
«Em Portugal, eu, que era menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, crioula, cabo-verdiana, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses, tornei-me numa coisa só: numa preta.»
Eileen Barbosa, aqui
Assim como a Eileen eu também só me dei conta que tinha uma cor, quando sai para estudar eheheheh
ResponderEliminarmas como dizia um professor meu que era do Congo, "se eles acham que vou ofender-me, chatear-me, ficar triste por me chamarem de NEGRO/PRETO, problema deles. Eu sei o que sou e quem sou, e a cor da minha pele é somente isso: uma cor"
Fui lá ler o post da Eileen e confesso que buliu um bocado com os meus nervos. Entendo a Eileen até porque sei que os meus conterrâneos são bastante ignorantes e que existe assim uma espécie de racismo latente que só se solta quendo estamos perante notícias na com. social em que se diz: "Dois indivíduos de raça negra"...pronto, tinham de ser pretos lá diz o belo do portuga de comando na mão para a mulher na cozinha a lavar a loiça.
ResponderEliminarEnfim, isto é o país que portugal ainda é, infelizmente.
De qualquer modo e generalizações à parte, também eu em Cabo Verde já me senti dessa forma, a Portuguesa, a branca independentemente de todas as minhas qualidades (que não interessam agora)
Entretanto, talvez pelo nascimento da minha filha e do meu companheiro (cabo-verdiano) começei a sentir-me mais estruturada para ouvir e calar determinados comentários, embora por vezes ainda me venham as lágrimas aos olhos quando me fazem sentir que não sou daqui....é triste Eileen, eu sei!
Um abraço
Catarina Cardoso
Oh Kuskas, mas o mais irónico é que nem acertam na côr! É preciso dizer-lhes, «é CASTANHO, CEGUETA, CASTANHO!» hehehe
ResponderEliminarComo te compreendo, Catarina. Mas no meu caso é mais simples; sempre posso pensar que estão a referir-se ao meu nome! hehe
ResponderEliminarisso jb,
ResponderEliminaré tirar partido da situação.
:)
mas mulheres são mais sensíveis e magoam.se mais fácilmente
1 kriolo, k tb tira partido dessas situações
;)
Anónimo, quem te diz que «as mulheres se magoam mais»? Olha que não, olha que não...
ResponderEliminarEu também quando cheguei aqui em Portugal para estudar, senti assim, mas isso apenas me fez passar a ter mais orgulho da cor da minha pele... preta, mestiça, de cor, black, crioula, o que quizeram com muito orgulho. Para além disso, a Catarina tem razão, nós os caboverdeanos sabemos ser bem racistas quando queremos.
ResponderEliminarPois, e esse tema será mesmo abordado numa das próximas cafeanas. A rever...
ResponderEliminarQuerida Eileen (que por sinal nem conheço), esse pessoal não viu ainda que ser "preta" é muito mais sabe do que todos aqueles adjectivos anteriores???
ResponderEliminarMantenhas de Miami
Alvaro
Alvaro, se for mesmo assim, estou frito! Como é que fico nesta história? hehe
ResponderEliminarMeu querido João, é que ser preto ou preta é ter a bela cor da alma crioula, não a cor da pele. Assim como esse café que diariamente nos serves, sem açucar, nem leite. Puro que nem o crioulo, pelo menos alguns...
ResponderEliminarMantenhas
Grande Alvaro! Melhorou! Aquele abraço!
ResponderEliminarEu aprendi a mostrar que também tenho todas as outras qualidades e características. E vivo muito mais sorridente, descontraída e feliz assim, ensinando as pessoas a viverem na diferença, e fazendo com que os meus conterrâneos também aprendam a aceitar a diferença dos outros.
ResponderEliminarAV
Belo comment, AV!
ResponderEliminar«Em Portugal, eu, que era menina, mulher, simpática, social, esquisita, tímida e extrovertida, boa aluna, interessada, curiosa, descendente de madeirenses, guineenses, portugueses e ingleses, tornei-me numa coisa só: numa GAJA.»
ResponderEliminarIsto é valido para Portugal e resto do Mundo. Nao importa a cor !
Kaustica, hoje devo estar do contra. Não concordo...
ResponderEliminarCom todo o direito. So kero saber o porkê da tua discordancia...Achas k a discriminaçao é um exclusivo para os Pretos? Ui ui
ResponderEliminarNão, antes pelo contrário. A questão da diferença dos géneros é muito mais transversal, atinge todos os patamares da sociedade, todos os povos e inclusive, toda a história da Humanidade. A frase da Eileen tem uma aplicação muito mais clara quando utilizada como forma de mostrar o preconceito relativo à cor da pele... quanto ao género, é muito mais complicado. Enfim, sei que não fui claro, mas agora também confesso que não tenho muito tempo!
ResponderEliminarBoa desculpa. Ok, eu gosto de ti, como tal ficamos assim...
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