
"De mim, Arménio, digo Conde, entre os filhos que Cabo Verde teve, poeta maldito, eis o discurso: do fogo, o suposto castigo dos que sobre a Lei cuspiram veneno, de tal fogo nada me cumpre dizer; que eu só sei das sete vias por onde andei, sendo esse o número dos meus infernos, dos quais o mais cruel são estes anos todos que transporto às costas. Manda-me um dos teus cavalos, oh Morte!, e se a resposta for sim, manda-o depressa a quem se lembra apenas de ter colhido rosas, pois que de tantas pétalas só resta o desejo, se bem que dorido, de poder ainda sonhá-las. Por favor, irmãos, antes de eu morrer, ponham vinho na minha taça."
Arménio Vieira, recebida a 27 de Março de 2009
Teria que ser um vinho de excelência, para corresponder à excelência do poeta. Um Barca Velha de 1966, digamos.
ResponderEliminarTambém para celebrar com um Tattinger Vintage, por exemplo, o merecido TRIUNFO ontem, no CCB de Lisboa, da dupla Vasco Martins/António Tavares e a sua Ópera "Crioulo".
Um espectáculo estética e musicalmente belíssimo e que transmite uma admirável (mas também sublime)força telúrica.
Por isso os prolongados aplausos de uma plateia totalmente rendida ao impacto da obra e que esgotou o Grande Auditório do CCB, com direito a chamada ao palco dos dois Autores.
Às vezes dá-nos imenso orgulho sermos cabo-verdianos ou termos profundas ligações afectivas a Cabo Verde!
SARAVÁ!!
a) RB, anónimo por obrigação
:))
ResponderEliminarRB, fiquei muito feliz que tivesse corrido bem!
ResponderEliminarMdson, :))
Ergo a taça cheia de vinho ao Arménio :)
ResponderEliminarIsso mesmo, Toze!
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