
Aqui está a minha vida.
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.
Cecília Meireles
Esta areia tão clara com desenhos de andar
dedicados ao vento.
Aqui está minha voz,
esta concha vazia, sombra de som
curtindo seu próprio lamento
Aqui está minha dor,
este coral quebrado,
sobrevivendo ao seu patético momento.
Aqui está minha herança,
este mar solitário
que de um lado era amor e, de outro, esquecimento.
Cecília Meireles
Nota: este é o post número 500 do Café Margoso. A efeméride só poderia ser assinalada assim. Com a poesia da palavra e da imagem. Obrigado a todos.
John, my friend, happy 500th post!
ResponderEliminarPara mim, a bloguidade crioula tem um ante-johnwhite e um post-johnwhite (e tem johnwhite-posts).
Long life to Margoso Coffe
César
Grande César, a modéstia, que não a falsa, faz-me discordar, mas a gerência agradece o piropo. Abraço biandesco! JB
ResponderEliminarMuitos parabéns, mesmo! E que venham mais 500!
ResponderEliminarVou tentar, Catarina. Se a clientela continuar com este speed, vou ter que aguentar o ritmo da coisa. Coisas que a cafeína tece...
ResponderEliminar'Muitos parabéns, mesmo! E que venham mais 500!' Catarina dixit. Como tenho estado um bocado afastado... só me dou o direito de 'plagear'
ResponderEliminarFonseca
Sem querer parecer mal agradecido: e o poema (um hino)... e a imagem (um deslumbro). Ninguém comenta?
ResponderEliminarMesmo se sou às vezes uma chata e teimosa, gosto do teu café preto ou com um pingo de leite. Obrigada João.
ResponderEliminarAbraços verdes.
Joaõ.
ResponderEliminarO poema é mesmo muito lindo.
Serviu como uma luva ao meu estado de espirito do momento.
Parabens pelos 500 post
Vou passar a ler mais Cecilia Meireles
Moreia e Kuskas, obrigado pela fidelidade. Kuskas, a poesia da Cecilia Meireles é divina. Há muitos mais, do nivel deste post.
ResponderEliminarGo on, João.
ResponderEliminarA última parte deste poema lembra-me um outro poema (uma mulher sentada entre o amante e o marido - de um lado tinha a face ruborizada; do outro, branca como a cal) de um dos meus livros e poetas preferidos (O Louco, de Khalil Gibrain).
Ah, as mulheres!... São por natureza assim, deve ser por isso que nos fazem andar com a cabeça em roda viva.
Abraço fraterno
Virgílio
Thanks Virgilio. Vou procurar saber mais desse poeta. Abr.
ResponderEliminarBravo João!!!!!
ResponderEliminarUm abraço expectante pelos próximos 500!
Obrigado, Catarina. Com clientes como tu, motivação neste café é coisa que não vai faltar!
ResponderEliminarPARABÉNS!!! e obrigado nós, por nos deliciares com os seus posts sempre muito interessantes, com muita informação, bom humor, poesia e cultura.
ResponderEliminarObrigado, Sisi, pela fidelidade e participação activa!
ResponderEliminarE tudo isto suspenso por um fio? Porkê?
ResponderEliminarEu sei que isto vai te parecer assim meio lugar comum, mas cá vai: porque a própria vida está, ela também, suspensa por um fio.
ResponderEliminarMas nao faz parte da tua personalidade o "viver por um fio". A tua personalidade é mais "corda bamba"... os pés estao ASSENTES e nao SUSPENSOS.
ResponderEliminarDaí a "vida por um fio" nao ter sido aceite pelos meus neuronios
E os teus neurónios, desta vez, estão certos...
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