
«Falando com toda a franqueza, sempre pensei que o cabo-verdiano estava bem adiante, que era capaz de compreender um conjunto de ideias e valores, sem mais. Hoje eu acho que não. Eu hoje acho que é preciso um trabalho para que as pessoas voltem a recuperar um conjunto de valores que nós perdemos. Perdemos valores como mérito, o esforço, o trabalho que marcaram toda a saga do cabo-verdiano. Como disse o senhor Primeiro Ministro, se eu puder burlar o Estado, eu burlo, se eu puder não pagar imposto, não pago, e assim sucessivamente.»
Carlos Veiga, ex-Primeiro-Ministro de Cabo Verde
Fotografia de Benjamim Vieira «E agora?»
Falou e disse! Concordo e assino por baixo!
ResponderEliminarAna
Concordo com o CV. O cabo-verdiano já FOI trabalhador e esforçado.
ResponderEliminarAgora é a lei do menor esforço que impera.
Já tenho dito isso várias vezes, e sequer sou exactamente do tempo em que esses valores existiam mesmo. Acho que ouvi falar neles... concordo inteiramente.
ResponderEliminarTrês opiniões favoráveis. Parece que estamos (quase) todos de acordo. Mas o que fazer para gerar essa autêntica revolução de mentalidades de que o país precisa?
ResponderEliminarO que correu mal, então?
ResponderEliminarBoa pergunta, Miguel!
ResponderEliminarLiberdade, igualdade, fraternidade! Sem isso, e é esse o mundo que criamos, não se consegue educar na base dos bons valores... e falta 'paz de espírito' para o conhecimento, a sabedoria, o reflectir, o pensar para fazer bem, e melhor. A culpa é desta geração de pais que não soube passar os valores, preocupada que estava com outros interesses...
ResponderEliminarDigo isso por estar de acordo com o Dr. CV. E isso nota-se todos os dias, a diferença de reacções, por exemplo, no simples circular de viaturas e de peões, nas nossas cidades.
Nem mais, Tchá! E o que podemos nós fazer?
ResponderEliminarEu fui (sou) uma fã do advento da democracia, do fim do partido unico, da ditadura e etc. Mas quer-me parecer que a ânsia da liberdade, os motes tais como "dêxa cabra na tchada di cê manêra", "dêxa povo bai di cê manêra", deve ter provocado esta perda da noção do que é apropriado, das regras fundamentais, do rigor, do empenho. Conquistamos muita coisa, mas perdemos outras, confundindo democracia com selvajaria, arruaçaria, cada um na sua, quero lá saber se incomodo o proximo, que se lixe o Estado, como é do Estado deixa-me "mamar", enfim... e descambámos nisto! Obviamente há muitos outros factores, mas eu assinalava este
ResponderEliminarAna