. E mentir, que é um direito em sede judicial (por causa da dimensão moral que encerra o facto de alguém não dever auto incriminar-se), consubstancia também um dever de não dizer a verdade quando esta prejudica excessivamente o outro.
As palavras em sim... como os bikinis escondem o essencial: o seu arquétipo. E concordo com o cabalismo serôdio de JL Borges no poema «El Golem»:
«Se, como o grego diz no Crátilo, o nome é o arquétipo da coisa, nas letras de rosa está a rosa e todo o Nilo na palavra Nilo».
E o sagrado da mentira tem, instrumentalmente, duas dimensões fundamentais, sendo uma delas santa e sagrada pois leva, sempre, a soluções, medidas ou situações que salvaguardem o Bem. Assim, distingo a mentira em sentido negativo e positivo.
Em sentido negativo, temos o exemplo de Sacco e Vanzetti que, por causa das mentiras ditas em Tribunal causaram a sua prisão e, consequentemente, a aplicação da pena de morte aos mesmos. Esta é o sentido da mentira como um mal censurável.
Em sentido positivo, invoco o exemplo de Anne Frank... a família que a protegeu e escondeu (assim como aconteceu com situações análogas) mentiu reiteradamente. Mas isso é censurável, ou moralmente errado? De todo que não!, na minha perspectiva. É, será, um exemplo prático do imperativo categórico de Kant – todos, em boa consciência, agiríamos do mesmo modo. Esta é, certamente, uma dimensão sagrada da mentira; da mentir como um bem desejável.
Obrigado, Nox Lilin, por permitir-me esta reflexão espontânea. Boa Páscoa!
Caro Virgilio Brandao: Eu entendi, o que "mentira sagrada" significava. Só achei a palavra "sagrada" inadequada e por isso, brinquei um bocadinho com ela. Excelente reflexão, já agora!
Tenho por mim que M. Twain não gostava de matemática quando andou na escola...
ResponderEliminarmikha errado.
ResponderEliminarca foi isso que el cris dse apenas q pessoal ta usa estatistica pa mento... exemplo de governo q ta recorre sempre a estatistica pa ganha voto... cenas do genero...
Há ainda, as políticas, as religiosas e as necessárias
ResponderEliminarlol
HF
Há outra espécie de mentira: a verdade!
ResponderEliminar"Mentir, eis o problema:
minto de vez em quando
ou sempre, por sistema?
Se mentir todo dia,
erguerei um castelo
em alta serrania
contra toda escalada,
e mais ninguém no mundo
me atira seta ervada?
Livre estarei, e dentro
de mim outra verdade
rebrilhará no centro?
Ou mentirei apenas
no varejo da vida,
sem alívio de penas,
sem suporte e armadura
ante o império dos grandes,
frágil, frágil criatura?
Pensarei ainda nisto.
Por enquanto não sei
se me exponho ou resisto,
se componho um casulo
e nele me agasalho,
tornando o resto nulo,
ou adiro à suposta
verdade contingente
que, de verdade, mente.
Carlos Drummond de Andrade, Boitempo)
a) RB
João,
ResponderEliminarpeople,
a frase é de Benjamin Disraeli, Primeiro Ministro da Raínha Vitória (e, com o Lord Protector Cromwell e Isabel I, um dos políticos mais brilhantes e visionários da história do Reino Unido da Grã-Bretanha) que dizia que «Existem três tipos de mentiras, as mentiras simples, as mentiras terriveis e as mentiras estatisticas».
Mark Twain nasceu e morreu sob o signo do Haley, mas esta luz não é dele, não. A estatistica é uma arma terrível, basta que se faça a escolha precisa do universo estatistico que interessa (subjectivamente) para dado resultado. Daí a esta´tistica ser mais do que terrível... pois é capaz de dizer o que interessa e como interessa. E Disraeli sabia disso... ai se sabia!
Abraço fraterno
Mentiras sagradas?
