As respostas podem ser muitas. Mas tenho a certeza que essa é uma das principais razões da perda de noção de ritmo de muitos cabo-verdianos. Inclusive dos nossos actores. Um dos meus terrores num momento em que çproduzo o meu segundo musical.
É que nesta situação, o sangue quente crioulo actua em sentido contrário, ao invés de deixar as pessoas agitadas, deixa-as bem calminhas (por mais que a música seja mexida), excepto na parte da cintura, como referiste João.
Por isso que não danço mais a dois quando vou a discotecas... a ultima vez que fui a uma disco, tive de deixar o tipo plantado no meio da pista depois de lhe dizer que se Eu quisesse "fazer aquilo" o meio de uma pista de dança não era o melhor sitio...e que até onde eu me lembrava FUNANÁ é uma danças mais mexidas (pés e cintura) que existe.... Quase fui agredida fisicamente por ter ousado deixar o "cavalheiro" plantado e ainda ouvi uns 2 piropos do tipo " feia di m******"
A maior parte dos cabo-verdianos não vê a dança como uma arte. Para eles a dança é algo muito sexual (há excepções claro).
De facto, o único ritmo que têm é mesmo na cintura, para eles (elas) Dança (no sentido absoluto) é o "tra-rabú", a tarrachinha...essas danças que lhes permitem colar ao parceiro, como "grude" "pastilha elástica", "cola", de forma a que possam alcançar os seus objectivos - alimentar as hormonas!
Sem descurar estas danças (as quais aprecio quando são dançadas pela única intenção do prazer da dança, pelo ritmo, pela liberdade, pela paixão, pelas energias que saem cá de dentro e dão vida ao corpo, ao movimento) a verdade é que os cabo-verdianos não sabem o que é Dança....usam-na como um meipo para atingir um fim.
Dançam pelo sexo. E o "sexo" da Dança é exactamente o oposto ao que eles fazem, sentem. O "sexo" da dança é um orgasmo solitário que une a liberdade à vida.
Kuskas e Gicas: com esses dois comment's, espero agora que a discussão sobre este assunto aqueça um pouco mais. Vamos lá, machos margosos, não há aqui ninguém para defender a honra do convento?
Desculpa não ser um macho margoso a responder... mas eu acho que se dança sem sair do lugar...porque é bom. Dependendo obviamente do parceiro de dança!
Óbvio ainda que também é bom dançar com mais liberdade, mais movimento mas eu sou uma fã incondicional das danças cabo-verdianas...por isso sou suspeita. Aliás, não me lembro de nos últimos 5 anos, aproximadamente, ter dançado outra coisa!
É isso mesmo João. Nada como uma boa passada. Gosto de dançar coladinha, mas é quando a musica pede e o momento também... agora me RECUSO a dançar um Funaná ou Coladeira feito "xuinga". Isso não ...
No meu tempo de teenager, só havia uma explicação, que esta expressão marota ajuda a entender: TOMA XÓKI! Pois é, quem nunca...rásta um dáma pa toma xóki? Hoje não sei. Com as sucessivas falhas da Electra o "xóki" já deve ter saido de moda. Eh,eh,eh. ZC
Hahaha, ZC. Olha, outra possibilidade para ajudar a Electra a resolver a sua crise. O pessoal hoje só dança dessa forma «chocante»! Quem sabe não está aqui a solução porque todos esperamos?
Então? Eu dancei coladeira no PIMM's. Lembro-me de ter dançado ao som da voz do Ildo... "Êss bida di gossi bida mariadu..." Música para dançar a dois agora, com certeza será no mínimo "Subi dixi" e coisas do género. E quero simplesmente dançar. Mesmo que seja lento e que me encendie os ânimos, aprecio sem pensar "naquilo". "Aquilo" tem de ter o seu momento próprio. E mesmo não pensando no espaço pensa-se em não cair no ridículo.
