
O velho hábito de ler na casa de banho ganhou um componente actual: o papel higiénico literário.
A empresa espanhola Empreendedores está a lançar rolos de papel especial onde aparecem impressos clássicos da literatura mundial para que o utilizador vá lendo enquanto permanecer na casa de banho. O produto, vendido só através da internet, inclui trechos de literatura clássica, teatro, poesia e até textos sagrados da Bíblia e do Budismo.
«Hemingway dizia que clássico é aquele livro que todo mundo respeita, mas ninguém lê. O que estamos a fazer é a levar os livros às casa de banho, aproximando a literatura do homem», disse o dono da empresa, Raúl Camarero. «E surge aí um conflito interessante: limpar o traseiro com uma bela obra e o dilema moral que isso representa», disse.
Da Bíblia foram escolhidos trechos do Apocalipse, do Cantar dos Cantares e dos Provérbios. Os textos sagrados budistas são O Sutra do Loto e o Livro Tibetano dos Mortos. A intenção dos sócios da companhia era incluir também trechos do Corão, mas tiveram medo da possível reacção dos islâmicos. Desde que apareceu num programa de televisão, a empresa Empreendedores, que anuncia o seu produto apenas na internet, está a ficar famosa na Espanha.
Fonte: 7FM
Eu adorei esta ideia, até porque tenho por hábito ler quando estou sentado na retrete. E pode ser qualquer coisa: revistas velhas, jornais, livros, até rótulos de detergentes, se não tive mais nada ao alcance da mão. Eu compraria este papel! E tu?
Acabaram de me mandar esta frase sobre o assunto: «Cagar a ler é uma experiência homeostática: Entra cultura, sai merda. É uma boa forma de se manter o equilíbrio natural das coisas.» Hehehe. Gostei!
ResponderEliminarEu também compraria, mas para pôr em cima do armário. Pois também leio de tudo quando lá estou. Num livro muito interessante sobre uma antropóloga que foi conhecer uma ilha com uma tribo intocada pelo resto do mundo, as pessoas cagavam numa retrete pública e mista, e assim, podia-se ir batendo papo... hehehe "Olha os teus O. são tão compridos assim dependurados... hehehe
ResponderEliminarEssa é boa para os caboverdianos! se a moda pega ha de entrar mais cultura e sair menos merda...para a alegria dos nossos ouvidos que ja estão mais cheios que o "Hetar"!
ResponderEliminarEileen: mas tinhas sempre que arranjar com que limpar o rabo... hehehe
ResponderEliminarAnonimo das 18 e oito: a merda é universal, tem sempre que sair!
Eu tb comprariq pq as vezes chego ao cúmulo de ñ poder fazer se ñ tiver nda para ler. É pena mesmo ter que usar o papel depois da leitura.
ResponderEliminarMeu Deus!
ResponderEliminarQuando vi essa imagem pensei o seguinte:
- E se um belo dia entrasse pela casa de banho principal de lá de casa e desse com a minha Nicole, de três anos, nessa posição, a ler o "Cifrão" ou o "Diário Económico"?
Pensei ainda: e se fosse as páginas dos classificados à procura de emprego?
Pensei ainda no pior: e se estivesse a ler o "Expresso das Ilhas" ou o "A Semana", comentando com ela mesma sobre as últimas das autárquicas e sobre o comportamento dos nossos políticos?
Aí disse a mim mesmo: Neu, estás a teatralizar as coisas de uma forma exagerada. Afinal, esse mundo em que vivemos não está tão evoluido. A perversidão mental humana é que evolui à velocidade da... bem, mais rápido que o nosso ADSL.
Atenção, Neu... atenção!!!
O médico desaconselha vivamente.
ResponderEliminarÉ por estas e por outras que já vou tendo crises de hemorróidas!
Agora na retrete é tudo na rapidinha.
Sinceramente acho a ideia ridícula. Mais uma "vitória" da publicidade. Não, eu não compro! É de supremo mau gosto. Mas fica bem dizer o contrário. É moderno, se calhar é chique, etc., etc..
- Olha, hoje limpei-me ao Pessoa! Foi fantástico! Experimentar aquela sensação de absorção. Sentir a Mensagem a subir-me por aí acima, nem acreditas, uma revelação. Nunca tinha antes apreendido tanto e tão bem o Pessoa.
- Pois é, comigo aconteceu o mesmo mas com o Paulo Coelho.
- Mas o PC ainda não está impresso em papel higiénico!
- Eu sei! Faltou-me papel, e fui obrigado a socorrer-me do livro que tinha à mão. Nem queiras saber. É muito mais chique. Limpar o cú ao livro é um verdadeitro êxtase anal!
