
Parece-me inquestionável que a maioria dos crimes e mortes violentas que ocorrem hoje no mundo estão directamente ligadas ao tráfico e consumo de drogas. Estados, Nações e cidades inteiras estão nas mãos de grandes cartéis de narcotraficantes e nem precisamos de ir para a América do Sul ou lembrar alguns filmes para comprovar isso mesmo. Aqui mesmo ao lado, num país tão próximo quanto a Guiné Bissau, a situação está num ponto que coloca em causa a própria existência de um Estado de Direito. Em todo o mundo há quem lucre montantes inacreditáveis com este negócio, e há peixe miúdo que se vai remediando com o pequeno tráfico, sempre com duas possibilidades: ou subir um degrau na hierarquia do tráfico ou descer sete palmos abaixo da terra.
Cabo Verde não é imune a esse fenómeno, por muito esforço que se possa fazer para combater este mal. As apreensões conseguidas, a nova legislação, a adaptação das forças armadas para o combate a este flagelo, os julgamentos e as prisões efectuadas. Todo este esforço é inquestionável. Mas isso não impede que um clima de medo prevaleça, as mortes violentas continuem a acontecer, e a desconfiança da população em relação a alguns sinais exteriores de riqueza se faça sentir. Há, pois, que fazer mais.
Mas muito poderia ser evitado com uma despenalização imediata das drogas leves e até a liberalização, a nível mundial, de todo o tipo de drogas. Acabavam-se logo grande parte das mortes, das violências e dos lucros ligados ao tráfico, com o mercado a funcionar, e até com algum controlo sanitário em relação à qualidade das drogas. De resto, tudo isto é resultado de muita hipocrisia. Porque é que aquele que fuma Cannabis é mais drogado do que aquele que consome bebidas de alto teor alcoólico, como o grogue, logo pela manhã? A História ensinou-nos que a proibição pura e simples só piora a situação, e basta lembrar da Lei Seca nos EUA que correspondeu a um período negro onde o crime prosperou na directa proporção da violência punitiva. Não seria tudo mais simples se não houvesse toda esta histeria? Quem ganha mais com a penalização? O Estado que protege os seus ou os bandidos que lucram astronomicamente? Aliás, aviso já: se transformarem a cafeína numa droga ilegal, torno-me militante do tráfico na hora. Sem açúcar.
Bianda
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Tempo de lobos
Pedra Bika
Passageiro em trânsito
...a despenalização (ou no melhor dos casos a legalização , implica um forte investimento governamental no sector da saude coisa que não esta ao alcançe de todos os governos (uns por falta de vontade e visão, outros por terem uma visão e força de vontade apontada no sentido contrario, h eh eh so pra complicar)...pois serviços psiquiatricos, de dexintoxiçação custa muita massa, mas nada comparavel ao verdadeiro flagelo que é ter toxicomanos abandonados a sua sua sorte...e claro a mercê dos traficantes... é que esse dinheiro investido na Saude , seria compensado com um redução no investimento na segurança publica
ResponderEliminarHiena
se as drogas fossem despenabilisadas 50% de dnher gasto na policia ja era popod, por causa de violencia hurbana e na combate a se trafico e ainda estados tava ba bsca uns cobres com impostos .. bsot repara qual dnher q estado ta gasta pa combate alcoolismo e quanto el ta ganha na imposto sobre bebeidas alcoolicas .... é diferença enorme, se no pensa de mesma forma pa droga estado tava sai da anha, mas ca parcem q na Cv quel dnher era investid na saude .....
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