13/02/09

Perguntas Cafeanas




Como hoje é Sexta-feira, 13, é um bom dia para perguntar:
do que é que temos medo, afinal?


À melhor resposta, ofereço um café

12 comentários:

  1. Tenho medo de não ter medo, porque é o medo que nos salva da loucura!

    "Perfilados de medo,agradecemos
    o medo que nos salva da loucura.
    Decisão e coragem valem menos
    e a vida sem viver é mais segura.

    Aventureiros já sem aventura,
    perfilados de medo combatemos
    irónicos fantasmas à procura
    do que não fomos,do que não seremos.

    Perfilados de medo,sem mais voz,
    o coração nos dentes oprimido,
    os loucos,os fantasmas somos nós.

    Rebanho pelo medo perseguido,
    já vivemos tão juntos e tão sós
    que da vida perdemos o sentido..."

    (Alexandre O'Neill)

    a) RB, anónimo por obrigação

    ResponderEliminar
  2. Aqui cairia bem a letra de "Miedo" do Pedro Guerra, Lenine & Robney Assis.

    Resumidamente

    "Medo... que dá medo do medo que dá"

    ResponderEliminar
  3. RB, quando estava à procura de um poema para hoje, cruzei-me com um do O'Neil intitulado "Medo", mas não era esse. Acabei por me decidir pelo Auden.

    Jonas, desses quero distância!

    Kiko, concordaria se estive no plural: de terminar os dias sozinhos. Mas no singular, te digo: por vezes sabe bem, no final da confusão de um dia, ficar só, com uma boa música, uma boa leitura... Não, sempre, claro.

    Dundu, sem dúvida!

    ResponderEliminar
  4. De morrer, acho...ou de matar alguém...ou de perder alguém que nos ê muito querido...ou de padecer...penso que é por aí..

    ResponderEliminar
  5. Koraji
    Pa tudu irmom
    Koraji
    Ao povo di bom coraçom

    Medu
    É pa rapacinho di boné D´ovo
    Medu
    É pa kenha ki ta furta koitadu

    Medu
    É ter ganancia
    Medu
    É ter bergonha di bu essencia

    Koraji
    É ter confiança
    Koraji
    É Trazi um morabeza di sperança

    Kel abçom di coraçom!
    ManuMoreno

    ResponderEliminar
  6. Medo, medo, o verdadeiro medo não é previsível. Encontramo-lo inesperadamente ao virar de uma simples esquina.

    Saúde,

    ResponderEliminar
  7. do escuro mais obscuro, da violência insolente, de toda a dor invencível, da perda deseperada, de sangue sem pinga, de manhas e artimanhas, da traição de quem mais confiamos, do desamor desencantado, da solidão (bem diferente do privilégio de uns momentos a sós, João) mesmo abandono e do fim da fé na crença humana

    como do sol fugir da terra, da lua se perder no sideral vazio, das águas se evaporarem, da chuva escoar para o céu, do céu nos cair sobre o que temos em vez da cabeça, das ágoras se gradearem, dos irmãos se desavirem, dos pais se desamarrarem, dos filhos se prodigalizarem, dos santos se endiabrarem, das donzelas se amancebarem, das tripeças se desenquadrilharem e dos cemitérios cobrarem renda, foge...

    e se a escrita se desvanece para sempre, se a voz se cala definitivamente, se prendem a liberdade ferreamente, se a pintura borra a tinta, se deixamos de procurar o encontramos, se os actores se representam a si mesmos, se nos alheamos de nós, se ninguém nos pergunta a respostas que teimamos oferecer?

    ai... medoooooooooooooooooooooo!!!

    ResponderEliminar
  8. em grande parte de nós próprios, acho. porque vivemos através do que os outros acham que deveremos ser. porque pensamos muito e sentimos pouco. qualquer coisa assim...

    ResponderEliminar
  9. Anónimo, os caminhos do medo são muitos e insondáveis...

    ManuMoreno, muito bem, como sempre, aliás!

    rff, e não é isso que assusta?

    Argumentonio; excelente resposta.

    b, depende da forma como cada um se vê ao espelho...

    ResponderEliminar
  10. Quanto aos outros não sei, mas o que realmente me assusta é a mente humana.

    ResponderEliminar