Dançar para o crioulo, penso e sempre o senti - pelo menos no meu tempo - tem duas vertentes, bem distintas: 1 - Dançar o mais colado e parado possível (ou deixado pela dama que mexe connosco). Não com todas, mas com aquelas potenciais futuras namoradas... 2 - Dançar pelo gosto da dança. Não com todas, porque há umas que tornam horríveis os minutos duma peça de dança... Não necessáriamente a pensar 'naquilo' como se escreveu aqui. E acho que - hoje - continua a ser assim. Só que, por falta de espaço, o possível é ficar parado, e só dançar com as ancas... Tchá (hahaha)
Canudo !! Quando danças Funaná sais do lugar.É terra de Funaná, sem duvida, Agora não há atrevimento nenhum nem ignorancia da minha parte quando a minha resposta à tua pergunta se resume a LENTA !! Assim como tu tambem andas um pouquito lento, nao?? Tambem com tantas cafeanas e tantas cafeinas é normal que te percas um bocado. "Porque é que nas discotecas crioulas se dança tanto sem sair do lugar" - a pergunta é esta !! Que ligaçao tem o Funaná com esta pergunta. Terra de Funaná ou não, nao sais do lugar porque a musica nesse momento é lenta. Andas apanhar muito sol na moleirinha, Joao !! Andas, andas. Olha lá o chapeu, ou o barrete, Escolhe.
Caramba, pegas pesado... onde está o sentido de humor? E olha que eu já dancei funaná sem sair do lugar... quer dzer... obrigado, claro! Mexer, mexia... mas não circulava muito...
Porquê? Tinhas dores nas costas ou ja sabias que o DJ a seguir ia "tarrachar" a pista ?? Hum, diz lá ! Funaná sem circular muito ? Nem com Vóvó. Confessa-te.
As respostas podem ser muitas. Mas tenho a certeza que essa é uma das principais razões da perda de noção de ritmo de muitos cabo-verdianos. Inclusive dos nossos actores. Um dos meus terrores num momento em que çproduzo o meu segundo musical.
ResponderEliminarPois, Neu, há quem diga que pode-se estar parado, mas não se está quieto. Ali na zona da cintura, há sempre muita acção... hehe
ResponderEliminar... é simples, é pra não perder o lugar.
ResponderEliminarHiena
Excelente resposta, Hiena! Ah que saudades do Je T'Aime, onde havia lugar para se dançar à vontade!
ResponderEliminarÉ que nesta situação, o sangue quente crioulo actua em sentido contrário, ao invés de deixar as pessoas agitadas, deixa-as bem calminhas (por mais que a música seja mexida), excepto na parte da cintura, como referiste João.
ResponderEliminar«Calminhas» é uma forma de dizer, não é, Sisi.. hehe
ResponderEliminarPor isso que não danço mais a dois quando vou a discotecas...
ResponderEliminara ultima vez que fui a uma disco, tive de deixar o tipo plantado no meio da pista depois de lhe dizer que se Eu quisesse "fazer aquilo" o meio de uma pista de dança não era o melhor sitio...e que até onde eu me lembrava FUNANÁ é uma danças mais mexidas (pés e cintura) que existe....
Quase fui agredida fisicamente por ter ousado deixar o "cavalheiro" plantado e ainda ouvi uns 2 piropos do tipo " feia di m******"
Saudades tenho dos meus anos de adolescencia
A maior parte dos cabo-verdianos não vê a dança como uma arte. Para eles a dança é algo muito sexual (há excepções claro).
ResponderEliminarDe facto, o único ritmo que têm é mesmo na cintura, para eles (elas) Dança (no sentido absoluto) é o "tra-rabú", a tarrachinha...essas danças que lhes permitem colar ao parceiro, como "grude" "pastilha elástica", "cola", de forma a que possam alcançar os seus objectivos - alimentar as hormonas!
Sem descurar estas danças (as quais aprecio quando são dançadas pela única intenção do prazer da dança, pelo ritmo, pela liberdade, pela paixão, pelas energias que saem cá de dentro e dão vida ao corpo, ao movimento) a verdade é que os cabo-verdianos não sabem o que é Dança....usam-na como um meipo para atingir um fim.
Dançam pelo sexo.
E o "sexo" da Dança é exactamente o oposto ao que eles fazem, sentem. O "sexo" da dança é um orgasmo solitário que une a liberdade à vida.
Gicas
Kuskas e Gicas: com esses dois comment's, espero agora que a discussão sobre este assunto aqueça um pouco mais. Vamos lá, machos margosos, não há aqui ninguém para defender a honra do convento?
ResponderEliminarDesculpa não ser um macho margoso a responder... mas eu acho que se dança sem sair do lugar...porque é bom. Dependendo obviamente do parceiro de dança!
ResponderEliminarÓbvio ainda que também é bom dançar com mais liberdade, mais movimento mas eu sou uma fã incondicional das danças cabo-verdianas...por isso sou suspeita.
