
Cruzei-me com este filme por acaso, no meio de um zap frequente e frenético. Parei. Fiquei. Até ao fim. Há muito não via um filme tão intenso, bem realizado e interpretado, e uma formidável banda sonora. Se conseguirem ver, façam-no, porque vale a pena. Chama-se «Guantanamero», realizado por Vicente Peñarrocha.
Falando do campo de concentração norte-americano de Guantanamo, não é um filme de propaganda anti-americano; Falando de uma cidade de Havana decadente e destruída, não é um filme de propaganda anti-castrista;
É um filme que nos diz, sobretudo, que por mais terrivel que seja a realidade, haverá sempre a esperança de que o amor nos pode salvar.
Eis o que nos diz a sinopse oficial do filme:
«Um olhar inquietante mas sensível sobre a mente de um prisioneiro da baía de Guantanamo, à medida que ele luta para separar a fantasia de realidade. Mergulhado na música, na cor e no romance da vibrante cultura de Havana, tenta descobrir quem era e em quem se tornou. A banda sonora inclui música original de Norman Cook (também conhecido como Fat Boy Slim), Guy Sigsworth, Cameron McVey, Poet Life e os Orishas.»