Pena é que a nossa memória seja assim - só lembra dos que vão nos deixando, pois há pessoas, como é o caso de Césaire, que não morrem verdadeiramente.
Césaire passou o Rubicão da vida magna cum laude.
Ave! Césaire.
Mas será que sou só eu que estranho que os grandes vultos da cultura da negritude e africana (e muitos ainda estão vivos) não passam pela nossa terra?
Dá que pensar, sim.
Deve ser por isso que Césaire deverá ser um desconhecido em Cabo Verde; intelectual deverá ser, certamente, Francisco Balsemão. Esse que lutou contra o colonialismo e tem feito imenso por África e pelos africanos ao promover a sua cultura e identidade.
É isso. A actualidade de Césaire continua a pairar, intacta, sobre muita cabeça preconceituosa e mal-pensante cabo-verdiana. Excluindo um ououtro caso avulso (sobram dedos de uma única mão) só a geração 'Seló' terá bebido algo (nem tanto da negritude), de um certo despertar africano. Foi pouco, muito pouco. Que me lembre, Mário Fonseca é dos poucos que se reclama abertamente da herança do antilheno. Ainda hoje, é o único que fala de Edouard Glissant mais novo que Césaire, e dos actualizadores/renovadores da negritude, os conhecidos crioulistas Patrick Chamoiseau, Raphaël Confiant ou Jean Bernabé(tb eles Martiniquenhos ilustres). Voltaremos a falar deles ... um dia ... como se os tivessemos conhecido, sempre ... em mais um festivo obituário. Tal como agora acontece com o ilustre Aimé Césaire. ZC
Mais uma grande voz mundial que se cala, mas que nos deixou uma grande lição de vida, e uma vasta obra( teatro, ensaio e história).
ResponderEliminarPaz!
Abraç tds
Este verso arrepiou-me, JB...
ResponderEliminarChiça!, e eu que quase já ia dormir tranquilo! E agora esta inquietação, feito herança do Cesaire…
Abraco,
Paulino
Odair e Paulino: nada a dizer. Por agora. Café em silêncio. Em memória de uma das vozes fundamentais do século XX.
ResponderEliminarÁfrica e a cultura negra perdeu um dos seus grandes defensores.
ResponderEliminarQue ele descanse em paz!
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ResponderEliminarUma luz que espero continue a iluminar muitas mais geracoes assim como Ousmane Sembene e outros que partiram.
ResponderEliminarSara
Pena é que a nossa memória seja assim - só lembra dos que vão nos deixando, pois há pessoas, como é o caso de Césaire, que não morrem verdadeiramente.
ResponderEliminarCésaire passou o Rubicão da vida magna cum laude.
Ave! Césaire.
Mas será que sou só eu que estranho que os grandes vultos da cultura da negritude e africana (e muitos ainda estão vivos) não passam pela nossa terra?
Dá que pensar, sim.
Deve ser por isso que Césaire deverá ser um desconhecido em Cabo Verde; intelectual deverá ser, certamente, Francisco Balsemão. Esse que lutou contra o colonialismo e tem feito imenso por África e pelos africanos ao promover a sua cultura e identidade.
Abraço fraterno
É isso. A actualidade de Césaire continua a pairar, intacta, sobre muita cabeça preconceituosa e mal-pensante cabo-verdiana. Excluindo um ououtro caso avulso (sobram dedos de uma única mão) só a geração 'Seló' terá bebido algo (nem tanto da negritude), de um certo despertar africano. Foi pouco, muito pouco. Que me lembre, Mário Fonseca é dos poucos que se reclama abertamente da herança do antilheno. Ainda hoje, é o único que fala de Edouard Glissant mais novo que Césaire, e dos actualizadores/renovadores da negritude, os conhecidos crioulistas Patrick Chamoiseau, Raphaël Confiant ou Jean Bernabé(tb eles Martiniquenhos ilustres).
ResponderEliminarVoltaremos a falar deles ... um dia ... como se os tivessemos conhecido, sempre ... em mais um festivo obituário.
Tal como agora acontece com o ilustre Aimé Césaire.
ZC