Aliás, não me lembro de nos últimos 5 anos, aproximadamente, ter dançado outra coisa!
Abraço com ritmo de Cola s.jon
Catarina Cardoso
Atenção: eu adoooro dançar. Mas o que vejo por aí é tudo menos isso. Nada como uma boa passada, ou não?
ResponderEliminarÉ isso mesmo João. Nada como uma boa passada. Gosto de dançar coladinha, mas é quando a musica pede e o momento também... agora me RECUSO a dançar um Funaná ou Coladeira feito "xuinga". Isso não ...
ResponderEliminarÉ para não perder o compasso do C*
ResponderEliminarKuskas, confessa que é preciso muito talento para se conseguir dançar um funaná do Ferro Gaita sem se sair do lugar!
ResponderEliminarKaty, não entendi! O que é o compasso do C*? (sei que estou a fazer figuro de urso com esta pergunta, mas pronto, que seja!)
No meu tempo de teenager, só havia uma explicação, que esta expressão marota ajuda a entender: TOMA XÓKI!
ResponderEliminarPois é, quem nunca...rásta um dáma pa toma xóki?
Hoje não sei. Com as sucessivas falhas da Electra o "xóki" já deve ter saido de moda. Eh,eh,eh.
ZC
Hahaha, ZC. Olha, outra possibilidade para ajudar a Electra a resolver a sua crise. O pessoal hoje só dança dessa forma «chocante»! Quem sabe não está aqui a solução porque todos esperamos?
ResponderEliminarEntão?
ResponderEliminarEu dancei coladeira no PIMM's.
Lembro-me de ter dançado ao som da voz do Ildo... "Êss bida di gossi bida mariadu..."
Música para dançar a dois agora, com certeza será no mínimo "Subi dixi" e coisas do género.
E quero simplesmente dançar. Mesmo que seja lento e que me encendie os ânimos, aprecio sem pensar "naquilo". "Aquilo" tem de ter o seu momento próprio. E mesmo não pensando no espaço pensa-se em não cair no ridículo.
Abraaaaaaçoooo!!!!
Excelente, comment, Neu. Aliás, hoje bo bem li na Margoso pa arrazar! hehe
ResponderEliminarDançar para o crioulo, penso e sempre o senti - pelo menos no meu tempo - tem duas vertentes, bem distintas:
ResponderEliminar1 - Dançar o mais colado e parado possível (ou deixado pela dama que mexe connosco). Não com todas, mas com aquelas potenciais futuras namoradas...
2 - Dançar pelo gosto da dança. Não com todas, porque há umas que tornam horríveis os minutos duma peça de dança...
Não necessáriamente a pensar 'naquilo' como se escreveu aqui. E acho que - hoje - continua a ser assim. Só que, por falta de espaço, o possível é ficar parado, e só dançar com as ancas...
Tchá
(hahaha)
Porque a musica é lenta, nao?
ResponderEliminarBem, dizer que na terra do funaná a música é lenta, é no minimo, um atrevimento! hehe
ResponderEliminarCanudo !!
ResponderEliminarQuando danças Funaná sais do lugar.É terra de Funaná, sem duvida, Agora não há atrevimento nenhum nem ignorancia da minha parte quando a minha resposta à tua pergunta se resume a LENTA !!
Assim como tu tambem andas um pouquito lento, nao??
Tambem com tantas cafeanas e tantas cafeinas é normal que te percas um bocado.
"Porque é que nas discotecas crioulas se dança tanto sem sair do lugar" - a pergunta é esta !!
Que ligaçao tem o Funaná com esta pergunta. Terra de Funaná ou não, nao sais do lugar porque a musica nesse momento é lenta.
Andas apanhar muito sol na moleirinha, Joao !! Andas, andas.
Olha lá o chapeu, ou o barrete, Escolhe.
Caramba, pegas pesado... onde está o sentido de humor? E olha que eu já dancei funaná sem sair do lugar... quer dzer... obrigado, claro! Mexer, mexia... mas não circulava muito...
ResponderEliminarE depois eu é que ando a tomar muito café!
Porquê? Tinhas dores nas costas ou ja sabias que o DJ a seguir ia "tarrachar" a pista ??
ResponderEliminarHum, diz lá ! Funaná sem circular muito ? Nem com Vóvó.
Confessa-te.
Sentido de humor, tá cá! É kaustico