É um poema lindo e gosto particularmente do tÃtulo... A travessia, o enfrentar, o vencer os fantasmas, quando a dois, torna as coisas mais fáceis. O refúgio no outro, dá a sensação de que podemos andar pela vida sem tanto medo... Obrigada por me relembrar deste poema e da mensagem do mesmo.
...Aproximo-me da noite o silêncio abre os seus panos escuros e as coisas escorrem por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora em que me recolheria como um poente no bater do teu peito mas a solidão entra pelos meus vidros e nas suas enlutadas mãos solto o meu delÃrio
É então que surges com teus passos de menina os teus sonhos arrumados como duas tranças nas tuas costas guiando-me por corredores infinitos e regressando aos espelhos onde a vida te encarou
Mas os ruÃdos da noite trazem a sua esponja silenciosa e sem luz e sem tinta o meu sonho resigna
Longe os homens afundam-se com o caju que fermenta e a onda da madrugada demora-se de encontro às rochas do tempo
"Para atravessar contigo o deserto do mundo Para enfrentarmos juntos o terror da morte Para ver a verdade, para perder o medo Ao lado dos teus passos caminhei.
É um poema lindo e gosto particularmente do tÃtulo...
ResponderEliminarA travessia, o enfrentar, o vencer os fantasmas, quando a dois, torna as coisas mais fáceis. O refúgio no outro, dá a sensação de que podemos andar pela vida sem tanto medo...
Obrigada por me relembrar deste poema e da mensagem do mesmo.
...Aproximo-me da noite
ResponderEliminaro silêncio abre os seus panos escuros
e as coisas escorrem
por óleo frio e espesso
Esta deveria ser a hora
em que me recolheria
como um poente
no bater do teu peito
mas a solidão
entra pelos meus vidros
e nas suas enlutadas mãos
solto o meu delÃrio
É então que surges
com teus passos de menina
os teus sonhos arrumados
como duas tranças nas tuas costas
guiando-me por corredores infinitos
e regressando aos espelhos
onde a vida te encarou
Mas os ruÃdos da noite
trazem a sua esponja silenciosa
e sem luz e sem tinta
o meu sonho resigna
Longe
os homens afundam-se
com o caju que fermenta
e a onda da madrugada
demora-se de encontro
às rochas do tempo
(MIA COUTO)
a) RB, de volta, esbodegod de féria na CV
Só com AMOR!!!!!!!!!!!!! é possivel
ResponderEliminarSó contigo o mundo deixa de ser deserto!
ResponderEliminarZito Azevedo
Admiro muito a poética da Sophia, por isso permite-me deixar aqui o poema completo, que vos convido a ler em voz alta:
ResponderEliminar"Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade, para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei.
Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraÃso.
Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo.
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento."
Infelizmente, o Zito pôs o dedo na ferida humana. O Tempo tudo leva, por isso há primeiro que contar connosco para depois não ficarmos sós...
Cara amiga,
ResponderEliminarA metáfora do sózinho na multidão, que me parece ser o âmago deste "deserto do mundo" só finda
quando alguém nos ampara na travessia e nós nos damos conta disso e aceitamos a caminhada num mundo agora repleto!
Zito