“Não se pode estabelecer uma relação inequívoca de causalidade entre celibato e pedofilia, até porque há também muitos casados, até pais, que abusam sexualmente de menores. Mas também não se poderá desvincular totalmente celibato obrigatório e pedofilia, sobretudo quando, para chegar a padre, se foi educado desde criança ou adolescente num internato, aumentando o risco de uma sexualidade imatura. Em todo o caso, será necessário pensar na rápida revogação da lei do celibato.”
Comentário Cafeano: depois dos mais variados escândalos, em vários continentes e diversos países que revelaram casos de pedofilia dentro das Igrejas e/ou praticados por padres, alguns destes casos abafados pela própria estrutura eclesiástica, se há algo que a Igreja Catolica já não pode fazer é vir dizer que esta história nojenta da pedofilia dos padres não é um real problema que deve - que tem - que ser enfrentado e resolvido de uma vez por todas. Acredito que terminar com o celibato seria um grande passo para essa mesma resolução. Aliás, sendo a família a base que sustenta muita da ideologia católica, e lembrando que alguns dos apóstolos de Jesus foram casados, se há algo que nunca percebi foi porque raio os padres não se podem casar e constituir família, como o mais comum dos mortais. Depois, dá nisto. Uma vergonha. Um horror. Deus pode até castigar os pecadores, na sua infinita sabedoria, mas o que eu gostaria mesmo era de ver estes criminosos de batina todos atrás das grades.

Pois então já somos dois...
ResponderEliminarBom, não sei se há um efeito de casualidade ou não, o facto é que nunca ouvi dizer que os pastores nazarenos violaram crianças sob sua alçada.
ResponderEliminarOutra questão ligada a esta, porque trata-se de violência, é a discriminação às mulheres no acesso a lugares na hierarquia da igreja Católica. Quais as razões e fundamentos? Uma visão paternalista e machista em relação ao género feminino nas hostes católico-cristãs? Ou uma decorrência da tese que a mulher veio da costela de Adão?
Há postulados e ou dogmas que devem ser repensados, pois assentam em pilares ocos e de racionalidade duvidosa.
Já agora, o conceito de inferiorização de mulher na Igreja Católica, e enraizada nas nossas culturas, não contribuiu, também, para a discriminação "normal" e até há bem pouco aceite pelas ditas sociedades modernas?
Estou há muito tempo a pensar no assunto.
Helena Fontes