
Nem os dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,
sombra, e dessa presença possa abstrair a
tua memória.
Nuno Júdice
o mineiro recorta o bocado do fundo do mundo e traz à superfície a poesia feita pedra, maduras mãos duras e um coração, ou mais, a latejar os silêncios de que precisa para renascer memória, memória futura e memória de luz e alimento para a sua carne e para nomear as almas que ama
ResponderEliminaro caraças a linha azul e moldura e abstracção
ah, já agora, de quem é autoria das imagens?
margosa e respeitosa desculpa, desculpa?
As imagens são retiradas de uma publicidade para tv de uma marc a de lengerie. A mulher é Leticia Casta.
ResponderEliminarLindo poema.
ResponderEliminarQuanto à imagem... ehehe.
No entanto, convido-te para ver "10 segundos" no dia 14, João.
Abraço!
Estou ansioso!
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