17/04/08

Café em Silêncio



Aimé Césaire
1913 - 2008

«A minha negritude não é uma torre ou uma catedral,
ela mergulha na carne vermelha do solo.»


8 comentários:

  1. Mais uma grande voz mundial que se cala, mas que nos deixou uma grande lição de vida, e uma vasta obra( teatro, ensaio e história).

    Paz!

    Abraç tds

    ResponderEliminar
  2. Este verso arrepiou-me, JB...
    Chiça!, e eu que quase já ia dormir tranquilo! E agora esta inquietação, feito herança do Cesaire…

    Abraco,
    Paulino

    ResponderEliminar
  3. Odair e Paulino: nada a dizer. Por agora. Café em silêncio. Em memória de uma das vozes fundamentais do século XX.

    ResponderEliminar
  4. África e a cultura negra perdeu um dos seus grandes defensores.

    Que ele descanse em paz!

    ResponderEliminar
  5. Uma luz que espero continue a iluminar muitas mais geracoes assim como Ousmane Sembene e outros que partiram.

    Sara

    ResponderEliminar
  6. Pena é que a nossa memória seja assim - só lembra dos que vão nos deixando, pois há pessoas, como é o caso de Césaire, que não morrem verdadeiramente.

    Césaire passou o Rubicão da vida magna cum laude.

    Ave! Césaire.

    Mas será que sou só eu que estranho que os grandes vultos da cultura da negritude e africana (e muitos ainda estão vivos) não passam pela nossa terra?

    Dá que pensar, sim.

    Deve ser por isso que Césaire deverá ser um desconhecido em Cabo Verde; intelectual deverá ser, certamente, Francisco Balsemão. Esse que lutou contra o colonialismo e tem feito imenso por África e pelos africanos ao promover a sua cultura e identidade.

    Abraço fraterno

    ResponderEliminar
  7. É isso. A actualidade de Césaire continua a pairar, intacta, sobre muita cabeça preconceituosa e mal-pensante cabo-verdiana. Excluindo um ououtro caso avulso (sobram dedos de uma única mão) só a geração 'Seló' terá bebido algo (nem tanto da negritude), de um certo despertar africano. Foi pouco, muito pouco. Que me lembre, Mário Fonseca é dos poucos que se reclama abertamente da herança do antilheno. Ainda hoje, é o único que fala de Edouard Glissant mais novo que Césaire, e dos actualizadores/renovadores da negritude, os conhecidos crioulistas Patrick Chamoiseau, Raphaël Confiant ou Jean Bernabé(tb eles Martiniquenhos ilustres).
    Voltaremos a falar deles ... um dia ... como se os tivessemos conhecido, sempre ... em mais um festivo obituário.
    Tal como agora acontece com o ilustre Aimé Césaire.
    ZC

    ResponderEliminar