
Quando não posso contemplar teu rosto,
contemplo os teus pés.
Teus pés de osso arqueado,
teus pequenos pés duros.
Eu sei que te sustentam
e que teu doce peso
sobre eles se ergue.
Tua cintura e teus seios,
a duplicada purpura
dos teus mamilos,
a caixa dos teus olhos
que há pouco levantaram voo,
a larga boca de fruta,
tua rubra cabeleira,
pequena torre minha.
Mas se amo os teus pés
é só porque andaram
sobre a terra e sobre
o vento e sobre a água,
até me encontrarem.
Pablo Neruda
Bom fim de semana
Existem pés fantásticos... Alguns prolongam-se até lugares interessantes...
ResponderEliminarSimplesmente magnífico este poema, mesmo muito bonito...
ResponderEliminarTenho, confesso, um fétiche pelos pés (femininos, "of course").
ResponderEliminarDe tal forma que, se deles não gostar, já pouco ou nada me interessam os lugares onde podem conduzir.
Manias...!
a) RB, anónimo por obrigação
Anónimo I, e que lugares!
ResponderEliminarAnónimo II, Pablo Neruda no seu melhor!
RB, então és daqueles que olham para os pés primeiro?! hehehe
Lindo poema, João. Porém... bem, não sei porquê, mas há qualquer coisa nessa imagem que me desvia dos lindos pés.
ResponderEliminarO chato é que não consigo ver precisamente o quê. Os homens às vezes têm esses lapsos de memória.
Sou anónimo um...o Joca. Lol...que lugares? Sei lá...a minha imaginação leva-me a alguns.Segue as pisadas dos pes. Migo Joca, manda sempre...hoje a colheita foi do melhor, viste o resultado, né? better_man...
ResponderEliminarNão foi pelos meus pés, mas pelos meus dedos, que cheguei aqui...Amplo espaço de cultura e humor. esticamente irrepreensível!
ResponderEliminarVou seguir...
Eu entendo-te, Neu. Também não consegues tirar o olho daquele copo, não é?
ResponderEliminarJoca, thank's!
Luís, obrigado, e volta sempre sim. Esta é - também - casa tua.