Luas, marfins, instrumentos e rosas,
Traços de Dürer, lampiões austeros,
Nove algarismos e o cambiante zero,
Devo fingir que existem essas coisas.
Fingir que no passado aconteceram
Persópolis e Roma e que uma areia
Subtil mediu a sorte dessa ameia
Que os séculos de ferro desfizeram.
Devo fingir as armas e a pira
Da epopeia e os pesados mares
Que corroem da terra os vãos pilares.
Devo fingir que há outros. É mentira.
Só tu existes. Minha desventura,
Minha ventura, inesgotável, pura.
Jorge Luís Borges
Bom fim-de-semana

Perante isto tudo...nada!!! só o palpitar de um coração!! (melhor ainda...de dois em perfeita sintonia!! hihihihi)
ResponderEliminarBeijooo e bom fim de semana!!
Borges grande escritor mau poeta.
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