Imaginem, que por pura devoção e fanatismo, desse na veneta ao espanhol imprimir os Santos devotos lá da paróquia, ou os textos sagrados do santo livro, no rolo higiéniCÚ. Caíam o Carmo e a Trindade. Cá por estas bandas houve há uns anos uma empresa que utilizou uma ALFACE para simbolizar o menino jesus numa campanha de Natal, e ficou célebre o pé de vento. A tal ponto que retiraram a coisa. Eu até achei bonita a ideia, imaginativa a solução, e a campanha bem conseguida. Lembro-vos que Alface em Lisboa é símbolo de Alfacinha, e símbolo de um conhecido Centro Comercial. Eu não vi nada de ofensivo nos cartazes. Mas muita gente, mesmo muito boa gente, achou que sim. Nisto do papel higiénico estou a ser preconceituoso. Estou sim e depois? Assumidamente!
Perguntar-me-ão, e se fosse num guardanapo, numa toalha de mesa, num prato, ou numa camisola (tudo exemplos já vistos)? Nada disso me ofenderia, porque nenhum desses usos é provocação gratuita. A não ser que queiramos inventar uma nova disciplina estética, a ESTÉTICA DE LIMPAR O CÚ! Sinceramente não vejo qual o QUÊ, qual a sensação, qual o MUST, de se limpar o CÚ a um poema, ou a um conto. O que acho espantoso é ver a malta cair nestas esparrelas da publicidade, nestas campanhas de marketing onde vale tudo. Medo de criticar só para se da ares de democrático, aberto, desinibido, despreconceituoso? Uma merda! Já o disse e repito. Qq dia os marketeer's mandam embalar merda e peidos a granel, e vai haver quem ache graça e compre, só para parecer moderno, por estar na moda, ou ser muito IN. Ah(!), mas tem tanta graça, não tem? Qualquer dia não sabemos se estamos a ler enquanto cagamos, ou se, simplesmente cagamos no que lemos. Mas quem se importa? Afinal vale tudo, desde que bem embrulhado, e bem vendido. É a inanidade colectiva minha gente.
Disse.
ZCunha
Atenção! Ouvi na TSF (manhã de21/04/08), que o hábito de ler na sanita provoca uma pressão tão elevada que é uma das grandes responsáveis pelo apararecimento de hemmorróides internas e externas... depois de ouvir tinha que reagir face à fotografia publicada :-)
ResponderEliminarLeiam em todos os sítio e posições, menos na sanita, tá?
Sisi: não és obrigada a usar. Compras o papel normal e colocas esse em lugar de destaque num novo conceito de biblioteca sanitária!
ResponderEliminarNeu: o problema não é onde se lê, mas o que se lê, e sobretudo, como se lê. Abr.
ZCunha: nem todas as ideias interessantes de colocação de novos produtos no mercado o são, para nos enganar. Há produtos que nos ajudam verdadeiramente. Digo eu, que sou um comsumista compulsivo. Admito sem problemas. Não posso ver publicidade. Apetece-me logo comprar meio planeta. A minha sorte é que não tenho dinheiro para isso. Sou o consumidor ideal para qualquer criativo da área da publicidade. Agora, é tudo uma questão de (des)contextualizar. Por exemplo, que objecto é mais sagrado para um escritor? Eu digo, a folha em branco, o espaço vazio onde o acto sublime da criação se vai revelar. E o papel higiénico não é mais do que uma folha em branco, apenas um pouco mais suave, e que cumpre a sua função. Outra perspectiva: eu adoro ler jornais e revistas. Quando estou aí em Portugal, a primeira coisa que faço quando chego ao aeroporto de Lisboa é ir ao quiosque e empaturrar-me com os ditos cujos. Mas e depois, o que fazer a todo aquele papel? Se lhe pudermos dar uma função, maravilha. Se é para limpar o rabo, que seja! O acto e o prazer supremo da leitura, seja em que formato for, não desaparece pelo uso que damos depois ao objecto do desejo. Agora, claro que se inventassem um papel higiénico, sei lá, com a cara do Bush, a limpeza do rabo teria uma conotação e um prazer politizado, que não tem com uma qualquer outra obra literária. Digo eu!
Catarina: isso é apenas um complôt contra os leitores de sanita compulsivos! Inveja, pura inveja! Aliás, é como tudo na vida, o que é demais, acaba por fazer mal. Uns minutinhos não vão fazer mal a ninguém...
Valente Alex!
ResponderEliminarSe o papel tivesse texto não limparia nele o meu rabiosque... que as palavras não merecem ser encerradas na m.... mas se tivesse a cara do Bush, ah que prazer infinito me daria!