ResponderEliminarO queeeeeeee?
Deus diz mentiras?
Não me digam!
certa vez li uma frase sobre isso que achei o máximo:
ResponderEliminar"Estatísticas são iguais a biquínis; o que elas revelam é sugestivo, mas o que elas escondem é essencial".
Virgilio, obrigado pelos esclarecimentos.
ResponderEliminarCarla, gostei da frase!
João, :-).
ResponderEliminarBela analogia, ó Carla! No caso, o «artigo definido masculino do singular» ficaria muito bem na frase... lol (É que atrás do bikini está o sagrado, o lugar santíssimo!)
Nox Lilin... permita-me que lhe diga, "ao correr do teclado", o seguinte:
A mentira nunca pode ser sagrada, se estivermos no plano meramente religioso; assim como Deus não pode mentir, pois o Diabo é "o pai da mentira". Mas mentira, no plano moral, pode ser "sagrada"; assim como pode, no plano político, ser ético.
A primeira é ensinada por Kant, ao demonstrar que mentir é, por vezes, um dever - o tal imperativo categórico. Pode verificar isso no Opúsculo «Sobre Um Pressuposto Direito A Mentir Por Amor A Humanidade», em regra anexo à «A Paz Perpétua» do mesmo autor (a edição portuguesa das Edições 70, v.g., traz o opúsculo como anexo).
No plano político, Alexander Koyré analisa a dimensão ética da mentira na monografia «A Mentira».
Em certa medida, a mentira pode ser sagrada, não em si mesma mas em razão do que tenta salvaguardar - quando a mentira é ética, moral ou, tal simplesmente, benévola...
Não tem a ver com Deus, mas com a natureza das coisas; e todas as coisas - ou situações - devem servir para o bem da humanidade. E mentir, que é um direito em sede judicial (por causa da dimensão moral que encerra o facto de alguém não dever auto incriminar-se), consubstancia também um dever de não dizer a verdade quando esta prejudica excessivamente o outro.
As palavras em sim... como os bikinis escondem o essencial: o seu arquétipo. E concordo com o cabalismo serôdio de JL Borges no poema «El Golem»:
«Se, como o grego diz no Crátilo,
o nome é o arquétipo da coisa,
nas letras de rosa está a rosa
e todo o Nilo na palavra Nilo».
E o sagrado da mentira tem, instrumentalmente, duas dimensões fundamentais, sendo uma delas santa e sagrada pois leva, sempre, a soluções, medidas ou situações que salvaguardem o Bem. Assim, distingo a mentira em sentido negativo e positivo.
Em sentido negativo, temos o exemplo de Sacco e Vanzetti que, por causa das mentiras ditas em Tribunal causaram a sua prisão e, consequentemente, a aplicação da pena de morte aos mesmos. Esta é o sentido da mentira como um mal censurável.
Em sentido positivo, invoco o exemplo de Anne Frank... a família que a protegeu e escondeu (assim como aconteceu com situações análogas) mentiu reiteradamente. Mas isso é censurável, ou moralmente errado? De todo que não!, na minha perspectiva. É, será, um exemplo prático do imperativo categórico de Kant – todos, em boa consciência, agiríamos do mesmo modo. Esta é, certamente, uma dimensão sagrada da mentira; da mentir como um bem desejável.
Obrigado, Nox Lilin, por permitir-me esta reflexão espontânea.
Boa Páscoa!
Caro Virgilio Brandao:
ResponderEliminarEu entendi, o que "mentira sagrada" significava.
Só achei a palavra "sagrada" inadequada e por isso, brinquei um bocadinho com ela.
Excelente reflexão, já agora!
Caro Nox Lilin, tudo cool! Eu é que tenho mau hábito de levar as coisas demasiaod a sério... :-)
ResponderEliminarReitero a minha gratidão, pois continuei com esta reflexão e foi muito profícua.
Abraço fraterno