Mas que inspiração grassa aqui pelo margoso, o Zé cunha para variar tinha de escrever um testamento heheheheh até para este assunto de m....
ResponderEliminarperdoa-me zé cunha, mas tinha de dizer isto
Quanto ao tema não sou nada adepta de ler na retrete e acho um total desperdício limpar o butantan a letras (designação que a minha filha usa para distinguir os livros dela dos meus)
catarina cardoso
Anónimo: não generalizes. Há palavras às quais vale bem uma passagem pela merda...
ResponderEliminarCatarina: nem sabes o que estás a perder... hehehe
João, eu não me referia a "engano". Falei sim, e insisto, em MAU GOSTO. Dar-se alguém ao trabalho de imprimir textos para se limpar o cú, francamente!
ResponderEliminarValente Anónimo 13:30 - Perdoar-me-ás tu e toda a plateia, mas o Bush nem no olho do cú! O homem é a cloaca da política!
Catarina - Nem sabes o que a casa de banho, em particular a retrete e o chuveiro, tem sido para mim fonte de inspiração. Só não te perdoo os pruridos M...(??? Merda, é merda.). Quanto ao testamento, vou tentar ser mais telegráfico, prometo (Noblesse oblige!).
Abç's
ZC
ZCunha, não sejas tão radical! Há pouco falavas do Paulo Coelho... olha, era bem aplicado!
ResponderEliminarQuanto à (pretensa) extensão dos teus comentários, nem pensar, estás bem como estás. Só me apetece dizer, «deixem escrever o Alex!» (versão margosa do «deixem jogar o Mantorras!»)
Zé Cunha: Não são pruridos, é que não queria ser muito indelicada contigo, sobretudo depois de quase ter-te mandado calar....
ResponderEliminar:)
Um abraço
catarina Cardoso
O ZCunha aguenta o embate, Catarina. Digo eu!
ResponderEliminarLer é sempre bom. E para quem é desesperado como eu que até lia os ingredientes do famoso detergente sanitário VIM conhecido pa tud soncente sempre seria uma alternativa mais literária e menos quimica para distrair! :)
ResponderEliminarO Piero Manzoni (artista italiano)é que viu o valor real da sua m... e colocou-o à venda pelo preço de ouro.
ResponderEliminarAnónimo: e a gente nem se consegue vir com o vim, pois não? Hehehe (desculpa o trocadilho de mau gosto!)
ResponderEliminarKaty: e houve com a comprasse? A merda do senhor, quero eu dizer...
Catarina!!! Uau!
ResponderEliminarAgora sim foste indelicada, pronto!
Agora sim, fiquei ofendidíssimo!!!
Ponho fim ao meu trato!
Mandar calar alguém (mesmo que QUASE) é muito feio ... e indelicado!
Não sei se te perdoo.
Como reparo que foi a 24 de Abril, talvez. Vou pensar nisso a 25, hoje!
ZC
Zc e Catarina: é preciso mediador neste complexo e dificil processo negocial? Candidato-me ao cargo!
ResponderEliminarEspero que a Catarina tenha mais sentido de humor do que tu.
ResponderEliminarAinda há quem acredite nos superlativos? Eh, eh, eh...
Por mim estás depedido como "mediador". Não querias mais nada, medi(r)-a-dor alheia?! Eh, eh, eh...
ZC
Já aqui não está quem mediu-a-dor. Vou tomar um café.
ResponderEliminaró pá eu tinha mandado um comentário sobre isto há bocado mas não apareceu..........
ResponderEliminarera só para dizer ao Zcunha que na generalidade gosto bastante dos seus comentários e que quando os apelido de testamento tem mais a ver com uma incapacidade minha do que com a qualidade do que escreves. De facto aborrece-me um bocado ler coisas muito extensas no computador- desculpa Zcunha.
um abraço
ctarina Cardoso
OH João! As latas de m*** foram vendidas no inicio dos anos 60 a vários museus. tens de ir a internet para ver essa provocação.
ResponderEliminarKaty, quem comprou devia andar com uma boa prisão de ventre... hehehe
ResponderEliminarÉ verdade João. A obra chama-se mesmo "MERDA D'ARTISTA".
ResponderEliminarVai a este sítio no MoMA.org, captar a imagem da coisa, que dá uma boa Cafeana sobre o tema da Arte:
http://www.moma.org/collection/browse_results.php?criteria=O:AD:E:3741&page_number=1&template_id=6&sort_order=1
É uma curte.
Abç
ZCunha
Vou lá espreitar, sim. Como homem do teatro, a merda não me assusta. Antes pelo contrário!
ResponderEliminar